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domingo, 20 de maio de 2012

Museu do cangaço: Moreno e Durvinha

Por: João de Sousa Lima

 O Museu do Cangaço pertencente a Josué é chamado Acervo Moreno e Durvinha e fica em Saquarema, RJ.
João Lima e Nely (Lili) Conceição (filha de Moreno e Durvinha) marcaram presença em recente visita ao Museu.
No Museu aconteceu um encontro marcante com a presença de Manuel Gomes, irmão de Durvinha.


Josué, João de Sousa Lima e Nely em visita ao Museu.


Acervo do Museu


 Acervo do museu de Durvinha e Moreno


Entrada do museu


Nely, Nice,  Margarida, João Lima, Manuel Gomes e Josué.


Manuel Gomes mostrando em sua residência o livro que conta a sua própria história de vida.


João Lima, Josué e Manuel Gomes


João Lima apresenta o museu a Manuel Gomes


Manuel (Manú), João e Josué em um almoço festivo depois de visitar o museu do cangaço.

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço:
João de Sousa Lima

Luiz Gonzaga inspira a literatura popular desde a década de 1950


A literatura popular em versos do nordeste do Brasil, hoje denominada literatura de cordel, já publicou inúmeros folhetos de cordel sobre Luiz Gonzaga, e outras personalidades célebres na região: Padre Cícero, Getúlio Vargas Delmiro Gouveia, Frei Damião, João Paulo II.
Depois da morte de Luiz Gonzaga, em 2 de agosto de 1989, houve uma verdadeira explosão na produção de folheto de cordel sobre o Rei do Baião, e na internet hoje existe grande biblioteca eletrônica sobre o assunto, alimentando sites, blogs, facebook.

Vem de longe o interesse dos poetas populares pelo Rei do Baião. A primeira biografia dele, Zé Praxedes Apresenta Luiz Gonzaga e Suas Poesias, de 1952, de autoria do poeta popular norte-rio-grandense e declamador José Praxedes, é escrita em versos igual a qualquer folheto de cordel, embora versos matutos.

Em 1957, o poeta popular Manuel d’Almeida Filho publicou um folheto O Baú de Carolina, inspirado no personagem de uma música de sucesso de Luiz Gonzaga, O Chêro de Carolina, lançada na época da publicação desse folheto.

Assim que Luiz Gonzaga morreu, em 1989, houve uma explosão de publicaçoes dos poetas populares sobre o clamor do Brasil à grande perda, o seu sepultamento em Exu, a trajetória, e a imortalidade do Rei do Baião.

Alguns títulos desse segmento cordeis sobre Luiz Gonzaga são de conteúdo fantástico, do gênero dos folhetos bastante populares, A chegada de Lampião no Inferno, Diálogos de Padre Cícero e Frei Damião no Céu.


Seis anos depois da morte de Luiz Gonzaga, o poeta paraibano Pedro Bandeira, radicado no Crato, no Ceará, organizou um livro, Luiz Gonzaga na Literatura de Cordel, coletânea de poesias e folhetos de cordel publicados sobre ele, incluindo uma poesia fantástica de autoria de Pedro Bandeira, O Rei Chegando no Céu, cujo mote é o ciúme de São Pedro porque Luiz Gonzaga somente privilegiara São João em suas músicas.

O livro Luiz Gonzaga na Literatura de Cordel, publicado em Juzeiro do Norte-CE, em 1994, reune dezenas de poesias e folhetos de outros autores, além do organizador da obra Pedro Bandeira. Entre eles, Abraão Batista, João Bandeira, Paulo Nunes Batista, Paulo de Tarso B. Gomes, Cícero do Nascimento do Caicó, Zé Paraíba.

De lá para cá não tem mais cessadado o interesse dos poetas populares por Luiz Gonzaga, a ponto do pesquiador paraibano Antônio Kydelmir Dantas, radicado em Mossoró-RN, autor de livros e folhetos de cordel sobre Luiz Gonzaga, ter feito o maior levantamento de folhetos de cordel sobre o Rei do Baião que se tem
notícia no Brasil. Já são cerca de duzentos títulos!

Centenário de Luiz Gonzaga inspira novos folhetos
O centenário de Luiz Gonzaga celebrado neste ano está inspirando novos cordéis alusivos à magna data. O historiador escritor e cordelista Ivaldo Batista (ivaldoescritor@hotmail.com), autor de vasta obra publicada, já lançara em 2011, em Carpina-PE, o folheto Centenário do Rei do Baião 1912-2012.

