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domingo, 11 de setembro de 2011

Caravana Cariri Cangaço parte para mais uma Aventura no Sertão....

Por: Aderbal Nogueira

Aderbal Nogueira e o centenário Paulo Gastão

Amigos da família Cariri Cangaço; em 1999 eu e um grupo de amigos que faziam parte da revista "Nordeste Off Road", captaneada por Jorge Ferraz e Dário Castro Alves, juntamente com o montanhista Rosier Alexandre e o Monossilábico Paulo Gastão, estivemos no RASO DA CATARINA, na Bahia. Na ocasião fomos guiados pelo amigo Elso e pelo amigo Jean, ambos do IBAMA.

Visitamos a tribo dos índios Pankararés e uma nascente de água no meio do raso, onde Lampião e seu bando se refrescavam. Em uma outra de nossas viagens para o maravilhoso solo sagrado ; desta vez uma viagem que fizemos com a SBEC em 2004; quando nosso amigo Múcio Procópio nos deu uma aula de campo extraordinária. Na ocasião comemoramos também o centenário de Paulo Gastão, muito embora ele negue a idade, a viagem foi uma brincadeira só.

Tomaz, Bosco André,Vilela e Alcino: Caravana Cariri Cangaço em uma das visitas a
Grota do Angico em Março deste ano...

Agora mais uma vez estaremos em um grupo de amigos visitando e pesquisando naquele solo milenar, dessa vez na companhia de outros bons e valorosos amigos como: Manoel Severo, Bosco André, Valentin Antunes, Alfredo Bonessi, Sandro Caldas, Pedro Luiz, Afrânio Marmita, onde seremos guiados por João de Souza e teremos mais uma vez o privilégio de ter como professor o mestre Múciio Procópio; sem falar na maravilhosa oportunidade de revisitar a encandora Piranhas dos amigos Jairo, Cacau e Inácio, certamente também estaremos na Missa do Angico, dia 28.

É isso; a Caravana Cariri Cangaço não pára! Todos de malas e matulões prontos para enfrentar o solo sagrado da Caatinga de nosso amado Nordeste. Se alguém mais se interessar, por favor se faça presente.


Um abraço a todos.
Aderbal Nogueira.


Tenente João Bezerra - O matador de Lampião


Nasceu no dia 24 de junho de 1898, na Serra da Colônia, Município de Afogados da Ingazeira - Estado de Pernambuco. Seus pais: Henrique Bezerra da Silva e Marcolina Bezerra da Silva, eram pequenos fazendeiros e tiveram sete filhos. Com vontade de aprender a ler, trazia consigo sempre, uma "carta de ABC" (cartilha) e um "ponteiro" (lápis). Aos oito anos, já ajudava seu pai na agricultura e na criação de animais.


 Aprendeu a atirar com Manoel Batista de Morais, popularmente conhecido como Antônio Silvino, "O Rifle de Ouro", também de Afogados da Ingazeira/PE, que era primo de João Bezerra em segundo grau, tornando-se em um exímio atirador. Antonio Silvino foi conhecido no sertão como o mais famoso cangaceiro do Nordeste antes de Lampião, sendo ainda testemunha do assassinato do jornalista João Dantas na penitenciária de Recife, que era o assassino do ilustre paraibano João Pessoa, contrariando a versão oficial da época de que dizia ter sido suicídio.

Antônio Silvino - "O Rifle de Ouro" Primo de João Bezerra da Silva

 Aos quatorze anos, Bezerra fugiu de casa para o Recife/PE. Já demonstrava uma personalidade marcante, corajosa e propensa à aventura. Um menino sertanejo, desbravando a Capital. A partir daí, foi carregador de carvão, de pedra no cais do porto; ajudante de soldador; assentador de dormentes em linha férrea; trabalhador de pedreira e de lavoura. Após um ano, voltou para casa e montou um comércio (uma pequena bodega), onde vendia de tudo.


Durante vinte anos, foram várias as investidas realizadas pelas polícias de Alagoas, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará sem êxito, até o dia 28 de Julho do ano de 1938, quando uma volante composta por 49 homens, comandada pelo Tenente PM João Bezerra da Silva, na época delegado e morador do município de Piranhas/AL, auxiliado pelo Aspirante a Oficial PM Ferreira de Melo e o Sargento Aniceto Rodrigues e mais quarenta e seis homens, munidos de fuzis e metralhadoras, conseguiram acabar de vez com Lampião e seu bando.

INFORMAÇÃO DO VESPERTINO "A NOITE" NA ÉPOCA

O vespertino "A Noite" entrevistou hontem (...) o tenente João Bezerra, (...) que chefiou a escolta que poz fim á vida do bandoleiro "Lampeão". O tenente declarou que, após 28 dias de caça, chegou o aviso de que "Lampeão" e seu bando se encontravam na fazenda Angicos.
(...) Desesperado por ter sido apanhado desprevenido "Lampeão" surge á frente do bando. Uma rajada attinge-o na nuca e elle cambaleia, para depois cahir morto. Tombaram outros bandidos. (...) Immediatamente, os soldados deram início a faina de degollamento (...). Horas depois (...), as cabeças, como trophéus eram apresentadas ao povo. O regozijo da população foi indescriptível.

