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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Rosas do cangaço - Por: Adriano Belisário

João de Sousa Lima

Andarilho do sertão, João de Sousa Lima já colheu inúmeras histórias sobre o cangaço em seus 15 anos de pesquisa sobre o tema. Focando nos depoimentos orais, o historiador entrevistou moradores da região que conviveram de perto com personagens míticos do banditismo nordestino, como Lampião e Maria Bonita, tema de seu último livro.


Recém-lançada, a obra ‘Maria Bonita - Diferentes contextos que envolvem a vida da Rainha do Cangaço’ reúne textos de João de Sousa e outros autores, que trazem fatos inéditos e análises sociológicas e linguísticas sobre o cangaço. Um dos objetivos é desfazer alguns dos equívocos que cercam a imagem de Virgulino Ferreira e sua esposa, como a história sobre um campo de futebol que teria sido construído por Lampião no Raso da Catarina (BA). “Foi um historiador que encontrou um campo de pouso feito pelo Petrobras nos anos 60 para exploração de petróleo e disse que Lampião jogava bola lá sem nenhum fundamento”, explica.


Apesar de Maria Bonita atrair os holofotes, João de Sousa também pesquisa sobre outras rosas do cangaço. Não foram poucas as mulheres que se entregaram à vida nômade no sertão e mostraram que nem só de bala, sangue e poeira foi feita esta história. É o caso de Durvinha, esposa de Virgínio, um dos mais belos cangaceiros.

Virgínio está no Centro da foto

“Depois que ele faleceu, ninguém sabia mais o que ela tinha feito. Saí em busca e a encontrei vivendo com Moreno em Minas Gerais. Ele era um companheiro leal de Virgínio e assumiu o bando de cangaceiros e a esposa do chefe após sua morte. Durvinha morreu apaixonada por Virgínio e Moreno não achava ruim, pois também o admirava”, relata João de Sousa.


Se Virgínio destacava-se por sua beleza entre os homens, o posto de Miss Cangaço poderia ir para Lídia Pereira de Souza, descrita como a mais bonita dentre as mulheres do sertão naquela época. Ao conhecer um irmão de Lídia, ainda vivo, João de Sousa chegou perto de revelar ao mundo o rosto da mais bela cangaceira. “Ele me deu um baú que poderia ter fotos dela, mas estava tudo carcomido por cupins. Chegamos tardes demais”, lamenta o historiador, que irá transferir todo acervo de sua pesquisa sobre o assunto para o Museu Regional do Sertão, a ser inaugurado por volta de 2012 na cidade de Paulo Afonso (BA).
Enquanto o Museu não sai, o historiador filma um curta-metragem acerca do assunto e organiza este ano o II Seminário Internacional sobre Maria Bonita, uma espécie de preparativo para a terceira edição, que ocorre em 2011, centenário do nascimento de Maria Bonita. Porém, sem um grande reconhecimento público da importância de preservar a história do cangaço, esta conservação é feita através de iniciativas isoladas e limitadas, como se vê no caso da fotografia de Lídia Pereira. “Se tivessem mais pessoas envolvidas nisto, a história do Brasil ganharia muito mais”, aposta João de Sousa.

A HISTÓRIA DE ROSINHA - Por: Manoel Belarmino

Minha foto

(A cangaceira de Poço Redondo)

Autor: Manoel Belarmino

No tempo que Lampião

Por este sertão andou,

No chão de Poço Redondo
Ele aqui também chegou.
A moçada sertaneja
No cangaço ingressou.

Lampião e seus cangaceiros
Encantaram Rosinha.
Na região do Maranduba
Era a mais bela mocinha,
Todo mundo admirava
A beleza que ela tinha.

No Sítio e no Maranduba
As mocinhas se criaram.
Rosinha e Adelaide,

As filhas de Lé Soares,

Sob as lides das caatingas,
Lindas moças se formaram.