As estrofes seguintes desse folheto exaltam e agradecem ao Rei do Baião glória de Pernambuco para a humanidade:

Com roupa de Virgolino 
Exaltou todo sertão 
Decantou a asa branca 
Assum Preto e azulão 
Acauã e carcará 
Que voa feito avião 

Se exemplo foi beleza 
Estando lá o roçado 
Ou no topo de sua fama 
Pelo tempo coroado 
Esse gênio da cultura 
Mereceu esse reinado 
Olha pro céu meu amor

Pernamuco te agradece 
Por cantares nossas cidades 
Tua música nos enobrece 
Nos versos dos teus poemas 
Nossa gente é quem mais cresce 

O poeta popular Paulo de Tarso (pb-gomes@hotmail.com) também publicou o seu folheto sobre a data magna de Luiz Gonzaga, O Gonzagão Centenário. As estrofes seguintes do folheto narram a origem de Luiz Gonzaga e a famosa surra causada por um namoro proibido.



Sua mãe, dona Santana, 
Uma exímia cantadeira, 
Cantava muitos benditos, 
Vendia cordas na feira, 
Cuidava também das roças, 
Era excelente rendeira. 

Muito ligeiro Santana 
Pra Januário contou 
O ocorrido na feira 
E ao Gonzaga perguntou: 
-Então você é valente 
Eu seu Raimundo jurou? 

Nessa família sujeito 
Nós não temos assassino, 
Você é só um pixote, 
Ainda quase menino. 
E o chicote foi descendo, 
Dando em Luiz um ensino 

Paulo de Tarso é também coautor do livro Luiz Gonzaga Na Literatura de Cordel, organizado por Pedro Bandeira, participando com dois títulos, A morte do Rei do Baião, e A trajetória do Rei do Baião.

A maldição da toada Asa Branca
Por incrível que pareça, a música mais famosa de Luiz Gonzaga, a toada Asa Branca, motivou um folheto de cordel escadaloso contra o Rei do Baião, intitulado Horrores que a Asa Branca traz Profetisado pelo Frade Frei Damião, de autoria do poeta Vicente Vitorino Melo, publicado em Caruaru-PE (1948), reeditado em Campina Grande-PB (1954).

O folheto narra “os grandes exemplos” do famoso missionário franciscano capuchinho, numa Missão dele na cidade de Sobral, no Ceará, pregando contra ditados, modas, orgias, e a moda da Asa Branca, “obra de satanaz”.

A Asa Branca que canta a falta d’água, o gado morrendo de sede, o Criador tem mandado chuva com pedra e vento. Deus manda relâmpago e tempestade, cheia e açudes arrombado para matar a sede do alazão. Quando diz na fornalha um pé de plantação, será da árvore maldita do fruto da perdição:

“Aviso a todos os cristãos/Em nome de Deus amado/Que não cante a Asa Branca/Deixe as modas e o ditado/Quem não ouvir meus conselhos/De Deus será castigado”, aconselha Frei Damião no folheto de cordel de Vicente Vitorino.

(Do site Museu Luiz Gonzaga, por Xico Nóbrega)
Postado por Ailton Fernandes

Trovadores de Triunfo participam da Festa de Emancipação de Tabira/PE


PROGRAMAÇÃO OFICIAL

Dia 23 de maio – Quarta-feira

8h – Cultura na Feira Livre com poetas, repentistas e violeiros.

Dia 24 de Maio – Quinta-feira

1º Aniversário da AJUPTA
Declamador: Felipe Júnior e vários poetas.
19h – Formatura do PROERD – na Quadra de Esporte
21h – Show com as bandas Sabor de Menina e As Severinas

Dia 25 de Maio – Sexta-feira

9h – Inauguração da Secretaria de Educação
16h – Desfile das Escolas Municipais, Estaduais e particulares principais ruas da cidade e participação de várias bandas e fanfarras.
19h – Missa na Igreja Matriz
21h – Show com as Bandas Orquestra da Polícia Militar, Caninana do Forró e Renato Marinho

Dia 26 de Maio – Sábado

7h – Maratona saindo do Sítio Saco até a Praça Gonçalo Gomes.
7h – Missa na Igreja Matriz
11h – Passeio a gruta de Nossa Senhora de Lourdes em Solidão com os motociclistas
14h – Churrasco no Tabira Campestre Clube com Kaveira e Banda Cela
17h – Apresentação da Equipe Força Máxima na Praça Gonçalo Gomes
21h – Show com as bandas Suprema Corte No Clear, Forró de Palha e Delmiro Barros