ADENDO

Caro leitor:

Não tenho a data desta publicação, mas talvez, não sei, o senhor Paulo Brito, que é seu filho, deve ter esta publicação em seu arquivo.


TV RECORD EM PAULO AFONSO: Maria Bonita e o Roteiro Cânions e Cangaço

Por: João de Sousa Lima



Durante os festejos da Copa de Velas em Paulo Afonso a TV RECORD realizou uma bela  cobertura jornalística incluindo o Roteiro Cânions e Cangaço.

O Museu Casa de Maria Bonita foi um dos roteiros escolhidos pela equipe da Record.
No trajeto à Casa de Maria Bonita, o conjunto arquitetônico de Generosa Gomes de Sá, no povoado Riacho, foi um dos cenários da reportagem.


João de Sousa Lima cede entrevista a Jornalista Sílvia Mota, sentados lateralmente ao Museu Casa de Maria Bonita.
A equipe da TV Record e João de Sousa Lima no Museu Casa de Maria Bonita.
Da antiga casa de Dona Generosa ainda resta de pé um oratório/armário construído em 1900. 
A Casa de Generosa, lugar onde Lampião fazia seus bailes, hoje encontra-se em ruínas, suas portentosas paredes de adobe não resistiram à ação do tempo.
Sílvia Mota e João de Sousa Lima no Museu Casa de Maria Bonita.
Postado por João de Sousa Lima

Veja antes e depois da reconstrução pós-11 de Setembro

Compare imagens do centro de Nova York no dia dos ataques terroristas de 2001 e dez anos depois


Quase dez anos após os ataques de 11 de Setembro de 2001, muitas das áreas danificadas no centro de Manhattan, em Nova York, já foram recuperadas.
As obras, porém, continuam no Marco Zero, o local onde ficavam as torres do World Trade Center, que entraram em colapso após serem atingidas por aviões sequestrados por terroristas.
Cerca de dois mil funcionários trabalham no local, inclusive aos fins de semana, para construir um complexo que inclui memorial e museu em homenagem às vítimas, um centro para apresentações culturais e o One World Trade Center, edifício de 104 andares e mais de 541 metros de altura que se tornará o mais alto dos Estados Unidos.

Veja imagens do dia dos ataques e imagens dos mesmos locais em agosto de 2011 AQUI

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br
e
http://euricopaz.blogspot.com/

Memorial do 11 de Setembro é iluminado em Nova York


Complexo será inaugurado neste domingo nos Estados Unidos
Na véspera do aniversário de dez anos dos ataques às Torres Gêmeas, dois canhões de luz brilharam na noite de sábado ao sul da ilha de Manhattan, em Nova York, na região do Memorial 11 de Setembro, que será inaugurado oficialmente neste domingo.

Foto: AP
Luzes iluminam Memorial do 11 de Setembro em Nova York

As luzes iluminaram a Estátua da Liberdade, reaberta a visitação à coroa em 2009, e o One World Trade Center. O "Tributo de Luz" é uma das homenagens as vítimas que morreram nos ataques de 2001.
Quando concluído, em 2013, o One World Trade Center será o prédio mais alto dos EUA e o terceiro do mundo, com 1.776 pés de altura (quase 542 metros) - uma homenagem ao ano em que os EUA declararam sua independência. Contando com a antena que será colocada no seu topo, ela será ligeiramente mais alto que as Torres Gêmeas.


Fonte: www.ig.com.br
e
http://euricopaz.blogspot.com/


Enem 2010: média nacional sobe; MEC divulgará notas segunda


O Ministério da Educação (MEC) divulgará nesta segunda-feira as notas médias das escolas que tiveram alunos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010. Neste sábado, já foi liberada uma avaliação geral sobre a prova, em que o governo exalta uma evolução de 10 pontos na média obtida pelos alunos nas provas.
Segundo o MEC, nos últimos dois anos o Enem viu o número de estudantes concluintes das escolas regulares públicas e particulares subir de 824 mil em 2009 para 1 milhão em 2010. Enquanto isso, a média obtida por esses estudantes nas quatro provas objetivas passou de 501 para 511 pontos. A meta do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo exame, é atingir a média de 600 pontos em 15 anos. Contudo, se forem mantidos os padrões de crescimento, a entidade prevê que seja possível antecipar essa meta em cinco anos.
Nesta segunda, serão divulgadas as médias obtidas pelos participantes do Enem em 2010, por estabelecimento de ensino. Os resultados são calculados a partir do desempenho dos alunos concluintes, e será possível verificar as médias de todas as escolas do Brasil, por modalidade de ensino, com resultados apresentados para o ensino médio regular, para a educação de jovens e adultos e para as duas etapas em conjunto. Também estarão disponíveis as médias separadas das quatro áreas objetivas avaliadas no exame, a da redação e a geral - prova objetiva mais redação.
Dados do Inep mostram que o número de escolas do ensino médio regular aumentou de 25.484 (2009) para 26.099 (2010). Terão as médias divulgadas os estabelecimentos de ensino com mais de dez alunos participantes. Conforme dados do Inep, 33% das escolas tiveram participação de 25% a menos de 50% dos estudantes; 27,4%, de 2% a 25%; 20,9%, de 50% a menos de 75%; 17,8%, mais de 75% dos alunos. Apenas 1% ficou abaixo de 2% de participação e não terão a média divulgada. 