As filhas de Lé Soares,
Adelaide e também Rosinha,
Deixaram Poço Redondo,
Deixando tudo o que tinha
Pra viverem no Cangaço.
Mudou a vida da mocinha.
    
Lé Soares, o vaqueiro,
Caboclo das caatingueiras,
Perito e rastejador
Nunca perdeu as carreiras
Luis e Josias Soares,
Mestres das vidas vaqueiras.

Os dois irmãos de Lé,
Peritos e bons vaqueiros,
Formavam um belo trio,
Nos rincões caatingueiros.
Nunca viram a violência
Até chegar cangaceiros.

Adelaide e Rosinha
Entraram para o Cangaço
Enchendo a vida de Lé
De problema e embaraço
Via toda a sua família
Sem chão e sem espaço.

Nas mocinhas do sertão
O cangaço despertou
Admiração e confiança
Ou nova moda que chegou.
A moçada das caatingas
No cangaço se integrou.

O cangaceiro Mariano,
Rosinha acompanhou
E a outra filha de Lé
Com Criança se casou.
Na familia de Lé Soares
Nenhuma moca ficou.

“Seu” Lé fica triste, triste,
Vai morar nas Capoeiras,
Lugar na beira do rio.
Vivendo noutras ribeiras
Tinha medo das volantes...
Tinha filhas cangaceiras.

Adelaide ficou gravida
E de parto foi morrer,
Deixando a família Soares
Num grande e triste sofrer.
Seu Lé e sua família
Não sabia como viver.

Os dias passam, se vão...
E continua a tristeza
Na família dos Soares.
Castigo da natureza?
Nunca se viu tanta dor
Pra quem só teve grandeza.

“Não há mais sossego aqui
Não há mais sossego, não...”
Volantes e cangaceiros
Tiram a paz deste chão.
O terror, o medo, a dor...
Se espalham no sertão.

A noticia se espalhou.
O Mariano morreu
Num combate c’a volante...
Mas o que aconteceu...
Com a filha dos Soares?
Será que também morreu?

No tiroteio merreram
Mariano e seu Pavão,
O cangaceiro Pai Veio
E o coiteiro João do Pão.
Mariano foi baleado
Na perna e também na mão.

Rosinha estava presente
Na hora do tiroteio.
Rosinha estava grávida
Nos tiros tava no meio,
Vendo o marido ferido
Pois o desespero veio.
  
Aí Rosinha fica viúva
E o cangaço quer deixar
Mas como em toda guerrilha
Não é fácil se afastar.
Mas Rosinha resolveu
A família visitar.

Foi pedir a Lampião
Por uns dias a saída
Para ir nas Capoeiras
E ver como estava a vida
De seus irmãos e parentes
E de sua mãe querida.

Depois de tanto pedir,
Lampião autorizou
Que Rosinha viajasse.
E logo ela viajou.
Foi logo pras Capoeiras
Pra onde a família mudou.

A viuva de Mariano
Já queria desistir
Da vida de cangaceira,
E outra vida seguir.
Queria ficar em sua casa
Pra melhor se sentir.
  
Mas a vida no cangaço
Não era tão fácil, não.
Para sair ou desertar – se
Não tinha autorização.

O castigo seria a morte

Por que era traição.

Rosinha chegou em casa,
Não queria mais voltar,
No aconchego de seus pais
Todo mundo a lhe agradar,
Mas o bando de Lampião
Ansioso a lhe esperar.

Lampião já desconfia
Que Rosinha, a cangaceira,
Já não mais quer retornar
Para a vida bandoleira
E ficar com os seus pais
Na fazenda Capoeira.

Era um risco para o bando.

Rosinha poderia ser

Forçada pelos soldados.
E o pior: poder dizer
Onde estava Lampião
E o pior acontecer.
  
Lampião se aborreceu

Não quis mais esperar

A vinda da cangaceira
Tinha que mandar buscar
A cangaceira Rosinha
Para o bando se juntar.

