Seguidores

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Os cangaceiros e Cajazeiras sitiada

Por: Nadja Claudino
Nadja Claudino

28 de setembro de 1926, um menino de oito anos de idade se esconde debaixo da cama dos pais. Ele e outras crianças estão acuadas a espera do ataque do bando de cangaceiros liderados por 

O cangaceiro Sabino

Sabino Gomes (sub-chefe do bando de Lampião, o temível e famoso Rei do Cangaço). A cidade de Cajazeiras está em suspense à espera dos homens selvagens que viriam do mato, prometendo todo o tipo de destruição, caso não fossem obedecidas as suas exigências.

O sol quente, o calor abafado são alguns dos elementos menos perceptíveis nessa tarde de medo e ansiedade. Os homens testavam as armas, procuravam pontos estratégicos para a defesa da cidade. 

Na igreja, o bispo defendia sua fé, rezando, pedindo aos céus intervenção para que Nossa Senhora da Piedade protegesse a cidade, os homens, e mesmo os cangaceiros – que fossem eles embora com a graça de Deus. Os cangaceiros nas cercanias da cidade esperavam o melhor momento para atacar; o povo esperava o ataque. A cidade estava sofrendo com a espera angustiada.

O menino embaixo da cama se chamava Ivan Bichara Sobreira, que muitos anos depois escreveu um livro intitulado Carcará, romance que conta essa história acontecida em Cajazeiras, Alto Sertão da Paraíba, em uma distante tarde do mês de setembro de 1926. O romance mostra uma Cajazeiras orgulhosa da sua história, por ser uma das maiores cidades do sertão, rota de ligação da Paraíba com o Ceará, cidade símbolo da educação. Terra de famílias tradicionais como os Rolim, Albuquerque, Sobreira, Bichara. É essa cidade e são essas famílias que estão sendo ameaçadas por um grupo de cangaceiros, personagens que tanto atemorizavam a região sertaneja da década de 20 até meados de 1940, quando a morte de Corisco baniu o último dos cangaceiros.

O cangaceiro Corisco

Podemos pensar no pavor que acometia todas essas famílias, preocupadas com o destino dos seus homens e suas mulheres, caso caíssem no poder dos cangaceiros. A perversidade dos cangaceiros era altamente propagada. Os estupros de mulheres casadas e até de moças virgens, a castração dos homens, a mutilação da língua dos traidores que falavam demais, os bailes que os cangaceiros promoviam depois da vitória, fazendo as mulheres mais respeitadas da sociedade dançarem nuas na frente dos filhos e dos maridos. 

Verdade ou invenção eram essas as histórias que corriam de cidade em cidade. E por conta disso os homens que protegiam Cajazeiras estavam em uma guerra de vida ou morte, de glória ou de humilhação.

Ivan Bichara, traduziu esses acontecimentos que marcaram tão profundamente sua infância por meio da literatura. O moço Ivan como muitos rapazes do seu tempo sai de Cajazeiras para terminar seus estudos e se forma na Faculdade de Direito do Recife. Volta à Paraíba e começa uma carreira política promissora, sendo eleito em 1946 para a Assembléia Legislativa, em 1955 se elege deputado federal e, em 1975, é escolhido pela Assembléia Legislativa governador. 

Ivan Bichara

Ivan Bichara integrou um time seleto de políticos escritores da Paraíba, a exemplo de Ernani Satyro, José Américo de Almeida, Ronaldo Cunha Lima, dentre outros, que assumiram o governo do estado e deram importante contribuição às letras paraibanas.

O romance Carcará toma Cajazeiras como representativa de muitas cidades do interior do nordeste que foram atacadas por bando de cangaceiros. A verdade é que as cidades do interior eram desguarnecidas, os meios de comunicação eram incipientes e não conseguiam tirar do isolamento os lugarejos mais distantes. Esse era um dos fatores por que a maioria das cidades capitulava frente às investidas dos cangaceiros. 


Mossoró, no Rio Grande do Norte, no ano de 1927, expulsou os cangaceiros da cidade, sendo também uma das primeiras cidades a desafiar o Rei do Cangaço. 

Esse passado de lutas até hoje é preservado pela população mossoroense, usada como discurso histórico, político e cultural. São museus, memoriais, livros, discursos que formulam a identidade de um povo valente, que não aceitou os invasores. 

Em Cajazeiras, a expulsão dos cangaceiros não foi explorada dessa maneira, foi silenciada, esquecida e tem no livro de Ivan Bichara uma significativa fonte de pesquisa.

O livro traz personagens representativos do universo sertanejo. São rapazes que na época desejam migrar para os grandes centros e assim poderem dar continuidade aos seus estudos, moças casadoras  poderosos locais como coronéis, políticos, delegados e também a gente do povo, feirantes, cantadores de viola, que se movimentam e nos prendem nas teias do enredo. O livro de Ivan Bichara é inspirado em um fato real, que ele soube narrar com enorme expressão literária, ligando seus personagens à vida de um Nordeste arcaico, recôndito, lugar de acontecimentos inusitados.

O ataque dos cangaceiros, a ansiedade, o medo das perversidades, tudo isso envolve o leitor do Carcará, fazendo com que ele também se angustie, tome amizade pelos personagens, se importe com sua vida e com o seu destino nas mãos dos cangaceiros. Ivan Bichara integra a vida com a literatura, fazendo a vida pulsar em cada parágrafo. A ansiedade do menino deu subsídios para, juntamente com a técnica literária do homem escritor, gerarem um livro que mesmo empoeirado e esquecido nas estantes das bibliotecas públicas nos remete a um passado que merece ser lembrado.

