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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Salve São Francisco


O mais recente trabalho do pernambucano Geraldo Azevedo é uma celebração ao rio São Francisco. Lançado em abril deste ano, o disco é o primeiro álbum temático do cantor e compositor, registrado também em DVD.

"O grande oasis do sertão pro Brasil: É esse Rio São Francisco. Onde ele passa, realmente, ele deixa um rastro de verde, uma coisa fantástica. O rio representa a vida de uma parte muito grande do Brasil", diz Geraldo Azevedo. Foi a partir dessa conclusão que nasce o CD e DVD Salve São Francisco.

Cantor, compositor e violonista, Geraldo Azevedo cresceu em Petrolina, cidade pernambucana banhada pelas águas do São Francisco. Impressionado com a fortaleza e a grandiosidade do rio, por várias vezes ele pescou de suas águas temas para suas canções. Agora chegou a vez de ele dedicar um disco inteiro ao assunto.

"Salve São Francisco" é o 22º disco de Geraldo, que aproveitou para convidar artistas como Djavan, Dominguinhos, Fernanda Takai, Alceu Valença e Ivete Sangalo entre outros para dividir com ele 12 canções próprias e regravações. A cantora Maria Bethânia também dividiu a canção "Carranca que chora" de Geraldo Azevedo e Capinan. "Salve São Francisco" está sendo lançado pela gravadora Biscoito Fino.

O DVD, com direção de Lara Velho, traz imagens gravadas em estúdio, além de pequenos papos e comentários do anfitrião e seus convidados. O passeio geográfico musical levado pelas águas do Rio inclui imagens ribeirinhas de natureza, da cultura e do povo. A versão em CD traz caprichado encarte com belíssimas fotos e reúne frases dos convidados do DVD.

A viagem musical pelo Rio São Francisco carrega forte lado sentimental para o artista. Um álbum afetivo que reúne poesia, música, bons convidados e consciência ecológica. Navegando por culturas e histórias o Rio São Francisco vira bela música por Geraldo Azevedo.

Faixas do álbum:
1. Barcarola do São Francisco - Part. Djavan
2. Santo Rio - Part. Dominguinhos
3.Águas - Daquele Rio - Part. Geraldo Amaral
4. São Francisco São - Part. Márcia Porto
5. Opara (Salve São Francisco) - Part. Fernanda Takai
6. Francisco Francisco - Part. Roberto Mendes
7. Riacho de Navio - Part. Alceu Valença
8. Carranca que chora - Part. Maria Bethânia
9. Petrolina e Juazeiro - Part. Moraes Moreira
10. O Ciúme - Part. Ivete Sangalo
11. Sandades do Vapor - Part. Vavá Cunha
12. São Francisco Help - Part. Alceu Valença, Fernanda Takai, Geraldo Amaral e Ivete Sangalo

Geraldinho, como é carinhosamente chamado, está em turnê com esse show pelo país.

Assista o Programa do Jô com a participação do cantor:



Fique por dentro!



Para você que pesquisa a produção literária acerca do cangaço esta matéria deverá lhe ser útil. É o conteúdo da sublime apresentação do Coroné Ângelo no Cariri 2011. Como já citei em outro artigo ele se valendo de uma escada Magirus percoreu toda sua estante catou estes títulos e comentou sobre cada uma das obras produzidas na época em que o cangaço e as volantes "tocavam o terror".

É fato que Lampião conheceu pelo menos duas.

A apresentação estava em formato Power Point. Nós apenas ripamos o texto e sem o consentimento do homi acrescentei mais um livro que não figura como fonte de pesquisa cangaceira, porém traz um capítulo interessante e duvidoso sobre "O rifle de ouro" Antonio Silvino e seu encontro com um missionário evangélico.

No mais, inseri algumas informações, substitui umas poucas imagens para melhor ilustrar, além de indicar o link citado pelo Coroné que possibilita a leitura e até mesmo a impressão de "4" destes livros.

Bom proveito!

A Literatura na Época do Cangaço
Por Ângelo OSMIRO Barreto.

1876 - O Cabeleira

Autor: Franklin Távora. Typografia Nacional. A narrativa é baseada em pequeno relato contido em “Memórias Históricas de Pernambuco” de Fernandes Gama e principalmente na tradição oral. Em 1963 o livro foi adaptado para o cinema.  A imagem acima é a folha de rosto da edição de 1902 lançada pela H. Garnier.
1895 - Os Brilhantes 
Autor: Rodolfo Teófilo. Romance baseado na trajetória de Jesuino Brilhante. A segunda edição foi publicada em 1906 pela Typografia Minerva de Fortaleza. 3ª. ed. em 1972 Instituto Nacional do Livro/MEC, Brasília: organizada por Afrânio Coutinho e Sônia Brayner.

