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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Roteiro Histórico e Cultural de Mossoró II - 30 de Maio de 2012

Por: Geraldo Maia do Nascimento

Encontramos registros em velhos livros amarelados pelo tempo onde se ler que a 5 de agosto de 1772, a Provisão das Dignidades do Cabido de Olinda concede a Antônio de Souza Machado, Sargento-Mor da ribeira do Mossoró e sua mulher Rosa Fernandes, autorização para construir uma

Catedral de Santa Luzia

capela na fazenda Santa Luzia, de sua propriedade, em cumprimento de promessa feita por sua intercessão. E a capela foi construída com os cruzados do Sargento-Mor e o auxílio dos devotos circunvizinhos, sendo o primeiro ato litúrgico celebrado em 25 de janeiro de 1773, quando foi batizada uma criança do sexo feminino, cerimônia essa oficiado pelo padre José dos Santos da Costa. A criança que havia nascido no dia 15 do mesmo mês, recebeu na pia batismal o nome de Maria, e era filha de Miguel soares de Lucena e de Páscoa Maria da Encarnação, primeira neta paterna do Alferes Manuel Nogueira de Lucena. 
Em 9 de maio de 1773 foi feito o primeiro sepultamento na Capela de Santa Luzia. Era de uma menina de 9 anos de idade, filha de Manuel Bezerra de Jesus e Maria Madalena Teixeira. Dessa data em diante, os mortos de Mossoró passaram a ser sepultados no interior da capela, visto que anteriormente as pessoas que morriam no povoado eram sepultadas na Capela de Mata Fresca, comunidade distante 72,0 Km de Mossoró.
               
Em 6 de outubro de 1778 é realizado o primeiro casamento na Capela de Santa Luzia, sendo os nubentes Gregório da Rocha Marques Filho e Francisca Nunes de Jesus, tendo como testemunhas o português coronel regente Francisco Ferreira Souto e Antônio Afonso da Silva, o primeiro sendo morador de Mossoró e o outro do Panema. A solenidade realizada pelo carmelita Frei Antônio da Conceição.
               
Da fazenda Santa Luzia de Mossoró surgiu o povoado e do povoado a cidade, tudo se passando ao redor da Capela. Em 13 de julho de 1801 dona Rosa Fernandes, viúva do Sargento-Mor Antônio de Souza Machado, faz doação do patrimônio da Capela de Santa Luzia.
               
Em 30 de dezembro de 1830 é inaugurada a primeira reforma da Capela, reforma essa para a qual se mandou buscar no Assu o mestre pedreiro Manuel Fernandes que veio com um escravo e um mestre de obras. A imagem de Santa Luzia de Mossoró, pequena e de madeira, foi mandada buscar em Portugal.
               
Em 27 de outubro de 1842, pela resolução número 87, a Capela de Santa Luzia era elevada à categoria de Matriz, desdobrada assim da freguesia do Apodi a que esteve ligada durante setenta anos.
               
Em 28 de julho de 1934 foi criada a Diocese de Mossoró, com solene missa celebrada na Matriz de Santa Luzia pelo padre Luís da Mota, vigário da paróquia, quando o mesmo dá conhecimento aos fiéis, através da Bula PRO ECCLESIARUM OMMIUN, do Santo Padre Pio XI, criando a Diocese e elevando a Matriz de Mossoró à categoria de Catedral Diocesana. A Matriz se enfeitara toda para esse ato. Dentre os presentes, estavam todas as autoridades municipais, vários sacerdotes e religiosos da região.
               
O primeiro Bispo da Diocese de Mossoró foi dom Jaime de Barros Câmara, que tomou posse em 26 de abril de 1936. O segundo Bispo foi dom João Batista Portocarrero Costa que tomou posse no dia 8 de dezembro de 1943. Dom Eliseu Simões Mendes toma posse em 20 de fevereiro de 1954 como terceiro Bispo da Diocese de Mossoró. O quarto Bispo foi Dom Gentil Diniz Barreto e o quinto e atual Bispo de Mossoró é Dom José Freire de Oliveira Neto, empossado em 01 de abril de 1984.
               
Santa Luzia foi proclamada padroeira de toda Diocese no dia 18 de novembro de 1984, no cinqüentenário da Diocese, pelo seu quinto Bispo, D. José Freire de Oliveira Neto.
               