Dia 27 de Maio – Domingo

Festa dos Trilheiros
8h – Várias Inaugurações
9h – Passeio dos Trilheiros pelas principais ruas pelas principais ruas da cidade
16h30min – Procissão com a imagem de Nossa Senhora dos Remédios saindo da Prefeitura até Igreja Matriz
17h –Missa pentecostes de Emancipação Política, após a missa o parabéns e queima de fogos
20h – Bingo da Igreja Matriz em seguida apresentação dos Seresteiros de Tabira e Trovadores de Triunfo

Fontes:




Na luta por direitos: trabalho, conflitos e resistências no pós-abolição na Bahia

 
Resumo

A abolição legal da escravidão em 1888 não significou a extinção de relações de trabalho baseadas nos códigos de sujeição, de coação, de controle do tempo, e a plena autonomia dos trabalhadores. A classe trabalhadora em todo o Brasil, mesmo depois de decretada o fim da escravidão, teve que lutar por um trabalho, de fato livre, com mais autonomia, liberdade, dignidade e direitos. Pretende-se, assim, abordar a história dos trabalhadores ferroviários da Bahia, no período pós-abolição e nos anos iniciais do período republicano, destacando os conflitos, impasses e as lutas empreendidas por esses trabalhadores contra as formas de exploração, subjugação e de controle de força de trabalho. Os ferroviários baianos, assim como observado em outros setores da classe trabalhadora brasileira, resistiram bravamente às formas de exploração, às relações de trabalho que lembravam o regime escravista e às tentativas abertas e veladas de manter sob o domínio as suas liberdades e o seu trabalho.

Robério S. Souza- UNEB/UNICAMP

Local: sala Kátia Mattoso, 3º andar da Biblioteca Pública do Estado da Bahia
Data: 21 de maio de 2012
Horário: 17h

LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE


Convite

O escritor Archimedes Marques, tem o prazer de convidar Vossa Senhoria e família, para o Coquetel de lançamento de seu livro “Lampião Contra O Mata Sete”.
Local: Sociedade Semear 
Rua Vila Cristina, 148
Aracaju - Se
Horário: 19h
Data: 02 / 06 / 2012
SINOPSE
LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE

A história nua e crua narrada com a veracidade que ela merece.

Archimedes Marque (*)
Participante do maior movimento pertinente que há no Brasil, o CARIRI CANGAÇO, evento que reúne anualmente as maiores autoridades nacionais e internacionais sobre o tema e que é realizado na cidade do Crato e região do Cariri cearense adjacente, o autor Archimedes Marques em nome da VERDADEIRA HISTÓRIA QUE FOI VILIPENDIADA com o livro “Lampião, o Mata Sete” resolveu escrever a sua contestação: LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE.

Trata-se do primeiro livro oposição dentro do assunto cangaço. LAMPIÃO CONTRA O MATA SETE, procura refutar tudo que está errado no seu livro opositor, pois essa obra é eivada de vícios do início ao fim. Todas as alegações contidas no livro “Lampião, o Mata Sete” referentes às honras sexuais de 



Lampião e Maria Bonita são levianas e sem provas algumas por menor que sejam e até mesmo desprovidas sequer de indícios de veracidades, como se a história fosse feita de insinuações vindas do nada, provindas de uma mente criativa sem apresentar fatos alguns que pelo menos deixem dúvidas quanto ao alegado.

Da citada obra contestada, de todas as aleivosias existentes ainda há muita coisa errada, tais como troca de datas, de nomes de pessoas, de fatos, de passagens, além das constantes tentativas de levar o leitor a erro. Enfim o livro “Lampião, o Mata Sete” é de PÉSSIMO GOSTO EM TODOS OS SENTIDOS, jamais é um livro histórico. Trata-se sim, de um livro FICTÍCIO além de muito mal informativo, muito mal pesquisado.


Até os dizeres do escritor Oleone Coelho Fontes que fez a introdução do livro refutado, e que por sinal escreveu o excelente livro "Lampião na Bahia", em muitas vezes se esbarram em situações totalmente adversas ao pensamento contido no livro “Lampião, o Mata Sete”, em comprovação que de tudo nessa obra há somente aleivosias improváveis.

(*) Archimedes Marques (Delegado de Policia Civil no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe) archimedes-marques@bol.com.br

MULHERES TAMBÉM MIAM (E DEPOIS LATEM) (Crônica)

 Por: Rangel Alves da Costa*
Rangel Alves da Costa

MULHERES TAMBÉM MIAM (E DEPOIS LATEM) 
                                                  
Estava vasculhando a internet e encontrei um dessas provocações desavergonhadas, com uma foto de uma mocinha bonita e sexy dizendo que ali estava uma gata com alma de cadela. Depois imaginei a grande verdade contida na frase: realmente existem mulheres que fazem tudo para se tornar cadelas.