Nadja Claudino – contista, cronista e membro do conselho editorial da Revista Acauã. Aluna do Curso de História da UFCG/Cajazeiras.

http://www.diariodosertao.com.br

Leia: O padre tarado do sertão

http://sednemmendes.blogspot.com.br/2012/11/o-padre-tarado-do-sertao.html

O cantor João Mossoró fará Show no "Mercadão Cadegue"

Cantor João Mossoró


O cantor João Mossoró estará se apresentando hoje, dia 1º. de Dezembro, no Mercadão Cadegue, no restaurante "CANTINHO DAS CONCERTINAS",
no Rio de Janeiro.
UMA FESTA PORTUGUESA
Prestigie o artista participando desta grande festa.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O curandeiro cangaceiro "Asa Branca"

Por: José Mendes Pereira

É provável  que muitos mossoroenses não sabem que por de traz do túmulo de José Leite de Santana, o cangaceiro Jararaca,

Nesta foto você ver atrás, claramente o túmulo de "Asa Branca"

está o túmulo que guarda os restos mortais de Antonio Luiz Tavares, o ex-cangaceiro "Asa Branca", tendo esse participado da frustrada invasão à cidade de Mossoró, juntamente com Lampião e seu respeitado bando de cangaceiros. "Asa Branca" era paraibano, do município de Cajazeiras do Rio do Peixe.

Asa Branca 

Após a derrota de Lampião em Mossoró "Asa Branca" foi capturado na cidade de Apodi, pela polícia do Ceará, em seguida recambiado para Mossoró.

Escritor Rostand Medeiros

Segundo o escritor e pesquisador do cangaço Rostand Medeiros, certa noite, lá no Hotel Termas, informou-me e inclusive com documento em mãos, cedido pela "República" que "Asa Branca" foi transferido para Natal, onde lá  deu início ao pagamento de sua dívida com a justiça  e posteriormente trazido para Mossoró. Aqui foi julgado e condenado a dez (10) anos de prisão. Assim que saiu da cadeia "Asa Branca" recuperou-se, tornando-se um homem honesto e trabalhador.

David de Medeiros Leite

O poeta, escritor e pesquisador David de Medeiros Leite, afirma em seu livro: "Ombudsman Mossoroense", publicado em 2003, página 71, que o cangaceiro "Asa Branca" trabalhou na Fazenda Duarte, propriedade de 

Chico Duarte
Chico Duarte

Francisco Duarte - "Chico Duarte", pai de Manoel Duarte, este sendo o homem que assassinou Colchete e baleou Jararaca. Mas o escritor não fala como o cangaceiro chegou à fazenda. Lógico que o "Asa Branca", no período em que prestou serviços à propriedade, ainda era muito jovem.

Manoel Duarte
Manoel Duarte

Nos anos 50, já em liberdade, "Asa Branca" encontrava-se nas terras Paraibana, e lá, dedicou-se ao ofício de curador, tornando-se um grande curandeiro da cidade de Brejo do Cruz e municípios vizinhos. Foi através da reza  que  ele adquiriu sua segunda esposa, Dona Francisca da Silva Tavares, hoje ela está com 74 anos. 

Aderbal Nogueira, dona Francisca  e Kydelmir Dantas. Foto; Laser Vídeo

Achando-se enferma, cuja doença a deixou no divã durante seis meses, e sabendo da existência deste curador na região, Dona Francisca Tavares mandou chamá-lo para cuidar dela no seu leito. Como foram alguns meses de cura, até que ela deixasse o divã, o casal findou apaixonado, e assim que ficou totalmente curada,  ela fugiu com ele para Mossoró, deixando para traz, um recém nascido e o seu esposo.

 
Dona Francisca e a filha Gorete - Foto: Laser Vídeo

Tendo sido perseguido pelo pai, que não se conformara com a atitude da filha e do curandeiro, e o desprezo que Dona Francisca deu ao filho e esposo, o casal arribou para o Estado do Ceará, onde fixaram residência. No Ceará o casal viveu por alguns anos, e teve alguns filhos. Posteriormente foi morar na cidade de Macaíba, só retornando novamente para Mossoró já nos anos sessenta.

Dona Francisca Tavares e a neta Viviane - Foto: Laser Vídeo

"Asa Branca" trabalhou no Instituto de Educação, hoje, Escola Estadual Jerônimo Rosado, e na FURRN, nos dias de hoje - UERN.  Dona Francisca Tavares também foi funcionária da UERN.

Dona Francisca e o filho Antonio Esmeraldo Tavares - Foto: Laser Vídeo

"Asa  Branca" faleceu em Mossoró (morte natural), no dia 2 de Novembro de 1981, e está sepultado no cemitério São Sebastião, nos fundos da cova de Jararaca. Dona Francisca Tavares é aposentada e reside em Mossoró, à Rua Epitácio Pessoa, no bairro Bom Jardim.

Vale lembrar ao leitor que quando dona Francisca foi morar com o cangaceiro "Asa Branca", que já não era mais cangaceiro, ela tinha 17 anos de idade, e ele já passava dos cinquenta anos. Isto é que faz a diferença por ela ainda está viva.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Jararaca o cangaceiro que virou “santo”


No cemitério de Mossoró (Rio Grande do Norte), existe um túmulo onde está enterrado o cangaceiro Jararaca (José Leite Santana) do bando de Lampião, e que recebe visitas de peregrinos que vão em busca de milagres. As pessoas mais antigas do lugar contam que a peregrinação decorre da crueldade com que Jararaca foi jogado na cova, ainda vivo. O livro O Cangaceiro que virou santo – 1980), do meu amigo Fenelon Almeida (já falecido) conta essa história, no contexto da fracassada invasão de Lampião e seu bando a Mossoró, em 1927.


Lampião sempre cobiçara assaltar Mossoró, cidade desenvolvida, centro comercial em qual os negócios fervilhavam, principalmente devido a exportação de sal e de algodão, considerada à época como o “ouro branco”. O lugar demonstrava sinais de progresso, pois contava com três jornais, estações telegráficas, agências do Banco do Brasil, estrada de ferro e de rodagem. Tudo fascinava os ladrões e Lampião imaginara um assalto que resultasse em grande quantidade de dinheiro. Mas, o bandido tinha também receio e comentava com seus asseclas que Mossoró possuía “ igrejas de duas torres”, típica de cidade grande. Mesmo assim, Lampião resolveu invadir a cidade. Todavia, os cangaceiros foram rechaçados pelo valente prefeito Rodolfo Fernandes que, juntamente com a polícia local e voluntários, armou trincheiras em pontos principais de Mossoró. 

A edição do dia 13 de maio do jornal O Mossoroense registrava, três dias depois do confronto: “Lampião, enfurecido, ordenou que o bando atacasse violentamente a cidade. Sofreu, porém, sério revés. Entrincheirados e armados de rifles e de pistolas, grupos da cidade receberam os cangaceiros sob fortes descargas. Travou-se prolongado renhido tiroteio, havendo perdas na horda dos assaltantes. Lampião e seu bando fugiram.” Dois mortos e um ferido, o sanguinário Jararaca.

Na reportagem, Fenelon Almeida relata que Jararaca foi encontrado pelo pequeno comerciante Pedro Tomé. Conta o repórter: “Ao aproximar-se da moita, ainda para certificar-se da natureza dos sons que escutara, Pedro foi encontrar um homem caído por terra, com as vestes ensanguentadas, respirando com dificuldades, sentindo fortes dores no peito direito. Era um homem de cor, compleição forte, ainda jovem. Logo lhe acudiu à mente tratar-se de um cangaceiro de Lampião. Era Jararaca, que na Praça São Vicente se arrastara até ali, numa tentativa de fuga. Mostrando-lhe o bornal que era também a sua caixa-forte, Jararaca prometeu ao desconhecido pagar-lhe generosamente, se ele encontrasse em algum lugar e lhe viesse trazer um pouco de água, sal de cozinha e pimenta-malagueta. E também um canudo de mamoeiro.

Com esses ingredientes, ele pretendia, por suas próprias mãos, limpar os ferimentos por fora e por dentro, e apontava para a perna esquerda e o peito direito, onde as vestes estavam grudadas no corpo, tintas de sangue, de mistura com areia e outras sujeiras da caminhada e arrasto pelo chão. Pedro Tomé prometeu atender-lhe o pedido. Recebeu o dinheiro de Jararaca e saiu, apressado... O comerciante não cumpriu com a palavra e foi à procura do primeiro soldado que descobrisse no caminho. Entre o instante do encontro do comerciante com o cangaceiro ferido e a vinda dos soldados que o prenderam e o levaram para a cadeia pública – uma distância no tempo que não chegou a medir mais de uma hora, desapareceram o dinheiro, as jóias e outros objetos de ouro, e todos ou quase todos os demais pertences do cangaceiro.

Já na delegacia e atendido por um médico, Jararaca insistia em obter o canudo de mamoeiro e pimenta-malagueta. Perguntaram-lhe como usar essa meizinha, e ele explicou dizendo: 

“No bando, quando alguém recebe ferimento como este, sopra a malagueta pelo canudo colocado na ferida. Sai a salmora no outro lado. Arde muito, mas a gente fica curado."

”Continua Fenelon: “Jararaca dava sinais de que estava melhorando. Entretanto, sábado, dia 18 de junho de 1927, alta hora da noite, por ordem do 


capitão Abdon Nunes de Carvalho, comandante da guarnição local, retiraram o cangaceiro da cadeia, dizendo que iam levá-lo para Natal. Mas, ao invés disso, conforme um combinado secreto, transportaram-no diretamente para o cemitério local, onde uma cova estava aberta à sua espera.

Ao ordenarem ao condenado que descesse do veículo e entrasse no cemitério, o motorista Homero Couto ouviu quando Jararaca disse, a meia voz:

-Valha-me Nossa Senhora!

Ao ver a cova que lhe fora preparada, Jararaca tornou a falar:

"Vocês querem me matar. Mas não vou chorar de medo, não. Nem pedir de mãos postas pra não me tirar a vida. Vocês vão ver como é que morre um cangaceiro".

Fato curioso! - não havia ódio nos gestos e palavras de Jararaca. Havia desprezo, isto sim, muito desprezo; não ódio. Foi o que me garantiu o repórter Lauro da Escóssia, que entrevistou um dos carrascos de Jararaca.

Jornalista Lauro da Escóssia

O bandido foi morto de maneira bárbara. Estava com as mãos atadas às costas. Primeiro, foi coronhada na nuca. Em seguida uma estocada com arma branca em plena garganta, desferida com ódio e força descomunais pelo sabre de um dos soldados que o escoltavam. Nas convulsões da morte, caído por terra, o sangue ainda a escorrer do descomunal ferimento, o corpo de Jararaca foi pisoteado pelos seus assassinos que o empurraram com os pés e fê-lo rolar para o interior da cova. Imediatamente, cobriram-no de terra quando ele ainda estava de olhos abertos, nas vascas da agonia final. Não deram tempo nem sequer de morrer.

Foi sepultado ainda com vida

Tumulo de Jararaca em Mossoró

O túmulo do cangaceiro, que hoje em dia é centro de romaria, foi mandado construir por Neide Santiago, funcionária da Estrada de Ferro de Mossoró, como sinal de gratidão por haver obtido uma graça especial por intercessão da alma do cabra de Lampião.

E está escrito na lápide: “Aqui Jaze José Leite de Santana, vulgo Jararaca. Nasceu em 1901- Faleceu-19-06-1927”.

Fontes:
Singular & coisa e tal...
http://hid0141.blogspot.com.br/2011/01/jararaca-o-cangaceiro-que-virou-santo.html

A OUTRA FACE DO CANGAÇO


Autor: Antonio Vilela de Sousa



A obra custa R$ 20,00 reais 
Frete a consultar. 

 E-mail:
incrivelmundo@hotmail.com
Fones: (87) 3763 - 5947 / 8811 - 1499/ 9944 - 8888 (Tim)

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

Lampião - Governador do Sertão



Durante o tempo em que esteve preso por Lampião, Pedro Paulo Magalhães Dias (ou Pedro Paulo Mineiro Dias), inspetor da STANDAR OIL COMPANY (ESSO), conhecido como Mineiro, testemunhou a vida dos cangaceiros e traçou o perfil de Virgulino, segundo sua avaliação.

Lampião pediu à empresa um resgate de vinte contos de réis pelo prisioneiro e acertou que se o resgate não fosse pago, mataria Mineiro. Mineiro viveu os dias de cativeiro, atormentado por terrível temor de ser morto por Lampião. Finalmente, percebendo o estado de espírito do prisioneiro, Virgulino tranquilizou-o afirmando:

"Se vier o dinheiro eu solto, se não vier eu solto também, querendo Deus".

Resolveu libertar Mineiro, antes porém, teve uma longa conversa com ele. Falou para Mineiro, por sentir-se naquele momento Senhor Absoluto do Sertão, que poderia ser Governador do Sertão. 

Mineiro perguntou-lhe, caso fosse governador, que planos teria para governar. Ficou surpreso com as respostas, que revelaram ter Virgulino conhecimento da situação política da região, conhecendo seus problemas mais urgentes. 

Lampião afirmou:

"Premero de tudo, querendo Deus, Justiça! Juiz e delegado que não fizer justiça só tem um jeito: passar ele na espingarda!  Vem logo as estradas para automóvel e caminhão!" 

- Mas, o capitão não é contra se fazer estrada? - objetou Mineiro. 

- Sou contra porque o Governo só faz estrada pra botar persiga em cima de mim. Mas eu fazia estrada para o progresso do sertão. Sem estrada não pode ter adiantamento, Fica tudo no atraso. Vem depois as escolas e eu obrigava todo mundo a aprender, querendo Deus. Botava, também, muito doutor (médico) para cuidar da saúde do povo. Para completar tudo, auxiliava o pessoal do campo, o agricultor e o criador, para ter as coisas mais barato, querendo Deus" (Frederico Bezerra Maciel).

Mineiro ouviu e concordou com Virgulino. O que acabara de ouvir representava uma parte da sabedoria do cangaceiro. Lampião então, senhor de si, ditou para Mineiro, uma carta para o governador de Pernambuco, com a seguinte proposta: 

" Senhor Governador de Pernambuco. 

Suas saudações com os seus.

Faço-lhe esta devido a uma proposta que desejo fazer ao senhor pra evitar guerra no sertão e acabar de vez com as brigas... Se o senhor estiver de acordo, devemos dividir os nossos territórios. Eu que sou Capitão Virgulino Ferreira Lampião, Governador do sertão, fico governando esta zona de cá, por inteiro, até as pontas dos trilhos em Rio Branco. E o senhor, do seu lado, governa do Rio Branco até a pancada do mar no Recife. Isso mesmo. Fica cada um no que é seu. Pois então é o que convém. Assim ficamos os dois em paz, nem o senhor manda os seus macacos me emboscar, nem eu com os meninos atravessamos a extrema, cada um governando o que é seu sem haver questão. Faço esta por amor à Paz que eu tenho e para que não se diga que sou bandido, que não mereço.
Aguardo resposta e confio sempre.

Capitão Virgulino Ferreira Lampião, Governador do Sertão. 

Seria Mineiro o portador dessa carta, colocada em envelope branco, tipo comercial, com a subscrição: 
- Para o Exº Governador de Pernambuco - Recife" (Frederico Bezerra Maciel) 

Gostavam de cavalo branco Cordão de Ouro, Ferreirinha, Antônio Ferreira e Lampião... 

Mineiro notou que quase todos os cangaceiros eram analfabetos. Lampião sabia ler bem, mas escrevia com muita dificuldade. Antonio Ferreira lia com dificuldade e não escrevia. Apenas Antônio Maquinista, ex-sargento do Exército, sabia ler e escrever.

Enfim, Lampião solta Mineiro, num ato que se transformou em festa, com muitos discursos e a emoção dos participantes.

Mineiro reconheceu nos cangaceiros, pessoas revoltadas contra a situação de abandono do sertão. Agradeceu a Deus os dias que passou na companhia de Lampião e seus cabras. Teceu elogios a Virgulino por sua personalidade capaz e inteligente. Afirmou que levava a melhor impressão de todos e que iria propagar, que o capitão e os seus, não eram o que diziam deles.

Lampião pediu então a Mineiro que dissesse ao mundo a verdade. 

Despediu-se mineiro de todos, abraçando um por um os cangaceiros: 

Luís Pedro, Maquinista, Jurema, Bom Devera, Zabelê, Colchete, Vinte e dois, Lua Branca, Relâmpago, Pinga Fogo, Sabiá, Bentevi, Chumbinho, Az de Ouro, Candeeiro, Vareda, Barra Nova, Serra do Mar, Rio Preto, Moreno, Euclides, Pai Velho, Mergulhão, Coqueiro, Quixadá, Cajueiro, Cocada, Beija Flor, Cacheado, Jatobá, Pinhão, Mormaço, Ezequiel Sabino, Jararaca, Gato, Ventania, Romeiro, Tenente, Manuel Velho, Serra Nova, Marreca, Pássaro Preto, Cícero Nogueira, Três cocos, Gaza, Emiliano, Acuana, Frutuoso, Feião, Biu, Sabino 
Finalizando: 
Cordão de Ouro, Ferreirinha, Antônio Ferreira e Lampião

http://www.oocities.org/edsrimolo/Lampi.htm

Livros sobre "Cangaço"

1938 - Angico

Lampião de "A a Z"

Autor: Paulo Medeiros Gastão

Estes livros podem ser
adquiridos através
deste e-mail:
paulomgastao@hotmail.com
Diretamente com o autor
Não estão à venda em livrarias.
Preço por exemplar:
R$ 20,00 (vinte reais+ frete).

http://blogdomendesemendes.blogspot.com 

LUIZ GONZAGA É CEM: O ANÃO XAXADO E A TURNÊ DE 53

Por: Abílio Neto · Recife, PE

Corria o ano de 1953 e já como Rei do Baião, Luiz Gonzaga fazia um sucesso danado. Teve que provocar uma alteração no seu conjunto pé-de-serra, uma vez que seu sanfoneiro Catamilho só vivia bêbado. Luiz gostava de cerveja, de uísque, de um bom vinho, mas bebia com moderação. Era patrocinado por toda espécie de cachaça, porém detestava gente bêbada. Quem sabe, a perda do irmão mais velho, o Joca, falecido em 1947, vítima de cirrose, tenha provocado essa reação, pois Gonzaga fez de tudo, mas não conseguiu afastá-lo do vício.

Em 1952, numa turnê pelo sertão baiano, Gonzaga conheceu o anão Osvaldo Nunes Pereira e naquela ocasião já pensava em colocá-lo no seu conjunto como tocador de triângulo porque entendia que o fato seria uma coisa inusitada. Mandou o anão ir ensaiando. Um ano depois, a família de Osvaldo havia mudado pra Xonin (nome indígena), distrito de Governador Valadares, em Minas Gerais, mas o motorista de seu Luiz achou o anão, que foi incorporado à comitiva do cantor. A turnê prosseguiu, mas chegando em Itabuna, a capital do cacau, no sul da Bahia, durante um show, Catamilho estava tão bêbado que caiu no palco com zabumba e tudo. Gonzaga, a princípio tentou enrolar o público dizendo que o zabumbeiro tinha ensaiado a queda, mas aí um baiano da plateia falou o seguinte: “oxente, esse cabra tá é bebum!” Como não pôde manter a mentira, Gonzaga ficou irado! O público, no entanto, riu às escâncaras.

Catamilho foi demitido sumariamente, porém o “triangueiro” Zequinha, em solidariedade ao amigo resolveu sair. Saíram os dois e pior pra Gonzaga que naquele momento havia ficado sem seus ritmistas, em que pese a agenda do sanfoneiro registrar compromissos para os dias seguintes, a começar por um em Santo Antonio de Jesus-BA. A turnê do Rei do Baião teve que ser interrompida até a formação de um novo trio. Foi quando Luiz se lembrou de um engraxate do sul do Piauí que chamava a atenção dos fregueses porque fazia malabarismo e percussão com as escovas. Mandou sem demora seu motorista para lá a fim de apanhar o engraxate Juraci Miranda. Motorista de Luiz Gonzaga sofria muito, mas trabalhava contente porque o homem além de ser bem humorado, era espirituoso, contava “causos” e tratava o empregado muito bem.

No Piauí, o engraxate, de imediato, topou a proposta de tocar com Gonzaga. Chegaram cansados da longa viagem, mas seguiram todos no mesmo dia pra Santo Antonio de Jesus com novo conjunto formado e um grande problema: o novo trio não havia ensaiado e, portanto, não poderia se apresentar sem o devido e mínimo ensaio.

Antes de chegarem em Santo Antonio de Jesus, fazia um calor danado no recôncavo baiano, mas seu Luiz sabia da existência de um riacho com cachoeira, às margens da estrada. Foi quando Gonzaga falou pro divulgador Romeu o seguinte: “olha, nós vamos parar na beira desse rio, tomar um banho de cachoeira e ensaiar debaixo daquele pé de pau, pois eu tenho que treinar o conjunto. Você segue com o motorista pra cidade a fim de anunciar o show. Quanto estiver tudo pronto, volte pra apanhar a gente”.

O banho segundo Gonzaga serviria pro ensaio do grupo mas também pra tirar a inhaca do anão que, no carro, já vinha com um “cheiro danado de ruim”. Gonzaga era exímio ritmista de zabumba e triângulo e queria que os dois novos ritmistas tocassem do seu gosto e, além disso, que também dançassem o xaxado (segundo Dominguinhos, Gonzaga foi o maior dançador de xaxado que ele viu). Bem, então, todos tiraram a roupa e ensaiaram por quase três horas. Ensaiavam, tomavam banho, ensaiavam e novamente tomavam banho! Palavras de seu Luiz:

“O ensaio foi com todo mundo pelado. Expliquei que Juraci ficava com o zabumba e Osvaldo com o triângulo, e ensinei o ritmo a eles: ‘Olha, vocês vão andando, andando, andando até cansar, mas vão fazendo o passo certo no ritmo. Depois com os instrumentos, andando, andando, andando e tocando, no passo certo do ritmo’.

Em 1952, Gonzaga havia se afastado de Zé Dantas em função de problemas havidos com a parceria entre os dois e Humberto Teixeira tinha se tornado deputado federal, de maneira que Luiz teve de recorrer ao maestro Hervé Cordovil que trabalhava em São Paulo para colocar letra em algumas de suas melodias: “Xaxado”, “Baião da Garoa” e o grande sucesso “A Vida do Viajante”. A primeira e a terceira faziam parte do roteiro musical apresentado naquela excursão e “A Vida do Viajante” ficou famosa justamente a partir daquela turnê, mas outro xaxado também, além de “Xaxado”, ganhou fama naqueles meses de viagens.

Voltando ao banho de cachoeira, os três esqueceram somente de um simples detalhe e assim cometeram uma falha imperdoável perante os costumes dos habitantes daquelas bandas: quem vai tomar banho de cachoeira e se o banheiro é público, na cerca de palha seca que protege a cascata contra os espiões, o sujeito tem que colocar a roupa estendida com metade pro lado de fora, que é justamente pra dar a entender que o local está ocupado.

Nisso entra no enredo uma cabocla baiana do recôncavo que foi se aproximando da cachoeira também pra tomar seu banho, ao mesmo tempo em que ia escutando o som já harmonioso de um trio composto por sanfona, zabumba e triângulo. Imaginou que estivesse havendo uma festa no local e foi pra lá espiar. Mulher é um bicho danado de curioso! Foi se chegando, se chegando, e por entre as palhas, de cócoras, resolveu dar uma “brechada”.

Para seu grande espanto viu três homens nus tocando seus instrumentos e dançando ao mesmo tempo! Mas quando ela olhou pro anão, quase caiu sentada: o anão tinha uma rola tão avantajada que o fazia se assemelhar a um jumento nordestino e, dançando, parecia que tinha uma cobra balançando entre as pernas, presa por uma das extremidades, mas querendo se soltar!

Mulher nordestina daquele tempo era criada pra ver só um homem nu em toda sua vida, justamente pra evitar certo tipo de desejo, pois cabôca nordestina é mulé de um homem só. Assustada, deu um grito tão danado que interrompeu o ensaio e desembestou feito uma égua com sede pelo sertão afora, gritando pelos santos protetores dos baianos: “valei-me meu São Bom Jesus da Lapa, ajudai-me meu Senhor do Bonfim, socorrei-me meu Santo Antônio de Jesus, livrai-me dessa visão do inferno!”, passando como uma bala pelo espantado motorista de Luiz Gonzaga que tinha vindo buscar o trio naquele exato momento.

Na noite de 23 de outubro de 1953, em Santo Antônio de Jesus/BA, Gonzaga estreou o novo conjunto com seus integrantes devidamente batizados: Cacau na zabumba, e no triângulo, o anão Xaxado. Um ano depois Gonzaga mudou o nome do anão pra Salário Mínimo. Numa excursão à região Norte, um recepcionista de um hotel disse que aquele músico era tão pequeno que mais parecia com o salário-mínimo do estado do Maranhão (naquela época o salário mínimo era diferenciado por região). Foi sem dúvida o mais carismático ritmista de Luiz Gonzaga. Deixou de trabalhar com ele porque também se danou a beber. Muito tempo depois, Salário Mínimo voltou a usar o nome artístico que lhe deu o Rei do Baião, Xaxado, e a trabalhar com ele no Forró Asa Branca, na Ilha do Governador/RJ (1972/1975). Cacau, a partir de 1957, passou a trabalhar com Marinês e Abdias formando o conjunto “Marinês e Sua Gente”. Luiz Gonzaga, em entrevista 34 anos depois, confirmou que o anão tinha uma “pra ti vai” fora dos padrões: aproximadamente meio metro!!! E olhe que todos os homens da família de Januário tinham a fama de ter a penca grande.

Nessa turnê de 1953 em que apareceu esse anão roludo, Luiz Gonzaga cantava uma música que viria tornar-se um dos seus grandes e inesquecíveis sucessos: “A Vida do Viajante”, lançada em disco de 78 RPM em novembro/53, dele e Hervé Cordovil. E o xaxado que também apresentava pelo Brasil afora, era um dos mais significativos do seu repertório: “Vamos Xaxear”, de Luiz Gonzaga e Geraldo Nascimento, gravado em agosto de 1952.

Para ouvir “A Vida do Viajante” com um solo de sanfona irresistível do Rei do Baião, basta clicar aqui.

Para escutar “Vamos Xaxear”, um xaxado que em cuja gravação estão presentes todos os ingredientes que dão sabor a esse ritmo gostoso, é só clicar aqui.

http://www.overmundo.com.br/banco/luiz-gonzaga-e-cem-o-anao-xaxado-e-a-turne-de-53

LUIZ GONZAGA E O RIO GRANDE DO NORTE


Autor: Kydelmir Dantas


Já está à venda na LIVRARIA NOBEL
Avenida Senador Salgado Filho, 1782 - Lagoa Nova  - Natal - RN
CEP - 59022-000
fone: (0xx) - 84 - 3613-2007

Parceiros potiguares
com verbetes:

Celso da Silveira, Chico Elion, Henrique Brito, Elino Julão, Frei Marcelino, Jandhuy Finizola e Severino Ramos.

Parceiros e intérpretes potiguares
com verbetes:

Ademilde Fonseca, As Potiguaras, Carlos Zens, Coral da Petrobras Mossoró, Khrystal, Marina Elali, Meirinhos, Mirabô Dantas, Nenem do Baião, Orquestra Sinfônica da UFRN, Orquestra Sanfônica de Mossoró, Paulo Tito, Roberto do Acordeon, Terezinha de Jesus, Trio Irakitan, Trio Mossoró, VINA e Zé Lima.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com

O documentário que faltava por aqui

De Maurice Capovilla  "O último dia de Lampião" 1975

Sinopse:

"Depoimentos documentais somam-se à reconstituição das últimas 24 horas de Virgulino Ferreira, o Lampião.

Com narração de Sérgio Chapelin registram-se imagens e vozes de soldados da Volante e, também, de cangaceiros sobreviventes da emboscada (ocorrida em 28 de julho de 1938), na qual morreram Lampião, Maria Bonita e nove cangaceiros.

O cineasta pergunta a todos eles: 'onde você estava aquele dia?'. As filmagens contaram o episódio narrado, tanto sob o ponto de vista dos cangaceiros, quanto do ponto de vista dos 'macacos' (Soldados da Volante).

Começa em Piranhas, Alagoas, onde a tropa iniciou sua movimentação, até montar a emboscada na grota de Angico. Os sobreviventes foram levados aos locais onde tudo se passou. Atores e populares (alguns parentes dos envolvidos no conflito) atuaram.


A Polícia Militar de Alagoas forneceu o armamento e soldados da PM." , sinopse extraída do livro 'Cangaço, o Nordestern no Cinema Brasileiro', org.: Maria do Rosário Caetano, Avathar Soluções Gráficas, DF, 2005.)


Observações do Diretor

O tema do cangaço chegou à Blimp Film por acaso. *Um dentista, pesquisador do cangaço, era conhecido do diretor de produção da Blimp. Por isso, ele nos deixou, para nossa avaliação, enorme texto com dados importantes dos diversos bandos de cangaceiros, especialmente do bando de Lampião. O Guga (Carlos Augusto de Oliveira) me deu o material para eu dar uma olhada. Eram informações gerais e dispersas, abarcando um amplo universo dos conflitos do cangaço

Achei interessante, pois a pesquisa citava nomes de cangaceiros e suas localizações no espaço geográfico do Nordeste. Entre eles, muitos se encontravam no coito de Angico por ocasião da morte de Lampião.

Propus então realizar um programa que centrasse o foco nos últimos dias de Lampião, isto é, as últimas 24 horas do bando. O Guga topou na hora e o Boni (José Bonifácio Oliveira Sobrinho, irmão dele e executivo da Globo) analisou e aprovou o projeto. Necessitávamos da aprovação dele, uma vez que o orçamento para esse filme extrapolava custos habituais.


Soldados Abdon e José Panta de Godoy

Em Piranhas, consegui o depoimento dos traidores, Joca Bernardes e Durval, o irmão de Pedro de Cândido, os dois coiteiros de Lampião, que nunca tinham confessado a traição.

João de Almeida Santos, o Joca Bernardes.

Voltei a São Paulo com o material, montei e segui para a segunda etapa, que consistia em reconstituir, a partir das entrevistas feitas, os fatos que culminaram com a morte de Lampião. De grande ajuda foi Cila, mulher de José Sereno - que estava hospitalizada em São Paulo. O depoimento dela tem valor de confirmar informações contraditórias. Cila era a melhor amiga de Maria Bonita, era também a figurinista do bando e foi a nossa também. Os chapéus foram confeccionados por Dadá, mulher de, na Bahia.

Soldado João Bengo

Enfim, tive sorte de encontrar testemunhas oculares da história, que deram a credibilidade necessária à reconstituição dos fatos (...)'

- Trecho de depoimento de Maurice Capovilla, extraído do livro 'Cangaço, o Nordestern no Cinema Brasileiro', org.: Maria do Rosário Caetano, Avathar Soluções Gráficas, DF, 2005."

"Depoimentos dos remanescentes do grupo residentes na capital paulistana que se achavam presentes no dia da morte de Lampião e daquele que deu o tiro inicial, Abdon, nunca antes entrevistado".

Vamos ao deleite...


Fonte: Canal do excelente DocsPrimus no You Tube. Texto: www.cinemateca.gov.br
Fotos: DocsPrimus e Prints do vídeo.

*O dentista em questão é nosso estimado amigo Antonio Amaury

Extraído do: http://lampiaoaceso.blogspot.com

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Lampião em Paulo Afonso: Em Março Será Lançado a Segunda Edição

Por: João de Sousa Lima

LAMPIÃO EM PAULO AFONSO  foi o primeiro livro do Escritor João de Sousa Lima. desde 2003 que a obra encontra-se esgotada e agora em março de 2013 sai a segunda edição ampliada.

O livro narra as passagens dos cangaceiros desde a entrada de Lampião na Bahia, passando pelo Raso da Catarina. O Livro também retrata a entrada dos Índios Pankararé para o cangaço, onde homens e mulheres deixaram sua tribo para viverem a saga Lampiônica.

Depois de 10 anos de espera por parte de alguns pesquisadores e escritores o livro finalmente encontra-se no prelo e o lançamento está previsto para a segunda quinzena de março de 2013.

Para adquirir o contato é diretamente com o próprio autor através dos seguintes contatos: joaoarquivo44@bol.com.br - 75-8807-4138 ou 9101-2501 - www.joaodesousalima.com


Personagens que fazem parte do livro.
Na foto o segundo é Ozeias Gomes de Oliveira, irmão de Maria Bonita, o autor e Biri (sobrinho de Maria Bonita)


O autor e a irmã da cangaceira Moça.


Vicente (sobrinho de Pedro de Cândido) o homem que levou a máquina de costura a pedido de Lampião para o coito de Angico. (Ainda é vivo e reside em Poço Redondo).


João e o irmão do cangaceiro Açúcar  (Brejo do Burgo).


João e Raimundo (irmão do cangaceiro Lavandeira). Povoado Juá


Rita (estuprada por Sabiá) e o autor.


O cangaceiro Alecrim e João.


João e o neto da coiteira Generosa Gomes de Sá


João e sobrinhos de Maria Bonita


O autor e o volante Júlio.


João e Coquinho (primo de Arvoredo) - Brejo do Burgo.



O autor e o filho do  coiteiro que prendeu o cangaceiro Passarinho

Enviado pelo escritor e pesquisador do cangaço: 
João de Sousa Lima

http://www.joaodesousalima.com

Um pouco sobre a biografia de Raibrito

 
Raimundo Soares de Brito

Raimundo Soares de Brito (RAIBRITO), nasceu no dia 23 de abril de 1920, na cidade de Caraúbas - RN. 

Raibrito, Vingt-un, Aline Linhares e Dorian Jorge Freire

Filho de José Soares de Brito e Raimunda Saúl da Costa. Casado com Dinorah Brito, pais de Socorro Brito de Figueiredo e ‘adotivos’ do sobrinho Marcos Antonio.

Raibrito e Geraldo Maia do Nascimento

Começou sua vida profissional como comerciante e ingressou na vida pública como Agente de Estatística; posteriormente foi agente postal dos Correios e Telégrafos, Diretor do Museu Municipal de Mossoró e da Biblioteca Pública Ney Pontes Duarte; historiador, pesquisador, palestrante e conferencista.

Sócio das seguintes entidades culturais:

Instituto Cultural do Oeste Potiguar – ICOP, Academia Mossoroense de Letras – AMOL, Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte – IHGRN, Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC,
Membro Honorário da Academia de Letras de Uruguaiana – RS.

Dudé Viana, Antônio Marcos (Historiador e sobrinho de Raibrito)

LIVROS PUBLICADOS:

Notícia biográfica de alguns patronos de ruas de Mossoró. ESAM, 1978.
Estudos de História do Oeste Potiguar. ESAM, 1979.
Alferes Teófilo Olegário de Brito Guerra - Um memorialista esquecido. 1980.
Uma viagem pelo arquivo epistolar de Adauto Câmara. 1981.
Pioneiros da História da Indústria e Comércio do Oeste Potiguar. ESAM/FGD, 1982.
Indústria e Comércio do Oeste Potiguar – Um pouco de história. ESAM/FGD, 1982.
Legislativo e Executivo de Mossoró numa viagem mais que centenária. ESAM/FGD, 1985.
Luiz da Câmara Cascudo e a Batalha da Cultura. FVR/CM.
Apostila do Afeto: Câmara Cascudo. FVR/CM.
Notas genealógicas sobre a família de Dona Amélia de Souza Melo Galvão. PMM/SEC, 1982.
Nas garras de Lampião (Diário do Coronel Gurgel) - (1996).
Ruas e Patronos de Mossoró (Dicionário). FVR/CM.Eu, Ego e os Outros (Memórias de Tipos Populares). Editora Queima-Bucha / Petrobras.AMOL – Seus Patronos e Acadêmicos. Editora Queima-Bucha / Petrobras.

http://cariricangaco.blogspot.com
http://blogdomendesemendes.blogspot.com