Capa da 6ª edição de 1962.
1912 - Terra de Sol, (Natureza e costumes do Norte).
Autor: Gustavo Barroso. Benjamim de Aguiar - Editor (RJ). Foram produzidas pelo menos sete edições, a última pela editora ABC de Fortaleza. O livro traz um capítulo intitulado “Cangaceiros e Curandeiros”.



1913 - Os Cangaceiros
Autor: Carlos Dias Fernandes. Imprensa Official. (Parahyba do Norte). E identificada uma terceira edição em 1932. Trata-se de uma ficção baseada no cangaço.

 

1917 - Heróes e Bandidos (Os cangaceiros do Nordeste)
Autor: Gustavo Barroso. Livraria Francisco Alves (RJ). Obra rara trata da trajetória de vários cangaceiros, entre eles Adolfo Meia- Noite, "Viriatos" e Antonio Silvino.


Capa da 1ª Edição.
1920 - Beatos e Cangaceiros
Autor: Xavier de Oliveira. Edição do autor - Rio de Janeiro. *A visita de Lampião à cidade de Juazeiro, considerada como sendo “a Babylonia do sertão do Nordeste “, entre os dias 4 e 7 de março de 1926, pode ser considerada como sendo uma obra de arte da estratégia político-militar. Num Nordeste convulsionado pela passagem da Coluna Prestes e seus combates quase diários contra as forças legalistas e os Batalhões Patrióticos, além da luta feroz travada entre os cangaceiros de Lampião e as volantes das polícias estaduais, o quadro era de uma guerra total. Disponível na Web pela página da Universidade da Florida
Clique aqui

Capa da edição de 1962.
1925 - Violeiros do Norte
Autor: Leonardo Mota. Editora Monteiro Lobato (SP). Livro reeditado pelo menos sete vezes, a última pela editora ABC de Fortaleza. Consta um capitulo intitulado “Os Cangaceiros e o Folclore.


Capa da 1ª edição.
1926 - Lampeão, sua História
Autor: Erico de Almeida. Imprensa oficial da Paraíba. Considerada a primeira biografia do Rei do cangaço. Escrita por encomenda do Presidente da Paraíba João Suassuna. Relançado em edição fac-símile pela UFPB - Universidade Federal da Paraíba em 1996.


1ª Edição.
1926 - Prestes e Lampeão
Autor: Adaucto Castello Branco. Gráfica Irmãos Ferraz (SP). Apesar do título, pouco ou quase nada traz sobre cangaço, a não ser por uma rápida comparação entre Lampião e Prestes nas últimas páginas.


1927 - Lampeão no Ceará
Autor: Moysés de Figueirêdo. Typographia Gadelha (Fortaleza). Defesa do Major Moysés da polícia do Ceará vitima de acusações feitas contra sua pessoa por oficiais das policias do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Um livro extremamente raro.


1928 - História do Banditismo da Família Santos Chicote
Autor: Joaquim Amaro. Typographia Diário da Manhã (Recife). Livro escrito com intuito de defesa da família Amaro contra a família Santos Chicote na época zona rural de Brejo Santo- hoje município de Porteiras CE. Enfoca vários fatos envolvendo jagunços e cangaceiros. Livro raro teve impressão limitada.


Edição promocional de 2002.
1928 - Sertão Alegre
Autor: Leonardo Mota. Imprensa Oficial de Minas Gerais (Belo Horizonte). Segunda edição em 1965 com prefácio de Rachel de Queiroz; A terceira edição foi editora: Cátedra ano de 1976 porém não citava o respectivo número. Então em 2002 foi oficialmente lançada uma terceira edição pela ABC de Fortaleza. O livro traz um capítulo intitulado “Alcunhas de Cangaceiros”.


Folha de Rosto , 1ª edição.
1929 - Cangaceiros do Nordeste
Autor: Pedro Baptista. Livraria São Paulo (Parahyba do Norte). O livro trata de lutas ocorridas na Serra do Monteiro no Sertão da Paraíba envolvendo a família “Terrível” que dominava aquela região. O conteúdo está disponível na Web pela página da Universidade da Florida (EUA) , inclusive para cópia
Clique aqui
1ª Edição.
1930 - No Tempo de Lampeão
Autor: Leonardo Mota. Oficina Industrial Gráfica (RJ). A segunda edição é de 1967 e a terceira saiu pela editora Cátedra em 1976. Em 2002 a editora ABC lançou mais uma edição indicando também como "terceira", o que na realidade seria a quarta.


Reprodução da Folha de Rosto, 1ª edição.
1930 - Os Dramas Dolorosos do Nordeste
Autor: Pedro Vergne de Abreu. Typografia do Jornal do Commércio (Rio de Janeiro). O livro traz em forma de reportagem, apanhados de crimes cometidos por Lampião no Sertão baiano.

1930 - Almas de Lama e de Aço
Autor: Gustavo Barroso. Companhia Melhoramentos - São Paulo. Um Livro raro, entretanto seu conteúdo também está disponível na Web pela página da Universidade da Florida (EUA) , inclusive para cópia.
Clique aqui

Fotocópia da capa da 1ª e única edição.
1931 - O Flagello de “Lampeão”
Autor: Pedro Vergne de Abreu. Typographia do Jornal do Commércio (RJ). O livro reproduz matérias publicadas nos jornais do Rio de Janeiro e Salvador denunciando a violência praticada por cangaceiros.


1ª edição, 1931.
1931 - A Wandering Jew in Brazil. "Um Judeu Errante no Brasil"
Autor: Salomão L. Ginsburg.  Convem ressaltar que a primeira edição é de 1922 Pela Southern Baptist Convention (EUA). No Brasil só foi traduzido em 1931 e impresso pela Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro. Depois reeditado em 1970 já pela JUERP. Uma autobiografia de Salomão Luiz Ginsburg um judeu convertido, (como o próprio título indica) que andou pelo interior do Nordeste abrindo igrejas Batistas na virada do século XIX para o XX, incluindo aí a Zona da Mata pernambucana. Em Nazaré da Mata, interior de Pernambuco, ele narra a história do encontro dele com Antonio Silvino, o cangaceiro disse ao pastor ter sido contratado por um padre para mata-lo...  
Clique aqui e conheça o tal episódio

Folha de Rosto, 1ª Edição
1932 - O Exercito e o Sertão
Autor: Xavier de Oliveira. Livro raro do mesmo autor de “Beatos e Cangaceiros”. Lançado por A. Coelho Branco Editor (Rio de Janeiro).

 
1ª Edição, 1933
1933 - Lampeão
Autor: Ranulpho Prata (Mais tarde teve grafia alterada para Ranulfo). Ariel Editora Ltda. (RJ). A segunda edição é de 1934, uma terceira em 1956 e entre as mais recentes a que saiu pela Editora Traço, São Paulo, em 1982. Essa obra tem uma história particular porque Lampião teve um exemplar em suas mãos.

1934 - Factores do Cangaço
Autor: Manoel Cândido. Editora não identificada (Pernambuco). Um outro fato curioso é que Lampião tinha conhecimento deste livro e em uma certa emboscada encontra o autor que era promotor de justiça e o obriga a ler o livro na integra para ele (segundo o autor Bezerra e Silva em seu livro “Lampião e suas Façanhas”) A respectiva obra não só faz criticas aos cangaceiros como também as forças volantes.
Clique aqui e conheça este episódio

(Fotocópia) capa da 1ª Edição
1934 - Sertanejos e Cangaceiros
Autor: Abelardo Parreira. Editorial Paulista (SP). Com prefácio do historiador Affonso de Taunay, traz capitulo sobre "os Carvalhos" e a destruição do povoado de São Francisco.


Capa, 1ª Ed. 1935
1935 - Coiteiros
Autor: José Américo de Almeida. Cia. Editora Nacional (SP). Trata-se de um Romance, curioso é que a segunda edição também é de 1935 (portanto duas edições no mesmo ano). Conteúdo disponível na Web pela página da Universidade da Florida (EUA) , inclusive para cópia
Clique aqui

Capa 2ª ed. 1970
1937 - O Outro Nordeste
Autor: Djacir Menezes. Editora José Olympio (RJ). Teve a segunda edição em 1970 pela Editora Artenova do Rio de Janeiro, traz o capítulo “O binômio violento e místico”.


Capa Reedição em 2006.
1939 - As Coletividades Anormais
Nina Rodrigues. Editora Civilização Brasileira (Rio de Janeiro). Reeditado pela Gráfica do Senado em 2006. Este livro traz um capítulo sobre Lucas da Feira.


Capa da 3ª edição 1983.
1940 - Como dei Cabo de Lampeão
Autor: Capitão João Bezerra. A terceira edição de 1983 vem a ser a mais conhecida. Foi lançada pela Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana (Recife) com prefácio de Frederico Pernambucano de Mello.


* Pesquei trecho no blog
Philolibrorum

E eu repesquei do site:

Flagrantes 2

Mais uma leva de alguns momentos, confrades, e personagens do Cariri Cangaço 2011 sob a mira do Lampião Aceso. 
 
 Primeira roda de conversa: Ivanildo Silveira, Sabino Bassetti e Julio Schiara.

 
 Câmara de vereadores de Missão Velha. A sociedade local atendeu ao chamado do Cariri Cangaço.

 
Turma do fundão: Lívio Ferrraz, Pedro Luiz e este blogueiro.

 
Mister Paulo Gastão e Mister Múcio Procópio, uma sumidade em Canudos e música popular brasileira.

 
 Hey Primo Johnny

 
 Aderbal Nogueira tratou da "ILUSÃO DO CANGAÇO".

 
 Em seguida Juliana Schiara teve vez e voz para opinar.

 
 Honório de Medeiros compareceu na noite de Missão Velha.

 
 O confrade Narciso Dias driblando a timidez.
  
 
 Mestre Antonio Amaury participou em pelo menos 70% das explanações.

 
 Réclus D'pla e esposa cruzaram o mapa até o Cariri cearense. 

 
 O escritor cel. João Bezerra Nóbrega. Segundo o próprio, desafiou a lei da gravidade e aproveitou 90% do evento.

 
 Visitação ás ruínas da Fazenda Guaribas do lendário "Chico Chicote" na zona rural de Porteiras.

 
O coronel Francisco Lucena, conhecido como Chico Chicote, foi fuzilado em 1927 pelas forças policiais dos estados do Ceará, Pernambuco e Paraíba. O episódio também ficou conhecido como "Tragédia das Guaribas". Foto: acervo do REMOP. 

 
 Eis o estado atual da casa apresentada na foto acima. Mas a prefeitura de Porteiras já se comprometeu a adquirir a propriedade com louváveis fins de preservação histórica. Nosso aplauso.

 
 Dr Napoleão faz um resumo do episódio diante do monumento que marca local da morte de Antônio Gomes Granjeiro próximo ao sitio Guaribas.

 
 Ladeado pelo cangaceiro carioca Carlos Eduardo e pelo coroné Ângelo Osmiro. Quem quis aparecer ao fundo foi a comadre Laninha uma das competentes assistentes de produção do Seminário.

 
 O pesquisador Luíz Ruben aproveitou para expor em Porteiras alguns dos trabalhos lançados pela sua empresa a Graftech. Incluindo mais um fruto de suas pesquisas "Lampião conquista a Bahia"

 
 Outro momento campeão de audiência foi sem dúvida a tarde em Porteiras. A prefeitura ofereceu duas apresentações artísticas: Um Coral e uma Orquestra de violões. Destaque para a performance de "O CANGACEIRO" de Paulo Sérgio.

 
 E ninguém desgrudou os olhos e ouvidos das palavras do Dr. Napoleão Tavares Neves que resumiu com maestria a "TRAGÉDIA DAS GUARIBAS".

 
 Pesquisador e escritor José Peixoto Júnior um cearense radicado em Brasília.

 
 O confrade curitibano Luiz Zanotti agradeceu a acolhida e a interação promovida nestes dias de convivência com cangaceirólogos de todos os cantos do país.

 
 Zanotti juntamente com o casal Pereira e Sra Fátima homenagearam aos anfitriões Severo e Danielle com uma tela da artista e pesquisadora Vilma Maciel adquirida através de uma colaboração mútua entre os participantes.

 
O Casal de estimados amigos Geraldo e Rosane Ferraz na ocaisião da palestra no memorial do Padre Cícero em Juazeiro.

 
 O deputado Estadual e pesquisador alagoano Inácio de Loyola após receber seu título de cidadão Juazeirense proferiu a palestra "LAMPIÃO, AS VOLANTES E O MITO". 

 
Ao lado de Gilmar Teixeira registrando o momento festivo na terra da sedição!

 
 Um encontro de confrades de Orkut: Felipe Marques vulgo "Gitirana"; Os volantes Sgt. Narciso Dias e Jorge Remígio; Ivanildo Silveira e nós.

 
 E o culpado por tudo isso!
 
É isso aí p... p... pessoal!