Por outro lado, duvido que mulher séria, bem comportada, que se respeita e se preserva, tem o seu nome e sua honra a zelar, vá facilmente fazer parte do reino dos animais ditos irracionais. O escudo da personalidade é tão forte que só o amor verdadeiro há de romper.

Mulher sempre será mulher e bicho nunca passará de bicho. Ao menos é essa a lógica das coisas e da natureza. Contudo, o que se observa é uma inversão tamanha nos valores comportamentais que aquilo que é de uma forma tende a se transformar. Quer dizer, desconhece a força do amor próprio e vai, muitas vezes conscientemente, se afundar no lamaçal da primeira pocilga que encontrar.

Quero ser induvidoso. E também mais direto o que for possível. O que pretendo deixar claro é que determinadas mulheres, pela desonra que trazem a si mesmas, pelos desnorteamentos que vão procurando e pelas atitudes incabidas e imorais com que se pautam, passam a ser qualificadas pejorativamente como animais desavergonhados.

Infelizmente – e fato que não se pode negar -, mulheres que não têm mais pudor, honra corporal nem sexual, dignidade social e familiar, tendem a se animalizar. E com promíscua animalização. E é nesse passo de inglória feminina que terceiros aproveitadores começam a zombar dizendo que primeiro se passaram por gatas e depois se transformaram em cachorras.

Quer dizer, atraentes e apetitosas, sutis e felinas, manhosamente ariscas, se tornam verdadeiras gatinhas. Mas o cio de todo dia, a incontida afloração sexual e a prática do sexo pelo sexo, como rotina e comércio, num jogo de falso e desenfreado prazer, vai tirando as feições ainda femininas para transformá-las em verdadeiras cadelas. Assim, depois do miado vem o latido. E depois disso o silêncio absoluto pela rápida extinção.

A extinção, contudo, não quer significar que a matilha vá desaparecer, que a prostituição vá deixar de existir, que não haverá mais brincadeira de corpo nem de sexo, mas pelo fato de que estas possuem carreira e validade tão curtas que de repente não existem mais, nem para si mesmas nem para a sociedade. É a lógica e cruel consequência do se entregar a qualquer um numa volúpia messalinesca.

Assim, a mocinha que pensa que é gata, uma benevolente felina, e quando nem sente já está no grupo dos canídeos, então já está prestes a dar seus últimos latidos. Cachorro animal é respeitado, alimentado, recebe carinho e proteção, mas com mulher cadela é diferente. Depois que a beleza começa a murchar e não provocar mais apetite em ninguém, então será vira-lata abandonada.

Ainda que afirmem que tais assertivas são exageradas, insisto em dizer que se num passado recente o cio animalesco não era tão visível, de uns tempos para cá, quando a vergonha declaradamente cedeu o lugar à promiscuidade e a valorização pessoal perdeu a vez para a desonra, o que se tem são verdadeiros cantis com cadelas mostrando caninos sorridentes e focinhos pintados da mais abjeta cor.

Ladram, latem, se coçam, avançam, atacam, soltam todos os seus impulsos querendo sempre mais de qualquer um. Famintas, sedentas, gulosas, saem farejando calcanhares e acabam cada vez mais cachorras em qualquer lugar. Nas esquinas, nos becos, nos quartos putrefatos, nos automóveis, nos motéis, no meio da rua, por cima dos bancos das praças ou embaixo de marquises, em qualquer lugar estará a cama perfeita para a cadela se deixar possuir.

Por isso é preciso muito cuidado ao querer jogar pedras, chutar, maltratar, oferecer chumbinho a uma cadela vira-lata que perambule abandonada pelas ruas ou esteja recolhida aos seus becos de solidão. Ali poderá estar uma pessoa. E do jeito que se alastram a promiscuidade e a prostituição de grife, certamente serão muitas assim mais tarde.

E será preciso reconhecer um cantil chamado nova e inovadora sociedade.


Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com

Nosso mar (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa* 

Nosso mar


Não acredito
que você vá
deixar o mar secar

não acredito
que você vá
sumir com o mar

não acredito
que você diga
nunca mais o mar

não acredito
que jogue terra
por todo o mar

não acredito
que de pedra bruta
vá ser o mar

não acredito
que não queira
mais navegar

não acredito
que não ame mais
aquele mar

não acredito
que tenha esquecido
do amor pelo mar

nossa viagem
tão prometida
logo vai navegar

nossa vela morena
nossa esperança
onde vai aportar

como o amor
vai molhar o beijo
sem água do mar

faça isso não
me beije molhado
devolva o meu mar

pense isso não
me olhe azul
com todo seu mar.



Poeta e cronista
e-mail: rac3478@hotmail.com
blograngel-sertao.blogspot.com