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Fonte: 

Autor:
Jornalista Geraldo Maia do Nascimento

"GATO" O sanguinário cangaceiro

Por: Ivanildo Alves Silveira

Sobre o cangaceiro "Gato" cai o estigma de ser o mais perverso dos homens a pisar as fileiras do cangaceirismo.

Grupo comandado por "Gato", ele é o 5º da esquerda para a direita
Começamos pelo currículo deste famoso cabra.
  
Participou do massacre a Brejão da Caatinga (BA), em 04 de julho de 1929, quando quatro soldados e um cabo da polícia baiana foram mortos;

Participou do assalto a Queimadas (BA), em 22 de dezembro de 1929, quando sete praças da polícia baiana foram barbaramente assassinados;

Participou da invasão a Mirandela, distrito de Pombal, no dia 25/12/1929, onde morreram dois civis e um soldado.

Era descendente dos Índios Pankararé, que habitam o Raso da Catarina.
Breve histórico: Cangaceiros descendentes de índio

No centro do Raso da Catarina, na tribo dos Pankararé, os índios admirados diante do impacto causado pela ostensividade e profusão de cores das vestimentas dos cangaceiros e mais ainda, fascinados pela exuberância dos aparentes cordões de ouro, dos anéis e alianças, sem contar os abarrotados bornais recheados de 
dinheiro, além das realizações dos permanentes bailes e tanto ainda pela liberdade do livre transitar, sem serem presos às duras rotinas diárias, cederam aos encantos da nova vida e vergaram sobre seus corpos as vestimentas inconfundíveis, trazidas por Lampião.

Pankararés em festa. Foto de Alcivandes Santos Santana 

A esse mundo diferenciado, índios Pankararé entregaram-se em boa quantidade á vida do cangaço. Os mais famosos a participarem do cangaço foram: Gato, Inacinha, Antônia, Mourão, Mormaço, Catarina, Açúcar, Balão, Ana, Julinha, Lica e Joana.

Não se tem, na história do cangaço, outro homem que tenha sido tão sanguinário, cruel e frio, como foi esse cangaceiro. Além de Gato, duas irmãs dele seguiram os subgrupos do cangaço: Julinha, amante de Mané Revoltoso e Rosalina Maria da Conceição, que acompanhou Francisco do Nascimento, o cangaceiro "Mourão".

Não podemos perder de vista, a forma como cada cultura pensa e elabora determinados fatos históricos. Assim, a percepção que os indígenas têm da participação dos seus "parentes", no cangaço, em muito, difere-se das dos não-indígenas. Hoje, o cangaceiro “Gato” aparece nos relatos dos Pankararé do Raso da Catarina, como uma força espiritual, por eles chamados de “santo do Gato", com um lugar específico assegurado á sua memória.

Mourão além de ser cunhado, era também primo de Gato e acabou sendo morto por ele, depois que Mourão e Mormaço acabaram uma festa acontecida no Brejo do Burgo, onde deram alguns tiros, colocando a população em pavorosa fuga, sendo Gato cobrado por


Lampião, para que desse conta da arruaça realizada pelos membros de sua família, resultando que a festa havia sido na casa de um dos fiéis coiteiros do cangaço.

Gato perseguiu os dois cangaceiros indo encontrá-los pegando água em um barreiro, localizado em um coito no Raso da Catarina. Gato fuzilou os dois sentenciados de morte.

Gato, por pouco, não matou a própria mãe por ela ter feito comentários sobre as constantes aparições dos cangaceiros nas proximidades de sua casa. O cangaceiro dirigiu-se até a casa da mãe, com a finalidade de cortar a sua língua, sendo dissuadido por alguns familiares do macabro intento, sem deixar de mostrar prá mãe dois facões que portava na cintura, dizendo:
"Este é o cala a boca corno, e este é o bateu cagô”

Sob o estigma da ferocidade de Gato recai, ainda, a morte de seis membros de sua família, em represália a um sumiço de bodes e cabras que estavam acontecendo e sendo creditado a Lampião.