Lampião tava nos Caibreiros
Já há dias acoitado,
Mas por causa de Rosinha
Foi preciso ter cuidado.
Foi para o Poço dos Porcos
Sem muito ter avisado.

A decisão foi tomada,
E a todo o bando informada.
Que a cangaceira Rosinha
Tinha que ser condenada.
Pois não era mais possível
Manter ela desertada.

O Messias de Caduda
Foi quem teve a tal missão

De chamar a cangaceira

A mando de Lampião

Pra retornar para bando
Nas caatigas do sertão.
  
A mocinha dos Soares
Saiu muito angustiada
Seguindo Messias Caduda
Pra onde tava a cabroada
Deixando a sua família
Muito triste e preocupada.

Quando chegou na barraca
Havia uma certa tensão

Os cangaceiros já tinham

Tomado uma decisão.
Rosinha seria morta
Por ordem de Lampião.

Rosinha não esperava
Que morta poderia ser
Pois sonhava e queria
Noutra vida ir viver
E jamais imaginava
Que poderia morrer.

Zé Sereno e Juriti,
O Vila Nova e Balão,
São escolhidos pra o feito,
A tão macabra missão,
Executar a Rosinha
Por ordem de Lampião.
  
Por uma estrada deserta
Rosinha assim foi levada,
Conduzida para a morte,
E já estava condenada,
Nas estrada dos Paus Pretos
Ali foi assassinada.

Com um tiro de mauser
Rosinha caiu no chão,
Já estava ali morta
Por ordem de Lampião,
Zé Sereno cruelmente
Cumpre a sua missão.

Morreu ali nas caatingas
Seu corpo ficou jogado
Lá nas Pias das Panelas
Onde foi, então, encontrado.
Pelos seus familiares
Seu corpo foi sepultado.

Meus leitores, eu aqui,
Aqui eu quis registrar,
Nas rimas de um cordel,
O que sempre ouvi contar,
Em versos metrificados
Levemente eu quis rimar.


EXTRAÍDO DO BLOG "UM POÇO DE NOTÍCIAS"


REVENDO - Memória do Cangaço, 1964


Categorias Curta-metragem / Sonoro / Não ficção
Gênero:
Documentário sociológico
Material original:
35mm, BP, 26min, 24q
País:
Brasil

Direção:
Paulo Gil Soares
Assistência de direção:
Terezinha Muniz
Direção de fotografia:
Affonso Beato
Câmera:
Affonso Beato
Fotografia de cena:
Dolly Pussi
Montagem:
João Ramiro Melo
Intérprete:
João Santana Sobrinho, José Canáro
Canção:
Dois Irmãos
Autor da canção:
Armindo de Oliveira
Conjunto e banda:
Banda da Polícia Militar do Estado da Bahia
Produção:
Divisão Cultural do Itamarati; Departamento de Cinema do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Produção:
Thomaz Farkas
Produção executiva:
Edgardo Pallero
Distribuição:
Thomaz Farkas Filmes Culturais

Identidades/elenco:

Paulo Gil Soares
Narrador
Gregório Estácio de Lima
José Rufino
Cabo Leonício Pereira
Cabo Benevides
Cabo Antônio Isidoro
Ângelo Roque
"Labareda"
Benício Alves dos Santos
"Saracura"
Sérgia Ribeiro da Silva
"Dadá"

