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sábado, 19 de novembro de 2011

Antonio Silvino: O Cangaço Presente em Campina Grande



Manoel Batista de Moraes, ou melhor, o cangaceiro Antonio Silvino faleceu por volta das 19:00hs do dia 28 de Julho de 1944, na casinha de taipa que lhe acolheu em Campina Grande, sete anos após sua saída da prisão. O cangaceiro teve oito filhos gerados com várias mulheres. Sua última esposa lhe deu quatro filhos.

Antônio Silvino (de chapéu), em frente a Casa de Detenção  Foto: Antonio Silvino, o cangaceiro o homem o mito/Reprodução
Foi enterrado no Cemitério do Monte Santo, de onde, dois anos e meio depois, seus restos mortais foram transferidos para outro local desconhecido no campo santo, pelo fato de ninguém nunca ter reclamado os ossos do bandoleiro.
Seu local de sepultamento, hoje, possui um marco com uma placa de cimento, erguido pelo historiador João Dantas que junto ao pesquisador Olavo Rodrigues intentam a implantação de uma placa de bronze em referência ao cangaceiro.
Prof. Mário Vinicius Carneiro ao lado do marco erguido sob o local onde
fora sepultado Antônio Silvino o Cemitério do Monte Santo
"Antonio Silvino é um dos principais cangaceiros, morreu e está enterrado em Campina Grande, mas praticamente não existe referência de sua passagem por essa cidade" (pesquisador Olavo Rodrigues para o Diário da Borborema, em matéria do jornalista Severino Lopes).
Teodulina Alves Cavalcante, acolheu em sua casa o primo,  Manoel Batista de Moraes, que por terem assassinado o seu pai, posteriormente se tornou a ser cangaceiro, recebndo a alcunha de Antonio Silvino, nome escolhido por ele como homenagem a um tio.
Casa de Teodulina Cavalcante, era localizada na Rua Arrojado Lisboa, na cidade de Campina Grande, no Estado da Paraíba. Aqui Antonio Silvino viveu os seus últimos dias de vida.
Se você quer saber mais sobre o cangaceiro Antonio Silvino, clique no link abaixo:
 

Ino no Cangaço


Para assistir ao programa completo, clique aqui.

Cangaço
 
O cantador Xangai participou da edição especial com artistas nordestinos do programa Sarau, da Globo News, apresentado por Chico Pinheiro. Falou sobre sua origem e sobre cidades da região de Conquista e cantou INO NO CANGAÇO (composta em parceria com Ivanildo Vila Nova). Confira no vídeo abaixo.
http://luzdefifo.blogspot.com/
http://blogdomendesemendes.blogspot.com/

Novo filme retratando o cangaço

 
"DE VOLTA AO CANGAÇO" TERÁ CENAS ELETRIZANTES DE PERSEGUIÇÃO

Estão a todo vapor as gravações do novo filme do mortugabense Paulo Sérgio Nogueira, as primeiras cenas com qualidade de imagem e cuidado nos detalhes em relação ao roteiro já fazem desse novo filme um marco no cinema do estado da Bahia. O longa ambientado na caatinga leva para o passado e futuro, cangaceiros, jagunços e boas doses de ação eletrizantes e humor que irão agradar o público. Algumas cenas serão rodadas em Vitória da Conquista. "De volta ao Cangaço" deve estrear em dezembro e tem parceria com a Fundação Pedro Calmon de Salvador e a Mortugaba Filmes.
Por Max Dayan Barbosa

ANTONIO SILVINO, CAPITÃO DE TRABUCO

Por: Martinho Alves de Andrade
No Sertão de Pernambuco, parte setentrional e microrregião do Pajeú, está localizada a progressista cidade de Afogados da Ingazeira cujas origens estão presas à fazenda do criador de gado, Manuel Francisco da Silva. Mais tarde, sobre as suas terras foram edificadas muitas casas, dando surgimento a um povoado, cujo desenvolvimento se dá a partir de 1870. Em 1º. de julho de 1909, é elevado a cidade pela Lei Provincial nº. 991.

Bairro São Sebastião-Foto:brunosenhor
Bairro São Sebastião-Foto:brunosenhor
O seu nome está ligado à morte por afogamento de um casal de viajantes quando tentou atravessar a nado o rio Pajeú que se encontrava cheio devido às fortes chuvas caídas na região.

Afogados da Ingazeira se limita com os municípios de Solidão, Tabira, Carnaíba e Iguaracy.

Os seus corpos foram encontrados alguns dias depois, em local onde floresciam muitas ingazeiras. Assim o lugar passou a ser denominado Afogados da Ingazeira, até porque à época, existia a comunidade de Afogados, na cidade do Recife.

Na seca de 1877, surge nessa região o cangaceiro Adolfo Meia-Noite e a partir de 1896, o Nordeste foi sacudido pelos ataques de Manoel Baptista de Moraes, ou Antonio Silvino, levado a essa circunstancia por conta do assassinato do seu pai, Pedro Rufino Batista de Almeida, o Batistão, na feira livre de Afogados, por membros da família Ramos.


Em 1897, depois de novo júri, quando retornavam à cadeia, os Ramos conseguiram fugir após suborno oferecido aos policiais que os escoltavam. Futuramente, Antonio Silvino encontrou Manuel Cabaceira, sobrinho de um dos assassinos do seu pai, acompanhado de João Rosa e praticou a vingança, matando-os, ainda que nada tivessem com a morte do seu genitor.


Antonio Silvino o “governador do Sertão” ou “Capitão de Trabuco” perambulou pelo Nordeste (Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte), sempre perseguido pela polícia militar. O seu bando era formado de poucos homens, chegando algumas vezes a ter mais de dez. Das proezas que praticou se destacam surras, invasão de propriedades, assaltos a pessoas abastadas, distribuição de dinheiro roubado dos ricos com pessoas mais humildes nas feiras livres, queima de malas postais e arquivos de cartórios. Por dezoito anos percorreu a caatinga sertaneja.

Em dado momento, exigiu da Great Western Railway, responsável pela construção da vida férrea, a importância de 30 contos de réis, como indenização alegando que avançava sobre suas terras. Combatendo a chegada do trem, arrancou grande parte dos trilhos, prendeu funcionários e sequestrou engenheiros.



Em 27 de novembro de 1914, foi ferido e preso por Teófanes Ferraz, na localidade de Lagoa Lage, município de Taquaritinga, Estado de Pernambuco, graças à delação do coiteiro Joaquim Pedro. Condenado a 30 anos de prisão, na Casa de Detenção do Recife, a mesma que recebeu João Dantas, responsável pela morte do presidente João Pessoa, o célebre cangaceiro passou o tempo fabricando gaiolas e rebenques de rabo de cavalo, para venda na feira livre. Em 1937 foi indultado pelo governo Vargas e passou a residir na cidade de Campina Grande onde faleceu em agosto de 1944, segundo Câmara Cascudo. Essa data sofre contestação por parte dos seus biógrafos.

Era homem elegante, bonito, vaidoso, de cor morena e usava sempre farda de oficial da Guarda Nacional, com dourados galões. Estava sempre perfumado e os cabelos ostentavam o uso da brilhantina, enquanto nos dedos carregava anéis cobertos de brilhantes. As armas da sua predileção eram rifle papo-amarelo, um ou mais punhais, pistola Browing e duas cartucheiras em forma de X.

Na nossa região, o cangaceiro esteve em Cachoeira dos Guedes, Cuitegí e nas cidades de Araruna e Guarabira. Ocultou-se muitas vezes com o seu bando, em caverna próxima da cidade de Gurinhém.

Escreveu ao Presidente da República, em 26 de abril de 1939, solicitando uma mesada pelos “relevantes serviços prestados à minha pátria no saneamento moral do Norte”.

2009/04/antonio-silvino-capitao-de-trabuco.html

Inácio e João, cabras da peste!

Por: Manoel Severo

Certamente todos os apaixonados pelo tema cangaço já conhecem o trabalho e o talento do pesquisador e escritor João de Sousa Lima. Pernambucano de São José do Egito, adotou e foi adotado pela bela Paulo Afonso e a partir dali descobriu sua verdadeira paixão.
 
O ex-volante Inácio Ferreira Lima

Com um faro incomum, próprio dos "inquietos", esse incrível rastejador se embrenhou pela caatinga baiana, pelo sopé das serras e beira de riachos e de repente olha o "hôme" trazendo mais e mais novidades sobre o universo do Cangaço. Foi assim com Maria Bonita, Aristéa, Durvinha e Moreno, a família de Lídia, enfim, e agora, esse farejador de relíquias nos apresenta: Inácio Ferreira Lima. Parabéns João, você é mesmo um cabra da peste !

João de Sousa Lima e Inácio Ferreira Lima 

Inácio Ferreira foi um dos soldados que participou do combate que faleceu o cangaceiro Cacheado e foi fotografado com a cabeça do cangaceiro na frente da cadeia de Jeremoabo. Inacio Ferreira Lima reside em um dos povoados de Jeremoabo, Bahia, ele foi soldado das volantes de Odilon Flor, tenente Santinho e Zé Soares.


Em breve teremos essa reportagem
lançada em vídeo.

João de Sousa Lima

Manoel Severo
 

Santo Antônio do Barro...

Por: Dario Castro Alves

 

 
Igreja Matriz de Santo Antônio do Barro,
terra do Major Zé Inácio...

 
 
 

Barro é uma dessas cidades guardadas no coração do Ceará, no nosso caso, no coração do Cariri; não é difícil perceber o porquê depois do olhar do confrade Dario Castro Alves...


http://cariricangaco.blogspot.com/
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DIA DO CORDELISTA


A data foi criada em homenagem ao pioneiro LEANDRO GOMES DE BARROS, nascido no dia 19 de novembro de 1865.
Texto e desenho: Arievaldo Viana
Leandro Gomes de Barros nasceu em 1865, na Fazenda Melancia, município de Pombal, Estado da Paraíba. A Fazenda pertencia aos seus avós maternos Manuel Xavier de Farias e sua mulher Dona Antônia Xavier de Farias, por quem Leandro foi criado após a morte de seu pai, José Gomes de Barros Lima. Manuel e Antônia eram pais de dona Adelaide, mãe de Leandro e do Padre Vicente Xavier de Farias, que nasceu na mesma fazenda em 1822. Ordenado sacerdote, aos 24 anos de idade mudou-se para o Teixeira em 1846, tendo permanecido ali durante 61 anos. Faleceu em 13 de dezembro de 1907, com 85 anos de idade. Leandro foi para companhia do  Pe. Vicente, vigário da Vila do Teixeira, permanecendo naquela localidade até os 15 anos de idade, quando resolveu mudar-se para Pernambuco.
No Teixeira, Leandro conviveu com violeiros da estatura de Inácio da Catingueira, Romano da Mãe d'Água, Bernardo Nogueira, Ungulino Nunes da Costa e Nicandro Nunes da Costa. Por eles nutriu admiração e deles adquiriu o estro da poesia popular. De Teixeira mudou-se para Vitória de Santo Antão e de lá para o Recife, onde viveu na rua Motocolombó, nº 87, em Afogados.
Leandro era casado com Dona Venustiniana Aleixo de Barros, união da qual nasceram 04 filhos, três mulheres e um rapaz. A mais velha, Raquel de Barros Batista casou-se com o poeta Pedro Batista (1890-1938). Os outros filhos eram Esaú Eloy, Julieta (ou Gilvanetta) e Herodias.
Sobre Leandro, Luiz da Câmara Cascudo in Vaqueiros e Cantadores nos dá o seguinte depoimento (pág. 264 - edições de ouro):
"Nasceu e morreu na Paraíba, viajando pelo Nordeste. Viveu exclusivamente de escrever versos populares inventando desafios entre cantadores, arquitetando romances, narrando as aventuras de Antônio Silvino, comentando fatos, fazendo sátiras. Fecundo e sempre novo, original e espirituoso, é o responsável por 80% da glória dos cantadores atuais. Publicou cerca de mil folhetos, tirando deles dez mil edições. Esse inesgotável manancial correu ininterrupto enquanto Leandro viveu. É ainda o mais lido dos escritores populares. Escreveu para sertanejos e matutos, cantadores, cangaceiros, almocreves, comboieiro, feirantes e vaqueiros. É lido nas feiras, nas fazendas, sob as oiticicas nas horas do "rancho", no oitão das casas pobres, soletrado com amor e admirado com fanatismo. Seus romances, histórias românticas em versos, são decoradas pelos cantadores. Assim Alonso e Marina, O Boi Misterioso, João da Cruz, Rosa e Lino de Alencar, O Príncipe e a Fada, o satírico Canção de Fogo, espécie de Palavras Cínicas, de Forjaz de Sampaio, a Órfã Abandonada, etc constituem literatura indispensável para os olhos sertanejos do nordeste. Não sei se ele chegou a medir-se com algum cantador. Conheci-o na capital paraibana. Baixo, grosso, de olhos claros, o bigodão espesso, cabeça redonda, meio corcovado, risonho, contador de anedotas, tendo a fala cantada e lenta do nortista, parecia mais um fazendeiro que um poeta, pleno de alegria, de graça e de oportunidade.
Quando a desgraça quer vir
Não manda avisar ninguém,
Não quer saber se um vai mal
E nem se outro vai bem,
E não procura saber
Que idade Fulano tem.

Não especula se é branco,
Se é preto, rico, ou se é pobre,
Se é de origem de escravo
Ou se é de linhagem nobre!
É como o sol quando nasce
O que acha na terra, cobre!
Um dia, quando se fizer a colheita do folclore poético, reaparecerá o humilde Leandro Gomes de Barros, vivendo de fazer versos, espalhando uma onda sonora de entusiasmo e de alacridade na face triste do sertão." O poeta João Martins de Ataíde, que comprou os direitos autorais de Leandro a Venustiniana Eulália de Barros, escreveu o seguinte no folheto A Pranteada Morte de Leandro Gomes de Barros:
Poeta como Leandro
Inda o Brasil não criou,
Por ser um dos escritores
Que mais livros registrou,
Canções, não se sabe quantas,
Foram seiscentas e tantas
As obras que publicou.

No dia de sua morte
O céu mostrou-se azulado,
No visual horizonte
Um círculo subdourado
Amostrava no poente
Que o poeta eminente
Já havia se transportado.
 (In "Leandro Gomes de Barros - Vida & Obra", biografia inédita do grande poeta paraibano)

Fonte:

Enquanto não vem "cangaço" - Santo Onofre


Às vezes chamado também de Santo Honofre e São Onouphrius. A vida de Santo Onofre só é conhecida pelo que conta um de seus discípulos, São Paphuntius, (no Brasil é chamado de São Pafûncio), o qual o encontrou no deserto no Egito. Onouphrius viveu no século IV e tornou-se um monge em um monastério perto de Tebas de onde ele saiu para viver uma vida de eremita e contemplação.


Por 60 a 70 anos Onofre viveu só no deserto e usava como vestimenta apenas o seu cabelo e uma espécie de calça feita de folhas. Não obstante ele foi e ainda é um assunto muito popular na arte Medieval. É muito festejado na Espanha e vários são os milagres a ele atribuídos.

Quando o então Abade Pafûncio estava decidindo o que representaria para ele uma vida de eremita, conheceu no deserto  Onofre que já era um eremita por 70 anos. Onofre contou a ele que havia sido um monge em um austero monastério em Thebas, mas teve uma visão chamando-o a imitar São João Batista e assim foi levado a viver a sua vida de eremita.


Ele lutou por muitos anos contra tentações as mais terríveis, mas com perseverança conseguiu vencer a todas. São Pafûncio ficou maravilhado quando a comida milagrosamente apareceu para a refeição da noite (Diz a tradição que foi um anjo que trouxe a comida de ambos).

O Abade passou a noite com o eremita. Na manhã seguinte, Onofre disse a Pafûncio que o Senhor havia dito, que ele iria morrer em breve e que havia enviado Pafûncio para enterrá-lo. E algum tempo depois, Onofre realmente faleceu e São Pafûncio o enterrou em um buraco em uma montanha e o lugar imediatamente desapareceu, como para dizer ao Abade que seus restos não eram para ficar alí.

A historia foi colocada em escritos por São Pafûncio e já era popular no sexto século. Durante a idade média ele foi muito popular no Leste e Oeste, principalmente na Rússia, onde é venerado juntamente com Saint Peter of Athos.


Na liturgia da igreja católica ele é mostrado como um velho eremita vestido apenas com um longo cabelo e uma folha cobrindo sua cintura. Algumas vezes ele é mostrado com um anjo trazendo o pão da Eucaristia com uma coroa a seus pés.

Ele é o padroeiro dos tecelões, talvez porque às vezes tecia sua própria peça de roupa com fios de plantas encontradas no deserto.

É protetor dos alcólatras. Diz a lenda que teria no início de sua vida vencido esse terrível vício, mas nada foi provado nesse sentido. Não obstante ele é invocado para a cura do alcoolismo. Sua festa é celebrada no dia 12 de junho.


LAMPIÃO PROVOCA MEDO ATÉ DEPOIS DE MORTO


Casa de Maria Bonita em Malhada da Caiçara, em Paulo Afonso (BA).
Foto: Glauco Araújo/G1

Segundo Renato Gomes Mendonça, primo da Rainha do Cangaço, há muita mitificação da figura de Lampião, principalmente quando se fala das mortes ocorridas durante o movimento do cangaço. “Lampião era uma pessoa boa também. Ele fazia o bem para muita gente. Ele foi transformado em um homem violento e agressivo por conta das histórias contadas apenas pela volante [polícia da época], mas isso não era a pura verdade.”
Gomes lembrou ainda que até mesmo as volantes que perseguiam Lampião e seu bando cometiam crimes e depois colocavam a culpa no Rei do Cangaço. “Ele tinha mais fama do que currículo de bandido. Os policiais roubavam, estupravam e matavam. Depois era só espalhar pela cidade que tinha sido Lampião”, disse ele.

Renato Gomes Mendonça encontra com primos na casa onde viveu Maria Bonita.
Foto: Glauco Araújo/G1

Medo após a morte

Para João de Souza, 45 anos, o medo instalado na mente das pessoas que viveram aquela época fez com que Lampião fosse temido mesmo após sua morte. Alguns cangaceiros, perto de completarem o centenário de vida, ainda seguem em silêncio.



“Muita gente deixou de falar e ainda não fala o que sabe sobre o cangaço porque ainda tem receio dos cangaceiros. Muitos me pedem para parar de ‘desenterrar’ Lampião”, disse o historiador, que lançou na semana passada o livro “Moreno e Durvinha - Sangue, amor e fuga no Cangaço”.

O fato, segundo o historiador, não é querer desenterrar Lampião pura e simplesmente, mas resgatar a memória de um movimento considerado como um dos maiores símbolos da cultura nordestina. “Trabalhar com pesquisa sobre o cangaço é quase uma atividade heróica, pois muita gente ainda treme quando houve falar o nome de Lampião, principalmente os que conviveram com ele e tem histórias para contar”.

20 anos depois

O primo de Maria Bonita disse que as pessoas precisam saber de suas origens e contar as histórias que sabem ou que viveram com Lampião e o cangaço. “Eu, por exemplo, só fiquei sabendo de meu parentesco com Maria Bonita quando tinha 20 anos. Só fui conhecer meus primos e tios, todos da família de Maria Bonita, aos 40 anos.”

Gomes conta que sua avó morreu e levou para o túmulo o que sabia sobre Lampião. “Ela mesma nunca me contou nada sobre Maria Bonita e Lampião. Quando eu tocava no assunto, ela bufava e mudada o rumo da conversa”.

João de Souza é historiador e participou do projeto de restauro da casa da Rainha do Cangaço.

Fonte: Globo.com Brasil/Cangaço

O outro lado da lua (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa
Rangel Alves da Costa
O outro lado da lua

Do outro lado da lua
tão desconhecido como
do outro lado da sua janela
dizem que há um mundo
tão maravilhosamente belo
mas tão desconhecido quanto
o mundo que é o seu quarto
e se não conheço nada
nem do outro lado da lua
nem do mundo depois da janela
é porque ainda não pulei
até o lado desconhecido da lua
e cai dentro do seu quarto
para conhecer você nua
que é o outro lado da lua.

Rangel Alves da Costa

Fez com que o impossível acontecesse

Por: Alcino Costa
Kiko Monteiro, Manoel Severo e Alcino Costa

Severo, ver a minha amada mestra Luitgarde no blog do Cariri Cangaço me deixou emocionado.
Luitgarde e Vilela
Tenho por esta maravilhosa senhora um carinho, respeito, consideração, gratidão e um amor desmedido. A ela eu devo tudo que sou pelas caminhadas nas veredas do sertão, rastejando o cangaço e Lampião.
Quando ninguém, nem eu, acreditava em um dia os meus simplórios escritos fossem nem ao menos conhecidos, imagine editados, Jesus me enviou um anjo que me chegou na forma de uma nobre senhora e esta iluminada mulher fez com que o impossível acontecesse. A edição de um livro. Foi assim que nasceu o "Lampião além da versão - mentiras e
mistérios de Angico".
A minha mestra Luitgarde, como se fosse, e é, um anjo bom e maravilhoso em minha vida, não só deu-me força e alento para que eu conseguisse realizar algo tão impossível, correu atrás de meios e condições para a feitura daquilo que eu jamais acreditava, e assim nasceu o Lampião além da versão e outros livros. Minha mestra! Jesus, em sua celestial bondade, esteja sempre ao seu lado. Tenha certeza, minha mestra, jamais, em tempo algum, eu esquecerei tudo que a senhora, gratuitamente, fez por mim. Jesus lhe abençoe.
Eu te amo, minha luz, minha mestra.
Alcino Alves Costa
O Caipira de Poço Redondo


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LÁ DO PIAUÍ

Por: Rostand Medeiros

Recentemente estive no Piauí, mais precisamente em Teresina e fiquei encantado com a terra e com as pessoas do lugar.
Ao chegar a Natal, busquei comentar as experiências que vivi. Mas percebi o quanto meus amigos não conheciam nada sobre este estado. Percebi o quanto a nossa visão é atrelada ao aspecto da pobreza e do atraso.
Se hoje praticamente só vemos os sertões piauienses desta maneira, em relação ao seu passado as informações são mínimas.
Mas muita história liga os nossos sertões ao Piauí.
O interessante livro “O Que os Netos dos Vaqueiros me Contaram – O domínio oligárquico no Vale do Parnaíba”, do professor de Ciência Política da Universidade Federal do Ceará (UFC), Manuel Domingos Neto, mostra aspectos das mudanças ocorridas durante a modernização do sertão brasileiro, com ênfase na região do Vale do Rio Parnaíba e como estas mudanças afetaram a elite sertaneja que ali vivia, principalmente os coronéis.
O livro do professor Manuel Domingos mostra a importância que aqueles sertões tiveram como uma região fornecedora de gado, durante um período superior a mais de duzentos anos, e que hoje é considerada como uma das áreas mais atrasadas e pobres do país.
Consta que a grande motivação do estudo foi precisamente esta intrigante mudança ocorrida no Vale do Parnaíba. De grande fornecedor de alimentos para uma enorme parcela da população brasileira, a atual situação de sinônimo de pobreza. Mas o interessante é que o livro realiza uma revisão do conceito tradicional em relação ao coronelismo. Apontando que não seriam estes homens poderosos os maiores responsáveis pelo atraso naquela na região.
É um livro interessante, que eu recomendo.
O leitor deste blog que for radicado no Rio Grande do Norte, que pouco contato tem com o “distante” Piauí, pode até imaginar que esta obra pouco tem haver com a história do nosso sertão. Mas é um engano.
Certamente muitos potiguares que colocarem os olhos sobre este trabalho, vão conhecer muito de uma região que para nossos antepassados tinha uma enorme importância.
Fossem coronéis, fossem vaqueiros, muitos potiguares das priscas eras, seguiram para os sertões piauienses para a compra de cabeças de gado, que foi uma das forças impulsionadoras de nossa economia.
As notícias de chuvas na região eram um bom presságio para os nossos fazendeiros e em várias obras da historiografia potiguar sempre existem referencias aos sertões piauienses.
ADENDO

José Mendes Pereira 
AS MARAVILHAS DO PIAUÍ
Pedra Furada - São Raimundo Nonato
Delta do Rio Parnaíba


Cachoeira do Urubu - Piauí


Belezas do Piauí - TERESINA 158 ANOS


Litoral do Piauí


O Delta do Parnaíba é a maior atração turística.


A Pedra do Castelo foi eleita uma das sete maravilhas do mundo


Maravilha do Piauí


As maravilhas do Piauí


Litoral Piauiense

GONZAGÃO NO CINEMA



SANFONEIRO CHAMBINHO VIVERÁ REI DO BAIÃO, NO CINEMA

O diretor Breno Silveira, o mesmo de 2 Filhos de Francisco, está arregaçando as mangas para por no telão a história do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, e seu filho adotivo, Gonzaguinha. Quem vai fazer o papel dos primeiros anos da vida do Rei, no cinema, é o paulista de São Bernardo do Campo Nivaldo Expedito de Carvalho, mais conhecido por Chambinho do Acordeon.
A história de Gonzaga é uma história incrível, forte, instigante. Negro, pobre, nordestino e semi-analfabeto. Quer dizer, ele tinha tudo para ser um zero à esquerda em qualquer contagem que fosse feita. Mas a sorte estava à espreita.
E ela apareceu na forma de uma pisa dada pelo pai Januário e pela mãe Santana, num dia só, fim de tarde, em Exu, sua cidade, quando tinha 17 anos de idade.
O motivo?
Cachaça e confusão.
E a pisa, de tão braba, o envergonhou e o fez fugir de casa e se aventurar no Exército, mentindo a idade para poder se alistar. Findavam os anos de 1920. Já alistado, mas por desconhecer quaisquer notas musicais, virou corneteiro de caserna.
E após muita água correr por debaixo da ponte, e dez anos depois da pisa, ele aparece tocando sanfona nos cabarés do baixo Rio, quando tem a atenção despertada por um violonista português, Xavier Pinheiro, e por um certo estudante de Direito chamado Armando Falcão, que liderava um grupo de outros estudantes.
Logo surgiu a oportunidade de gravar o primeiro disco solo. Um não, dois no mesmo dia: 14 de março de 1941.
A partir daí, sua história mudou. Como mudará a história de Chambinho, sanfoneiro que começa a trilhar a estrada com a mesma idade que Gonzaga tinha quando se preparava para ao estrelato: 31 anos.

FONTES: Blog do ASSIS ÂNGELO