Outra vez, Lampião entregou o caso a Gato, e ele perseguiu os envolvidos, indo encontrar em uma casa de farinha, Calixto Rufino Barbosa e Brás, ceifando friamente a vida dos dois e seguindo até a casa de Valério, na Fazenda Cerquinha, onde assassinou Luiz Major, seus filhos Silvino, Antônio e o sobrinho Inocêncio. Um duro castigo como pagamento de uma dívida sem provas.

Da chacina, saiu ferida uma criança que conseguiu fugir por intermédio de uma prima de Gato. O jovem faleceu recentemente e trazia na face a marca de um corte feito pela lâmina afiada do punhal do cangaceiro.


Gato foi casado com Antônia Pereira da Silva. O casamento aconteceu nas Caraíbas, fazenda de Dona Sinhá, no Brejo do Burgo. Tempos depois, o cangaceiro carregou a índia Inacinha, prima de Antônia.

Inacinha e Gato 

A cangaceira Antonia não aceitou os argumentos do marido quando ele propôs ficar com as duas e por ele foi espancada. Antônia fez queixa a Lampião, prometendo ele que iria resolver o problema, porém ela não esperou a resposta e, durante a noite, aproveitando a escuridão e sonolência dos amigos, deixou o coito onde estavam arranchados e fugiu, indo para a proteção de um tio, capitão reformado da polícia, que residia na margem do Rio São Francisco, pelo lado baiano, e com ele permaneceu até o término do cangaço.

Gato encontrou a morte quando invadiu a cidade de Piranhas/AL, quando tentava resgatar sua companheira Inacinha, baleada e presa, pela volante do Ten. João Bezerra. Gato saiu baleado desse tiroteio, e foi morrer dois ou três dias depois, sem ter a chance de ver o seu filho que Inacinha carregava no ventre, ao ser presa.

Inacinha, apesar do tiro que sofreu, conseguiu dar á luz seu filho e tempos depois retornou para Brejo do Burgo, onde se casou com Estevão Rufino Barbosa. A ex-cangaceira morreu em 1957, de câncer, depois de ter lutado contra a doença, sem ver resultados, fugiu do hospital e mandou um mensageiro ir avisar ao marido que queria morrer em casa. Estevão selou uma junta de burros e foi atender ao último pedido da companheira. Em casa, Inacinha sofreu por alguns dias até descansar, deixando a eterna lembrança, no coração do homem que por ela ainda verte suas lágrimas. Estevão, ainda vive no Brejo do Burgo

FONTE: - João de Sousa Lima co-autor do livro "AS CAATINGAS" organizado por Juracy Marques.

Abraços
Ivanildo Silveira

Querência no Cine Ceará

Querença, de Iziane Mascarenhas no 22º Cine Ceará
Será um prazer enorme, além de uma grande honra,  receber todos os estudiosos do cangaço de Fortaleza, para a estreia do "QUERENÇA"
no Cine-Ceará.
Será no dia 02 de Junho de 2012 às 19:00. ( Sábado ), no Theatro José de Alencar. 
A entrada é franca.
Atenciosamente,
Iziane Filgueiras Mascarenhas.
QUERENÇA
Sinopse: Num tempo e lugar onde as mulheres eram apenas parte dos pertences de um homem, Lidia, teima em existir, mais do que viver até.... Era uma cangaceira com o poder de desejar. Zé Baiano, seu marido, tinha o poder de vida e morte.  Era um bicho a defender e marcar seu território. E Lídia comete o pior dos crimes, segundo as leis do cangaço: Traição... Esse é um filme de cangaço, onde pela primeira vez, uma mulher, uma cangaceira, protagoniza sua história.
IZIANE FILGUEIRAS MASCARENHAS: Atriz, roteirista e realizadora, é formada em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará. No Instituto Dragão do Mar de Arte e Indústria Audiovisual do Ceará fez a formação do Colégio de Dramaturgia e do Colégio de Realização em Cinema e Televisão. Assina a direção e roteiro de seis curtas-metragens, entre eles, os premiados “O Céu de Iracema” (2002) e “Adeus Praia de Iracema” (2001), que participaram de diversos festivais nacionais e internacionais. 


GRÃO (Crônica)

Por: Rangel Alves da Costa*

Rangel Alves da Costa

GRÃO

Grão. Um grão feito um grão, um grão de qualquer coisa. Preciso de um grão.