Sinopse:
Mostra as origens do cangaço, movimento armado de bandoleiros no Nordeste entre 1935 e 1939, com entrevistas de alguns sobreviventes da luta, policiais e cangaceiros. Entre os entrevistados, o prof. Estácio de Lima, Catedrático de Medicina Legal da Universidade da Bahia e Diretor do Museu de Antropologia (onde se encontram as cabeças dos mais famosos cangaceiros), que apresenta a sua teoria da origem dos cangaceiros ligada à predisposição criminal, distúrbios endócrinos e fatores morfológicos tipicamente caraterizados naqueles indivíduos. Partindo destas afirmações, a entrevista com o vaqueiro Sr. Gregório expõe a vida do sertanejo como sendo a mesma dos seus antepassados, ou seja, marcada pelo abandonado, exploração e rebeldia. É apresentado o cel. José Rufino da Polícia Militar Baiana, responsável pela perseguição e morte de mais de 20 cangaceiros, cuja história é mostrada entremeada pelas sequências autênticas de filmes realizados em 1936 por Benjamin Abrahão, um mascate árabe que conseguiu filmar o famoso bando de Virgolino Ferreira da Silva, o "Lampião". Contando seus combates mais perigosos o cel. Rufino apresenta também ex-cangaceiros e ex-perseguidores que contam suas histórias, entre os quais Leonício Pereira que cortava as cabeças dos cangaceiros "para que fossem tiradas fotografias". (Baseado no press-release).

OBS:
Os senhores Ângelo Roque, e Benício Alves dos Santos, foram, respectivamente, os antigos cangaceiros Labareda e Saracura.
CCBB/Caravana Farkas indica assistente de montagem: Amauri Alves, e Terezinha Muniz.
CB/Transcrição de letreiros apresenta, nos letreiros iniciais, o seguinte trecho: "Um filme pesquisa, apresentando trechos do documentário sobre cangaceiros feito em 1936 pelo mascate Abraão Benjamin, fotografias e versos de Virgulino Ferreira da Silva, Lampião, e gravuras populares da literatura de cordel".
Sérgia Ribeiro da Silva é o nome de Dadá, ex-mulher do famoso cangaceiro Corisco.


Prêmios:
Prêmio Gaivota de Ouro obtido no Festival Internacional do Filme, 1965, RJ.. Prêmio Menção Honrosa Governador do Estado, 1965, SP.. Prêmio paralelo, não oficial, Prêmio Robert Flaherty (da União Mundial dos Museus de Cinema).. Prêmio Dziga Vertov da União Mundial de Cinematecas, 1965, Brasília - DF.. Prêmio da Crítica Internacional do Festival Cinematográfico, 1966, Tours - FR.. Rassegna Del Film Etnográfico e Sociológico, 7 no Festival de Popoli, 1966, Florença - IT.. Premiado no Festival de Berlim, 16, 1966 - DE.

1ª. Parte


2ª Parte



3ª Parte



4ª e última parte

Créditos: Vatecabal
http://lampiaoaceso.blogspot.com/2010/03/memoria-do-cangaco-1964.html


Entrevista com cangaceiros na prisão em 1944

Por: Ivanildo Silveira

O grande jornalista "JOEL SILVEIRA", no ano de 1944, realizou uma célebre ENTREVISTA com os cangaceiros (VOLTA SECA; ÂNGELO ROQUE, SARACURA, CACHEADO, DEUS TE GUIE E CARACOL), quando todos eles se encontravam presos, na Penitenciária de Salvador/BA, cumprindo pena.


Vejamos apenas uma parte da entrevista que cedeu o cangaceiro Saracura. 

O próprio SARACURA parece, agora, sair do seu sono triste. Pede a palavra e conta:SARACURA me revela mais que é casado e tem três filhos, que de vez em quando o visitam.


-" Posso falar do meu caso. Peguei na espingarda quase obrigado, para me vingar das misérias que fizeram com meu pai. Um dia, no Coité, uma volante invadiu o nosso sítio. Queriam à força que meu pai desse notícia dos cangaceiros, como se ele fosse um coiteiro. O velho não sabia de nada, e então os "macacos" começaram a supliciar o pobre: arrancaram as barbas dele, fio a fio, arrancaram suas unhas com alicate; se o senhor pensar que estou mentindo, vá lá no Coité e procure André Paulo Nascimento, que mora nas redondezas. É o meu pai. Ele dirá ao senhor se estou ou não falando a verdade. Ele mostrará ao senhor o estado em que ficaram seus dedos. E eu próprio, antes de pegar na espingarda, fui um dia violentamente espancado na Fazenda Curral, perto do Coité. Os "macacos" haviam dito que eu era coiteiro, mas na verdade é que, até então, eu nunca vira um bandido na minha vida ".

ADENDO

Vale informar ao leitor, que a entrevista dos cangaceiros, eu apenas coloquei  a parte do facínora Saracura. Mas se você quiser ler  a entrevista completa, acesse este endereço:
 http://www.orkut.com/CommMsgs?tid=5293056904671056060&cmm=387513&hl=pt-BR, organizado pelo pesquisador e colecionador do cangaço Dr. Ivanildo Alves da Silveira.

José Mendes Pereira


Um abraço.
IVANILDO ALVES DA SILVEIRA
NATAL/RN
Pesquisador e colecionador do cangaço  

J. Borges: A Xilogravura como expressão maior e a arte como patrimônio Brasileiro



J. Borges é a Expressão maior de uma arte que o transformou em um dos mais autênticos artistas populares do mundo, orgulho do povo Pernambucano e Nordestino, patrimônio do nosso Brasil.
 Ele é simplesmente o maior Xilógrafo da história.
Seu nome completo é José Francisco Borges, porém a assinatura que o transformou em patrimônio cultural dessa arte é : J. Borges.
Além de sua bela arte ele é uma pessoa amável, educada e de uma prosa memorável, vale um dia ao seu lado, ouvindo suas histórias e seus poemas.


A boa conversa de J. Borges com João e o escritor Antonio Vilela, de Garanhuns, Pernambuco, em seu Memorial.


Uma manhã inesquecível ao lado desse patrimônio Vivo de nossa cultura Xilogravurista e Cordelista.


 A Arte de J. Borges colorindo uma das paredes de seu atelier.


Os contatos desse grandioso artista


... e a conversa teimava em não acabar...

"J. Borges, tornei-me seu  fã e amigo e esterno aqui minha admiração por sua arte e minha honra em tê-lo como um  patrimônio vivo da nossa mais autêntica arte popular Nordestina"
 

Postado por João de Sousa Lima

Cangaceiros presentes na Grota de Angico no dia da invasão

Por: Ivanildo Alves da Silveira

Ivanildo Alves e João de Sousa Lima

Segundo Megale & Bassetti (Lampião - Sua morte passada a limpo) estes eram os cangaceiros presentes em Angicos:

Lampião, Luiz Pedro, Vila Nova, Quinta Feira, Amoroso, Moeda, Cajarana, Elétrico, Diferente, Vinte e Cinco, Alecrim, Colchete, Delicado, Balão, Mergulhão, Cajazeira, Criança, Candeeiro, Zé Sereno, Marinheiro, Cobra Verde, Peitica, Santa Cruz, Mané Pernambucano, Novo Tempo, Juriti, Chá Preto, Macela, Pitombeira, Zabelê, Relâmpago, Maria Bonita, Maria de Juriti, Enedina, Sila, Dulce e Dinda.
Essa relação aos cangaceiros que se encontravam em Angico, por ocasião do combate...merece algumas considerações. 

João de Sousa Lima e o ex-cangaceiro Vinte e Cinco

1º. - Segundo depoimento de "Vinte e Cinco", ele e outro, cumprindo ordens de Lampião, tinham saído de Angico,para pegar uns rifles, antes do combate...

2º. - Ainda, segundo depoimentos, dois outros cangaceiros, saíram para pegar o leite para o grupo, num sítio de um coiteiro, momentos antes do combate..., e, após ouvirem o tiroteio, fugiram.

Essa relação, acima postada, é a que melhor se aproxima da realidade da identidade dos cangaceiros em Angico.


Abraço

IVANILDO SILVEIRA
Pesquisador e colecionador do cangaço
Natal-RN

Extraído do Orkut 

A PRISÃO DO CANGACEIRO " VOLTA SECA "

Por: Ivanildo Alves da Silveira

 Barros Alves, Angelo Osmiro e Dr. Ivanildo  Alves da Silveira

O cangaceiro "VOLTA SECA", após o combate de Maranduba/SE, em fevereiro de 1932, discutiu com Lampião, e com medo de ser morto, fugiu do bando, tendo sido preso por populares/fazendeiros, logo, algum tempo depois.

Ele nasceu no dia 13 de março de 1918, segundo depoimento, dele próprio. Pelos seus crimes, foi condenado a 145 anos de prisão. Teve a pena comutada para 30 anos, dos quais cumpriu mais de 20 anos na penitenciária de Salvador. Foi o cangaceiro, que mais pena cumpriu. Segundo a literatura, fugiu 02 vezes da prisão, sendo logo capturado e recambiado para a mesma, logo depois.

Em 1954, teve sua liberação difinitiva da prisão. O cangaceiro "VOLTA SECA" faleceu, de causas naturais, no dia 02 de fevereiro de 1997, na cidade de Pirapitinga, no Estado de Minas Gerias.


Foto do aniversário de "VOLTA SECA", realizado em 13 de março de 1996, quando o mesmo completou 78 anos de idade. Volta Seca faleceu aos 79 anos.

Um abraço a todos
IVANILDO SILVEIRA
Pesquisador e colecionador do cangaço.

Yoko Ono - Cantora - Viuva de John Lennon


Yoko Ono,  nasceu em Tóquio, no dia 18 de fevereiro de 1933. Cantora e artista plástica vanguardista japonesa. Vúva do mais famoso cantor,  John Lennon e mãe de Kyoko Chan Cox e Sean Lennon. Atualmente vive em Nova Iorque.
Suas obras, tanto musicais quanto plásticas e conceituais, são caracterizadas pela provocação, introspecção e pacifismo.
É uma pessoa notável e quase nunca desiste. Porém, para muitos, sua fama é negativa, acusada de ter sido a causa da separação da banda The Beatles, consagrada como a maior da história.


Nascida numa família rica, Yoko Ono teve oportunidade durante a infância de estudar em Gakushin, uma das mais exclusivas escolas do Japão. Durante este período estudou também piano clássico e canto.
Durante a Segunda Guerra Mundial deslocou-se frequentemente entre cidades do Japão e Estados Unidos até 1952, quando se mudou definitivamente para Nova Iorque. A partir de então frequentou a faculdade de música Sarah Lawrence, onde conheceu importantes músicos de vanguarda, que posteriormente seriam inspiração para o surgimento do grupo Fluxus, entre eles John Cage.


Em 1956 casa-se, contra a vontade de seus pais, com


Toshi Ichiyanagi e com ele dividiu um loft em Manhattan, que pouco tempo depois se tornou laboratório para as performances de Yoko e as experiências sonoras de John Cage.
Rejeitando o auxílio financeiro da família, começa a lecionar arte japonesa e música em escolas públicas.

Com a repercussão de suas obras, Yoko é convidada em 1966 a realizar uma exposição individual. Nesta exposição, foi exposta a obra Ceiling Painting, uma instalação na qual uma escada conduz o observador até um vidro no teto, onde há uma lupa presa para que se leia a pequena inscrição "Yes!". O músico John Lennon, membro da banda Beatles, estava presente na exposição e seu encantamento com a obra despertou interesse pela produção artística de Ono.


John Lennon financiou então sua próxima instalação, Half-A-Room, uma peça intimista e melancólica: um quarto de casal completamente branco, com a mobília, também branca, cortada ao meio. Ono comenta que a inspiração para a instalação ocorreu quando acordou certo dia e notou que Anthony Cox, seu ex-marido, não estava lá, não havia voltado na noite passada, deixando uma sensação de "estar pela metade".


A partir do fim da década de 1960, Yoko Ono e John Lennon começam a produzir composições de vanguarda, sem estrutura musical tradicional. Lennon se separa de sua primeira esposa; casa-se com Yoko em 20 de Março de 1969, e eles têm um filho, Sean Lennon, em 9 de Outubro de 1975.