e


Beto Fernandes e Blog de Juazeiro ao lado do Cariri Cangaço 2011

Jornalista Beto Fernandes recebe equipe do Cariri Cangaço

No início da semana a produção do Cariri Cangaço; representada por Manoel Severo, Danielle Esmeraldo e Heldermar Garcia; foi recebida pelo jornalista Beto Fernandes, editor da Revista do Beto Fernandes, além de administrador dos blogs; de Juazeiro e do Beto Fernandes.

Beto Fernandes certamente um dos mais respeitados jornalistas de nosso cariri, reafirmou a parceria do blog de juazeiro ao Cariri Cangaço 2011, quando ressaltou a importância do evento para toda Região Metropolitana do Cariri.

É isso aí, Cariri Cangaço e Blog do Juazeiro em mais uma festa da cultura, da história e memória de nosso povo e de nossa gente!!


Extraído do Blog do Juazeiro

REVOLTAS QUE LEVARAM A OUTUBRO DE 1930

By Rostand Medeiros
Photo

Durante a campanha eleitoral de 1921, o jornal Correio da Manhã, na edição de 9 de Outubro, publicou uma carta manuscrita, atribuída ao candidato do governo, Arthur Bernardes, governador de Minas Gerais.


Nela o ex-presidente da República Marechal Hermes da Fonseca era chamado de “sargentão sem compostura”, acusando o Exército de ser formado por elementos “venais”.
Arthur Bernardes negou veementemente a autoria da carta, vindo o mesmo periódico a publicar uma segunda carta, no mesmo tom da primeira, e como ela atribuída ao mesmo candidato. A comoção causada foi enorme, principalmente entre os militares, representados no Clube Militar, sob a presidência do próprio Marechal. Mais tarde seria descoberto que as assinaturas nas cartas eram forjadas.
Nas eleições de 1 de Março de 1922, Arthur Bernardes saiu-se vencedor, embora os resultados oficiais houvessem sido contestados pela oposição. Com o clima político tenso, em Pernambuco, o Exército foi chamado para conter rebeliões populares, descontentes com o novo Governo estadual.

Notícia da prisão de Hermes da Fonseca

No dia 29 de Junho, Hermes da Fonseca telegrafou ao Recife, exortando os militares a não reprimirem o povo, sendo, por essa razão, preso no dia 2 de Julho e o Clube Militar, fechado.
A prisão de Hermes da Fonseca, a mais alta patente militar do país, e o fechamento do Clube Militar por decreto presidencial, foram percebidos como uma afronta aos militares do Exército. E ficaram ainda mais descontentes com a nomeação feita pelo presidente da República


Epitácio Pessoa de um civil – o historiador


Pandiá Calógeras – como Ministro da Guerra. Em todos os quartéis do Rio de Janeiro, se comentava que “a procissão ia sair”.

Detalhes da prisão de Hermes da Fonseca e manifestações de apoio reproduzidas no jornal "Diário de Natal" de 4 de julho de 1922

O movimento deveria se iniciar a partir do Forte de Copacabana, à uma hora da madrugada do dia 5 de Julho e se propagar pelas inúmeras unidades militares existentes.
Os “18 do Forte”
Comandava o Forte de Copacabana, na ocasião, o capitão Euclides Hermes da Fonseca, filho do marechal Hermes da Fonseca. No dia 4 de julho, Euclides exortou os seus comandados, tendo feito escavar trincheiras desde o portão do forte até ao farol, minando-se o terreno.

Entrada do Forte de Copacabana

Tendo sido estabelecido que o movimento se iniciasse à uma hora da madrugada do dia 5, à uma e vinte o tenente António de Siqueira Campos disparou um dos canhões, sinal combinado. A guarnição aguardou em silêncio a resposta de outras unidades, o que não aconteceu.
O Governo, informado do movimento, antecipara-se e fizera trocar os principais comandos militares da capital. Siqueira Campos, então, disparou contra o Quartel-General do Exército (no Campo de Santana, atual Palácio Duque de Caxias), o da Marinha (na Praça Barão de Ladário), o Depósito Naval e o Forte do Leme, matando quatro pessoas neste último. Outros autores afirmam que foram disparados tiros, ainda, contra a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói, e contra o Forte de São João, no bairro da Urca.

O caminho para o confronte na beira-mar no Rio de Janeiro

Durante todo o dia 5, o Forte de Copacabana sofreu intenso bombardeio pela artilharia da Fortaleza de Santa Cruz. Na madrugada do dia 6, o Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras, telefonou ao Forte, exigindo a rendição dos rebeldes. O capitão Euclides Hermes e o tenente Siqueira Campos permitiram, então, a saída de todos aqueles que não quisessem combater. Dos 301 homens da guarnição, saíram 272. Enquanto isso, os couraçados São Paulo e Minas Gerais, e um destróier posicionaram-se ao largo da ilha de Cotunduba, passando a bombardear o Forte. O Ministro Calógeras telefonou uma vez mais, passando Governo e rebeldes a parlamentar. Como consequência, o Capitão Euclides Hermes saiu ao encontro do Ministro no Palácio do Catete, onde recebeu voz de prisão. Encerrava-se o diálogo com um ultimato do Governo: ou os rebeldes se renderiam ou seriam massacrados.

Como o " Chicago Tribune noticiou a revolta do Forte de Copacabana em 7 de julho de 1922. Atenção internacional para os problemas do Brasil

Sob o bombardeio naval, o tenente Siqueira Campos, pressionado pelos remanescentes da tropa, tomou a decisão suicida: não resistirão no Forte e nem bombardearão a cidade, como haviam chegado a ameaçar. Sairão em marcha até ao Palácio do Catete, combatendo.
Este seria um dos momentos mais dramáticos da história do Brasil.
Com um canivete, uma bandeira brasileira foi cortada em vinte e nove pedaços e distribuída entre os rebeldes. Um pedaço foi guardado para ser entregue ao capitão Euclides Hermes. Às 13 horas do dia 6 de Julho, iniciaram a marcha pela Avenida Atlântica. No meio do trajeto um número até hoje não determinado se rendeu ou debandou.

A caminho do confronte

Na altura do antigo Hotel Londres restava dezoito militares revoltosos, aos quais se juntou o Engenheiro Civil Octávio Correia, amigo do tenente Siqueira Campos.
Após alguns tiroteios, ao alcançarem a altura da antiga Rua Barroso, atual Siqueira Campos, os dez homens restantes, nove militares e o civil Correia, foram confrontados pela tropa legalista, que era integrada por cerca de três mil homens.
No confronto final, mesmo com tamanha desproporcionalidade, ocasionou um tiroteio que durou aproximadamente trinta minutos.

O jovem e idealista tenente Eduardo Gomes, ferido e aprisionado após o desproporcional combate

Dos insurgentes foram capturados, feridos, os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes, e dois soldados. Estes vieram a falecer posteriormente, no hospital, em consequência dos ferimentos recebidos. Todos os outros faleceram em combate.

Notícia do confronto no Diário de Pernambuco

Baixas confronto final – tenentes: Siqueira Campos – ferido a bala no abdômen, Eduardo Gomes – ferido a bala na virilha, Mário Carpenter, Nílton Prado, soldados Hildebrando Nunes, José Pinto de Oliveira, Manoel António dos Reis e
dois soldados não identificados, civil Octávio Correia.
Revolta de 1924
Os ecos da revolta do Forte de Copacabana seriam sentidos no meio da sociedade brasileira e logo novos problemas surgiriam.
A crise do governo agravou-se com a queda das exportações e a inflação, bem como com o movimento das classes operárias e dos jovens oficiais em contestação ao governo. O Brasil vivia em permanente decreto de estado de sítio, onde os direitos individuais eram extremamente restritos e uma nova revolta militar explode em 1924, em São Paulo.

Nota de 13 de julho de 1924, do jornal natalence "A República" sobre o movimento em São Paulo

Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, foi deflagrada na cidade de São Paulo no dia 5 de julho de 1924, no 2º aniversário da Revolta do Forte de Copacabana. Os rebeldes exigem a renúncia de Arthur Bernardes, a convocação de uma Assembleia Constituinte e o voto secreto.
Esta crise teve como consequências a ocupação da capital paulista por vinte e três dias, forçando o então governador Carlos Campos a fugir para o interior do estado, depois de ter sido bombardeado a sede do governo paulista na época, o Palácio dos Campos Elísios.

Resultado dos Bombeiros em São Paulo

A capital paulista foi bombardeada por aeroplanos governamentais e artilharia do Exército. Diante da situação os líderes da revolta abandonam a São Paulo nos primeiros dias de agosto de 1924, retornando o Presidente Carlos de Campos à capital paulista.
Os membros da revolta cruzam o interior do estado, juntando-se ao movimento militar organizado no Sul pelo capitão Luís Carlos Prestes, no início de 1925.   A duas colunas revoltosas se unem em Foz do Iguaçu e decidem seguir pelo interior do Brasil em uma marcha revolucionária, que entraria para a história como a Coluna Prestes.

Coluna revoltosa de São Paulo em Foz do Iguaçu

Este movimento político e militar desloca-se pelo Brasil até 1927, pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do presidente Arthur Bernardes.
Sempre com as forças federais em sua perseguição, a coluna de mil e quinhentos homens entra pelo atual Mato Grosso do Sul, atravessa o Brasil até ao Maranhão, percorre o Nordeste e retorna a partir de Minas Gerais. Os homens de Prestes e Costa não conseguem derrubar o governo, mas adquire a reputação de invencibilidade adquirida durante a marcha vitoriosa de 25 mil quilômetros, aumentado assim o prestígio político dos integrantes da Coluna e reforçando as críticas contra as oligarquias e o sistema político vigente.
Antes da Hora
No período da história brasileira conhecida como “República Velha” (1889-1930), vigorava no Brasil a chamada “política do café com leite”, em que políticos de São Paulo e de Minas Gerais, se alternavam na presidência da república.

Washington Luís 


O paulista Washington Luís, então sucessor de Arthur Bernardes na presidência, enfrenta o endividamento interno e externo e a retração das exportações. Alegando defender interesses do café, lança como candidatos à sua sucessão o governador de São Paulo, Júlio Prestes, e rompe a “política do café com leite”.
Em represália, o Partido Republicano Mineiro passa para a oposição e forma a Aliança Liberal, lançando a candidatura do gaúcho Getúlio Vargas à Presidência. Os políticos de Minas Gerais ficaram insatisfeitos com indicação de Júlio Prestes, pois esperavam que António Carlos Ribeiro de Andrada, que governava aquele Estado, fosse o indicado, de acordo com a “política do café com leite”, citada anteriormente.

Cartaz da campanha eleitora dos candidatos de oposição

Washington Luís conta com o apoio dos dirigentes de 17 estados que compunham o país na época. Entretanto três estados negaram o apoio a Júlio Prestes: Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba.
Em 20 de Setembro do mesmo ano, foram lançados os candidatos da Aliança Liberal às eleições presidenciais: Getúlio Vargas como candidato a Presidente e João Pessoa (Governador da Paraíba) como candidato a vice-presidente.
A candidatura e o programa da Aliança Liberal contavam com o apoio, além dos três governos estaduais citados, de partidos de oposição em vários estados, inclusive o Partido Democrático de São Paulo e o Partido Libertador do Rio Grande do Sul.

Getúlio Vargas. Acervo da Life Magazine

Apoiaram a Aliança Liberal intelectuais como José Américo de Almeida e Lindolfo Collor, Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Siqueira Campos, João Alberto Lins de Barros, Juarez Távora e Miguel Costa, Juracy Magalhães e membros das camadas médias urbanas.
As eleições foram realizadas no dia 1º de Março de 1930 e deram a vitória a Júlio Prestes que obteve 1.091.709 votos contra apenas 742.794 dados a Getúlio. Ressaltando que Getúlio teve 100% dos votos no Rio Grande do Sul.
Estopim
A Aliança Liberal recusou-se a aceitar a validade das eleições, alegando que a vitória de Júlio Prestes era decorrente de fraude. Além disso, deputados eleitos em estados onde a Aliança Liberal conseguiu a vitória, não obtiveram o reconhecimento dos seus mandatos. A partir daí, iniciou-se uma conspiração, com base no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.
A conspiração sofreu um revés em Junho com o brado comunista de Luís Carlos Prestes que seria o comandante militar da revolução, mas dela desistiu para apoiar o comunismo. Logo em seguida outro contratempo: morre em acidente aéreo outro dos líderes, Siqueira Campos.

João Pessoa, então governador da Paraíba

Mas no dia 26 de Julho de 1930 vem ocorrer uma situação que mudaria todo o cenário político brasileiro.
João Pessoa, o então dirigente do executivo paraibano, foi assassinado pelo advogado João Dantas em Recife, por questões políticas e de ordem pessoal, servindo como estopim para a mobilização armada. João Dantas seria, logo a seguir, barbaramente assassinado, na Penitenciária de Recife.
Os aliados de João Pessoa não perdem tempo e atribuem motivos políticos ao crime.

Corpo do governador Paraibano

As acusações de fraude, o descontentamento popular devido à crise económica causada pela grande depressão de 1929, a morte de João Pessoa e a rompimento da política do café com leite, foram os principais fatores, que criaram um clima favorável a uma revolução.

Nota sobre o assassinato de João Pessoa, publicado no jornal " República", 28 de julho de 1930

Getúlio Vargas tentou várias vezes a conciliação com o governo de Washington Luís e só se decidiu pela revolução quando já se aproximava a posse de Júlio Prestes, que se daria em 15 de Novembro.
Aconteceu em Outubro
A revolução de 1930 iniciou-se, finalmente, no Rio Grande do Sul no dia 3 de Outubro, e se alastrou por todo o país. Oito governos estaduais no Nordeste foram depostos pelos tenentes, entre eles o de Juvenal Lamartine no Rio Grande do Norte.
No dia 10, Getúlio Vargas partiu, por ferrovia, rumo ao Rio de Janeiro.

Um fardado Getúlio assumindo o poder no Rio de Janeiro

Esperava-se que na divisa com o Paraná ocorresse uma grande batalha na cidade de Itararé, onde as tropas do governo federal estavam acampadas para deter o avanço das forças revolucionárias, lideradas militarmente pelo Coronel Góis Monteiro.
Porém em 12 e 13 de Outubro ocorreu o Combate de Quatiguá, próximo a divisa entre São Paulo e Paraná. Mesmo tendo sido muito pouco estudado, foi o maior combate desta Revolução.
Logo os generais Tasso Fragoso, Menna Barreto e o Almirante Isaías de Noronha, depuseram Washington Luís em 24 de outubro e formaram uma junta de governo.
Jornais que apoiavam o governo deposto foram empastelados, Júlio Prestes, Washington Luís e vários outros procedes da república velha foram exilados.

Ato final da Revolução de 1930; gaúchos amarram seus cavalos no obelisco do Rio de Janeiro

Às três horas da tarde de 3 de Novembro de 1930, a junta militar passou o poder, no Palácio do Catete, a Getúlio Vargas, encerrando a chamada república velha. Consta que Getúlio vestiu farda militar pela primeira vez na vida, por sugestão de seus assessores, para incutir no povo a “aura revolucionária”.
Na mesma hora, no centro do Rio de Janeiro, os soldados gaúchos cumpriam a promessa de amarrar os cavalos no obelisco da Avenida Rio Branco, marcando simbolicamente o triunfo da Revolução de 1930.
Getúlio tornou-se Chefe do Governo Provisório com amplos poderes. A constituição de 1891 foi revogada e Getúlio governava por decretos.
Getúlio tornou-se Chefe do Governo Provisório com amplos poderes. A constituição de 1891 foi revogada e Getúlio governava por decretos.

Como o "The New York Times" estampou a posse de Getúlio Vargas em novembro de 1930

O novo presidente nomeou interventores para os Governos Estaduais, na maioria tenentes que participaram da Revolução de 1930.

Texto originalmente proveniente dos sites
 http://www.sokarinhos.com.br
e http://pt.wikipedia.org.
Fotod Coleção Nosso Século
 Editora Abril, 1980.

Extraído do blog "Tok de História", do historiógrafo
Rostand Medeiros

Onde estava Deus em 11 de setembro de 2001?



Finalmente a verdade é dita na TV Americana. A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela: Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro? Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia: Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua bênção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco? - À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc... Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião. Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas...



A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém. Logo depois o Dr. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto-estima, (o filho dele se suicidou) e nós dissemos: "Um perito nesse assunto deve saber o que está falando". E então concordamos com ele.
 


Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal. Então foi decidido que nenhum professor poderia tocar nos alunos... (há diferença entre disciplinar e tocar). Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos sem ao menos questionar. Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade. E nós dissemos: "Está bem!" Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino. Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição na Internet. E nós dissemos: "Está bem, isto é democracia, e eles têm o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso".



Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e porque não sabem distinguir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios... Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos aquilo que semeamos!!! Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus: "Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?" A resposta dele: "Querida, não me deixam entrar nas escolas!" É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno. É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, ou do que a sua religião, que você diz que segue, ensina.
É triste como todo mundo quer ir para o céu, desde que não precise crer, nem pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina. É triste como alguém diz: "Eu creio em Deus", mas ainda assim segue a Satanás, que por sinal, também "crê" em Deus. É engraçado como somos rápidos para julgar, mas não queremos ser julgados! É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na Internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na escola e no trabalho. É triste ver como as pessoas ficam inflamadas de Cristo no domingo, mas depois se transformam em cristãos invisíveis pelo resto da semana.

Outro relato


Onde estava Deus, quando as Torres gêmeas de Nova York e o Pentágono foram atacados?
Bem, quero dizer que eu sei onde estava Deus. Na manhã de 11 de setembro de 2001 o nosso Deus, estava muito ocupado. Deus estava distraindo as pessoas que pensavam em pegar seus vôos da Aerolíneas American e United. Os quatro aviões juntos teriam capacidade para 1000 passageiros, mas nessa manhã só viajaram 266. Deus estava a bordo dos quatro aviões dando calma aos aterrorizados passageiros em cada avião. Nenhuma das famílias que receberam as últimas chamadas de seus entes queridos dentro dos aviões, através de seus telefones celulares, disse que escutara gritos de passageiros dentro do avião, Deus estava com cada um deles, dando-lhes consolo.



E mais, Deus estava dando forças e coragem a três passageiros do avião que caiu na Pensilvânia, para lutarem contra os sequestradores e assim pudessem evitar uma tragédia maior. Deus estava muito ocupado, criando obstáculos para milhares de empregados das Torres gêmeas. Depois de tudo, somente 20.000 pessoas estavam nas torres quando o primeiro avião bateu. Nos edifícios juntos trabalham cerca de 50.000 pessoas. Muita gente que trabalha nas Torres disse a imprensa que tinham tido mau pressentimento, e ficaram com medo, seus despertadores não tocaram, perderam o ônibus, perderam o trem, etc...etc... e chegaram tarde ao trabalho... e se salvaram. Depois que os dois aviões cumpriram seu macabro objetivo, Deus estava com os bombeiros, encorajando-os a dar suas vidas para salvar as vidas de outros que eles nem conheciam. E Deus estava, também, sustentando, com suas mãos, as torres de 110 pisos cada uma, para que milhares de pessoas tivessem tempo de escapar. E quando finalmente já não pôde com o tremendo peso das paredes de cimento e vigas de aço, as torres ruíram, e ruíram para baixo, e não para os lados.Isto também foi um milagre, pois se as torres não tivessem caído para baixo, haveriam arrasado junto com elas, mais de vinte quadras ao redor e milhares mais haveriam morrido... E quando as torres desabaram... Deus abriu os braços e recolheu 6.000 de seus filhos e os levou com Ele ao céu, repetindo-lhes uma e mil vezes, até a exaustão, "o pior já passou; agora estão comigo, não sofram, porque ao meu lado gozarão de vida eterna." Deus chegou às portas do céu, ali depositou as 6.000 almas que recolheu e logo cobriu o rosto com as mãos e chorou... Sim, Deus chorou... Chorou pela alma de 19 de seus filhos que não pôde salvar e que se perderam para sempre, por terem vivido com tanto ódio em seus corações. E isto não foi tudo... Deus desceu de novo à terra para dar consolo e resignação a cada uma das viúvas que perderam seus maridos, e aos maridos que perderam suas mulheres, e aos filhos que perderam seus pais e aos pais que perderam seus filhos, e se chegou à casa das pessoas que foram afetadas por esta tragédia, dando-lhes força para seguir adiante com suas vidas. E meu Deus seguirá sempre com todos nós. Ele é a força, é motor, e pilar de nossas vidas; Ele nunca nos abandona nos momentos difíceis. Sendo assim, se alguém te perguntar "e onde estava Deus em 11 de setembro de 2001?", diga-lhe com muito orgulho e certeza que... DEUS ESTAVA EM TODOS OS LADOS. Apesar de todos os danos e da magnitude dessa tragédia, eu vejo o rosto de Deus em cada parte dela.


Que Deus te abençoe!!!

Fonte: Arquivo Diniz K-9/Blog Sol de Gaya

Extraído do Blog: "Petróleo RN
do amigo Edicarlos Rocha

http://petroleorn.blogspot.com/

CONVITE

“A Saga dos Limões” Será Lançada em Mossoró 

De autoria do Médico Psiquiatra e Pesquisador do Cangaço Epitácio de Andrade Filho, o livro “A Saga dos Limões – Negritude no Enfrentamento ao Cangaço de Jesuíno Brilhante”, será lançado em Mossoró, neste dia 13 de setembro, a partir das 19 horas, na Livraria Siciliano do West Shopping, localizado no Bairro Nova Betânia.A apresentação do autor será feita por

Capa do Livro

A abertura do evento será com a música “Outdoor de Cultura Popular”, do Compositor Dudé Viana, apresentada em voz e violão pelo próprio cantor, que fará interlúdios musicais nas fases do roteiro cenotécnico do lançamento da obra.
 
O evento será sequenciado com uma exposição inicial do autor, que convocará os presentes para uma homenagem póstuma a José Avelino Lira, Ex-vereador de Patu, autor da proposição que concedeu título de cidadania patuense ao Escritor Epitácio de Andrade Filho.


Kydelmir Dantas, que em 2005, quando exercia o cargo de Presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC), organizou mesa examinadora com estudiosos, para a apresentação da conferência: “A Importância Histórico-social do Cangaço de Jesuíno Brilhante”, que conferiu a Epitácio Andrade o título de sócio efetivo da SBEC.

Na sequência do roteiro, haverá a apresentação do documentário “Cangaço e Negritude”, produzido pela Rede Potiguar de Televisão (RPTV), sob a direção da Jornalista Ana Paula Lopes, e do Cordel “O Doutor e o Cangaceiro”, do Poeta Gilberto Cardoso dos Santos.

O poema “Cantofa e Jandi”, de Aucides Sales, musicado por Dudé Viana, anunciará a apresentação da obra pelo Convidado-especial Professor Antônio de Farias Capistrano, ex-reitor da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), grande conhecedor da temática afro-brasileira. O evento se encerrará com a sessão de autógrafos, tendo como fundo musical, canções apresentadas por Dudé Viana.


Extraído do blog "Lampião Aceso"

REVENDO UMA DAS MINHAS SIMPLES HISTÓRIAS


Por: José Mendes Pereira


Enquanto os cangaceiros estão municiando  as suas armas, para nós seguirmos as suas trilhas, vamos rever uma das minhas simples histórias

O João Maleável prepara-se para passar férias na Escócia

Que férias hein João Maleável?! Tanta gente louca para passar umas férias pelo menos fora do seu Estado e não pode. E você agora está arrumando as malas para ir conhecer um outro país, hein! A Escócia!  
Por último ele estava arrumando as suas malas para viajar. Sim Senhor! Adquiriu um passeio dos bons, através do Padre José do Vale. (Esse Padre ajudou muito a jovens que pretendiam fazer cursos em outras universidades fora do Brasil.


Ele era vigário da Igreja do São João Batista, e que infelizmente o ano de dois mil e oito, a morte interrompeu os seus planos e trabalhos aqui na terra. Ele fazia parte de um órgão não governamental, e que fez muito pelos jovens de Mossoró, levando-os às universidades de outros países).  

Vamos voltar ao João Maleável? 

Antes de ser professor, tinha trabalhado cinco anos na igreja do São João Batista, prestando serviços na função de carpinteiro, e por último, ganhara um presentão desses. 
E tudo já estava prontinho, passagem reservada, passaporte, dinheiro na conta e outros. No momento em que reservou a passagem, exigiu logo: "Quero poltrona ao lado da janela, para eu ver o globo terrestre lá de cima"

A Magali, sua esposa, ficaria em casa com as crianças, enquanto o João Maleável se divertia na Escócia.  
Há anos que um dos seus grandes amigos, o Antônio Jerônimo residia por lá, e tinha ido ainda jovem em companhia do pai, que fora transferido da empresa em que trabalhava para prestar serviços na Escócia, a uma multinacional, e com ele embarcou toda família.
E logo o nosso professor enviou carta ao grande amigo, comunicando-lhe que pretendia passar as suas férias na Escócia, e se possível ele arranjasse uma boa casa, alugasse-a que acertaria depois, pois já estava com o passaporte em mãos e passagem comprada. “-Envie-me fotos de toda residência. - Exigiu ele através da carta”.


Não demorou. A resposta chegou às suas mãos acompanhada de fotos e de toda residência, sala, cozinha, quarto, área de serviços, mais os outros cômodos, a fachada da frente, as plantas frutíferas... 
Assim que ele olhou as fotos, notou que não tinha chegado as do banheiro sanitário, e às pressas enviou um telegrama para o amigo, comunicando-lhe que tinha interesses de saber onde ficava localizado o WC da casa alugada, já que a carta não detalhava o local do banheiro.  


No Brasil, é claro, todos nós sabemos que WC significa banheiro sanitário, ou simplesmente banheiro. Mas na Escócia significa capela. 
Dias depois, chegou a resposta escrita à mão. 
Caro amigo João Maleável:
O WC  fica distante da cidade seis quilômetros, e todos daqui só o frequentam aos domingos, feriados e dias santos.


A população caminha em mutirão para lá, e a estrada que nos leva até ele, fica aparentando formigueiros e causando admirações com os movimentos dos carros e das pessoas, uns indo e outros voltando.
Na entrada, cada pessoa recebe um papel, mas depois de usá-lo é obrigatória a devolução para servir em outros eventos. No momento do evento, uma jovem mocinha, entra, e em sua mão, conduz um baldinho, e nele, surge uma fumaça cheirosa, a qual fica esfumaçando o local.  As crianças tiram fotos de todas as posições. Os jovens  animam o evento, e os idosos são bem acolhidos no meio da juventude, os quais se responsabilizam pelas palavras amém!,para enfatizarem a ação. 
Sem mais nada para o momento. 
Antonio Jerônimo.
Assim que ele leu a carta, desistiu por total, e respondeu às pressas ao grande amigo.


Amigo Antônio Jerônimo:

Tenho o prazer de lhe agradecer pela a consideração e a atenção, as quais você me prestou por ter feito esforços em querer me acolher perto da sua casa, mas por outro lado, depois dessa sua informação, tenho o desprazer de lhe dizer que a Escócia jamais me verá, e como você sabe muito bem, aqui, não só em Mossoró, mas em todo Brasil, nós ainda não viciamos os nossos intestinos a passarem muitos e muitos dias maltratados. Continuamos com aquela velha moda de sempre, ocultamos-nos na hora das nossas necessidades fisiológicas, e as fazemos mais ou menos num espaço de vinte e quatro horas, e entre quatro paredes. Pois bem, se a sua Escócia está na era do modernismo e do desenvolvimento, provavelmente já chegou ao século vinte e dois, e nós daqui de Mossoró e do Brasil, ainda estamos vivendo o século vinte e um. Por isso continuamos atrasadíssimos, e até hoje nós não conseguimos adquirir o hábito de fazermos as nossas necessidades fisiológicas diante de todo mundo, e também não aceitamos que sejam feitas fotos na hora do ato.
Confiando em sua boa compreensão, sem mais, antecipando os meus sinceros agradecimentos. 

Sinceramente, João Maleável. 



Minhas simples histórias


 Water Closet
 Em inglês significa banheiro. Mas como o brasileiro tem mania de  usar estrangeirismo  nas suas escritas, apenas usa WC para significar banheiro.