Partícula, semente, glóbulo, germe, grânulo, qualquer coisa que seja grão, será o sinal da esperança lançado ao chão. Por isso mesmo preciso de um grão.

A terra se alarga, o chão se estende, tudo é vasto e amplo, vejo adiante a possibilidade de semear qualquer coisa. Mas falta-me o grão, dê-me um grão...

Não precisa que tenha celeiros, armazéns, silos, tonéis, depósitos de sementes, grande quantidade de grânulos que possam ser semeados e cultivados. Não. O grão que preciso está em outro lugar.

No olhar, na palavra, na face, no sorriso, no gesto, na mão, na mão estendida, no passo, na boa vontade, na intenção, no fazer, aí estará o grão. Pequenina semente, quase invisível sem os olhos do coração.

Grão no pingo de chuva, na ponta de sol, no orvalho da madrugada, na íris do olho, na piscada do olhar, na ponta do dedo, no sinal que ficou. Quase imperceptível, o grão está sempre presente diante daqueles que desejam encontrá-lo.

Um grão de sonho que de tão bom não se completou, de esperança que nunca se esvai nem irrompe em desilusão, de sabedoria maior que montanha, de fé iluminando a vida, de vontade como o primeiro passo pra tudo. Um grão de Deus, silenciosamente semeado e tão farto na colheita dos dias.

Porque a terra está fértil, molhada, adubada de esperanças e certeza dos melhores frutos, é que ali não cairá o grão da discórdia, do ódio, da intriga, da inveja, da falsidade, da calúnia, da violência, da brutalidade. A terra boa rejeita que caia sobre si o que nela é jogado por mãos que não sabem construir.

Não para semear, para cultivar no chão preparado nem para tentar colher qualquer fruto, mas nunca é demais ter guardado na garrafa da sabedoria, utilizando apenas como exemplo, o minúsculo grão do orgulho, da vaidade, do egoísmo. Tais virtudes só fazem mal quando semeadas com intenção negativa.

Também não haveria de se desprezar um grãozinho de solidão, de saudade, de recordação, de entristecimento, de aborrecimento, de angústia, de melancolia, de leve vazio. Um grãozinho apenas para a reflexão, para sentir no peito aquela vontadezinha de chorar um grãozinho de lágrima.

Quantos grãos não passam na ventania, não sendo levados pelas enxurradas, não caem junto às folhas de outono, não se acumulam no meio das estradas, não viajam embaixo dos pés pelos caminhos de todo dia? Quantos grãos dentro do olhar, dentro da boca, dentro do corpo, dentro da invisível impureza?

Um dia o meu castelo será erguido grão a grão. De grãos serão as portas e as janelas, os móveis e tudo que nele se assente. De grão será minha chave, também minha mão, que não aceitará entrar senão levando o resto dos grãos. Se não fosse o vento minha namorada também entraria ali, mas como o desamor transformou tudo em grão...

O castelo maior, mais protegido, mais impenetrável do mundo. Um rei em absoluta solidão e em busca de um grão de felicidade. E nesse poderoso reinado, nesse reino de castelo de grão dourado, só haverá temor da onda leve que vem subindo arrastando grão, da tempestade que cai sobre o grão, da ventania que leva o grão.

Por isso mesmo é que colho cada grão e guardo na palma da mão, depois engulo com água da chuva e deposito tudo no coração. Então vou construindo intimamente aquilo que ninguém é capaz de erguer com tijolos, cimento, pedra e ferro.

De grão em grão construo no coração um amor tão leve que sempre sai voando por aí, rumando noutra direção, onde você esteja, onde esteja um irmão. E depois retorna trazendo um grão de resposta, um sinal que vale a pena continuar nessa construção.

Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Imensa felicidade (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa*

Imensa felicidade


Para ter esse momento
essa imensa felicidade
fazendo sumir o tormento
trazendo amor de verdade
não fiz mágica nem magia
segredo chamado alegria

pintei o preto de branco
trouxe luz à escuridão
joguei fora as velharias
troquei o espelho da sala
abri janelas e portas
chamei a manhã e o sol
dancei debaixo da chuva
corri pelos descampados
brinquei de bola de gude
soltei pipa da montanha
cantei a música bonita
gritei para o passarinho
colhi um buquê de flores
presenteei a velha da esquina
visitei tanto lugar esquecido
tomei sorvete de graviola
comi algodão doce
risquei um castelo na folha
sorri para o mundo e a vida
sorri por dentro de mim
chamei meu amor de amor
pulei de mãos dadas
segui feliz pela estrada
escrevi uma constituição
lei maior do meu país
dizendo tudo e apenas
que de agora em diante
fica proibido sofrer e chorar
e é dever ser feliz
para sempre e eternamente


Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Os cangaceiros Moreno e Durvalina


Considerado o penúltimo cangaceiro que fazia parte da Empresa de Cangaceiros Lampiônica & Cia, do famoso Lampião, Antônio Inácio da Silva morreu aos 100 anos – no dia 06 de setembro de 2010, em Belo Horizonte.

O corpo de Moreno, como ele era conhecido no cangaço, foi enterrado na no dia seguinte, no cemitério da Saudade, na capital mineira, em meio a fogos de artifício. O ex-cangaceiro, que adotou o nome de José Antônio Souto após deixar o grupo, vivia em Minas há 70 anos, para onde fugiu junto com a mulher, Jovina Maria da Conceição, conhecida com Durvinha - que faleceu em 2008, aos 93 anos. Moreno faria 101 anos em primeiro de novembro do mesmo ano, e morreu vítima de insuficiência respiratória, segundo Neli Maria da Conceição, de 60 anos, filha do casal. "Depois que minha mãe morreu ele ficou meio triste, depressivo. Estava muito fraquinho. Acabou ficando numa cadeira de rodas. Ultimamente ele pedia muito que a mãe dele o buscasse porque não via mais sentido na vida dele", disse Neli. "Ele morreu igual um passarinho, sem sofrimento, sem nada." 
Moreno e Durvinha tiveram seis filhos. Foi na busca pelo irmão mais velho, Inácio Carvalho Oliveira, atualmente com mais de 70 anos - que havia sido deixado pelo casal de cangaceiros em Tacaratu (PE) -, que Neli descobriu, em outubro de 2005, a verdadeira história dos pais. "Era um segredo dos dois, do meu pai e de minha mãe. Queriam que esse segredo morresse com eles. Eles ainda tinham medo de serem descobertos e mortos." 
O casal chegou a Minas no final da década de 1930 fugindo dos ataques das forças federais que dizimou o grupo de Lampião - morto em 1938. Após quatro meses de fuga, margeando o Rio São Francisco, eles se estabeleceram na cidade de Augusto de Lima, na região central do Estado. Adotaram novas identidades e prosperaram vendendo farinha. No final da década de 1960, o casal se mudou para Belo Horizonte. 
Durante o sepultamento na região leste da capital mineira, parentes e amigos assistiram a uma salva de fogos de artifício. Foi um pedido de Moreno. "Porque ele nunca imaginou que teria o privilégio de ter uma cova. Sempre achou que ia ser morto, ter a cabeça cortada e ser comido por bichos no mato como os outros cangaceiros", explicou Neli. 
A história do casal Moreno e Durvinha foi contada no documentário "O Altar do Cangaço", dirigido pelo cineasta cearense Wolney de Oliveira, que compareceu ao enterro.

Fonte:

Agência Estado/www.uol.com.br

Comentário do Dr. Lima - Cruz - Ceará, sobre o suicídio de Anathália Cristina Queiroga


Anathália Cristina Queiroga estaria recebendo o diploma de Advogada este ano de 2012

Ao ler esta matéria sobre o enforcamento desta linda jovem Anathália, fiquei meditando sobre o que está acontecendo com a juventude. Será falta de Deus no coração? Será um grande vazio que existe no interior destas pessoas?

Eu moro em uma comunidade litorânea do Município de Cruz/CE, e aqui convivemos com os enforcamentos que acontecem de forma já corriqueira. São vários os registros de suicídios por enforcamento que já foi até assunto de uma reportagem publicada no jornal A FOLHA, de Sobral para o qual eu colaboro.
Meu amigo Mendes, eu fico profundamente consternado com notícias como esta. Uma jovem em franca prosperidade e evolução social por fim a uma vida tão brilhante.
Dr. Lima é radialista/jornalista/natural de Campo Grande-Rio Grande do Norte.

Se você quiser ler sobre  o suicídio de Anathália Cristina Queiroga, clique no link abaixo: