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domingo, 28 de agosto de 2011

MANOEL GONÇALVES DE ABRANTES – BIOGRAFIA DE UM LÍDER DO SERTÃO PARAIBANO

Autora – Maria Nestorina Dantas Gonçalves de Abrantes.

Nasceu Manoel Gonçalves de Abrantes em 11.11.1889 no distrito do Lastro, pertencente ao município de Sousa-Pb, filho primogênito de uma prole de onze filhos, do pequeno agricultor e pecuarista João Gonçalves dos Santos e de dona Maria de Abrantes Ferreira, ambos de origem portuguesa, cujos antepassados foram pioneiros na colonização do Vale do Rio do Peixe.

Manoel Gonçalves de Abrantes

Faleceu o ilustre sousense em 09.11.1973, na cidade de Sousa-Pb, em virtude de complicações decorrentes da doença de Alzheimer.
Era proprietário rural, dedicando-se à criação de gado, plantação de algodão, cana de açúcar e de outros gêneros alimentícios. Possuía em suas fazendas muitos engenhos, onde produzia raspaduras e outros derivados da cana de açúcar. Na adolescência estudou no “Ateneu Santanense”, em Santana dos Matos, no vizinho Estado do Rio Grande do Norte, sob a orientação do Padre Lúcio Gambarra, porém, por contingências políticas e familiares, não completou os seus estudos, interrompendo-os na quinta série do ensino fundamental.
Sua liderança natural aflorou em diversas ocasiões, notadamente na defesa de seus patrícios, na conciliação de conflitos de terra. Possuía o respeito, ímpeto e arrojo que se destacaram nos sertões da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, chamado que era para dirimir conflitos e defender sua terra. Sua fidalguia, liderança e trato político o distinguiu entre outras lideranças e apesar de não possuir a patente, foi alcunhado de “Coronel” Manoel Gonçalves. Nunca foi subserviente, tratava os chefes políticos como igual. Homem que, apesar de valente, era conciliador. Sua palavra era honrada e ai daqueles que ousavam desafiá-lo. Possuía sua própria “tropa de proteção”, o que era normal e aceitável nos sertões nordestinos, onde os bandos denominados “cangaceiros” aterrorizavam a população e o poder público era incipiente naquelas plagas. Extremamente vaidoso, vestia-se com ternos de linho e casimira inglesa, chapéu de abas curtas, bengala, botas ou sapatos sempre impecáveis, como podemos notar em fotos de acervo familiar. Sua vida, ainda hoje, é motivo de curiosidade de várias pessoas, sendo que alguns destes sempre procuram a família para se inteirarem dos feitos do famoso Coronel, tendo neto, Dr. José de Abrantes Gadelha, escrito o livro  “Sangue, Terra e Pó” sobre fatos da vida de Manoel Gonçalves de Abrantes e outros pesquisadores se deslocam até o sertão para colherem dados sobre o mesmo com o intuito de produzirem documentários.

                                                                                
Manoel Gonçalves e sua esposa

Ingressou na política numa contingência natural, ao lado de outros amigos das famílias de prestígio local, tais como os Mariz, os Oliveira, os Sarmento, os Gomes de Sá, os Pires de Sá, os Gadelha. Desfrutou de prestígio político ante os Governos de João Pessoa, de Antenor Navarro, Oswaldo Trigueiro e Argemiro de Figueiredo. Sofreu perseguições políticas no governo de Rui Carneiro, de1940 a1945. Em 1954 foi eleito Deputado Estadual, pela legenda da UDN, colocando seus filhos Augusto, Romeu e João Gonçalves de Abrantes, na política, para continuação de suas tradições. Augusto Gonçalves de Abrantes, médico, eleito Prefeito de Sousa, mais tarde suplente de Senador da República de Argemiro Figueiredo e Secretário de Saúde do Estado da Paraíba; Romeu Gonçalves de Abrantes, eleito Deputado Estadual, mais tarde fora cassado pela Revolução de 1964; João Gonçalves de Abrantes, várias vezes eleito Vereador, para a Câmara Municipal de Sousa.  Foi ainda Manoel Gonçalves de Abrantes eleito Prefeito do lugar onde nasceu: o Lastro, transformada em cidade, em 1963. Seu palco não era a tribuna da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba. Manoel Gonçalves não era um tribuno, um orador, no sentido mais peculiar da palavra. A política que o conduzia era aquela dos interesses mais importantes para a sua gente: a defesa do solo, da agricultura, da saúde, das terras produtivas e esta se faziam nos bastidores, nas alianças partidárias. O seu sonho maior foi batalhar para levar para Sousa o Hospital Regional, que hoje leva o seu nome.
Herdeiros de suas tradições políticas, alguns de seus netos e até bisnetos, deram e dá continuidade ao nome e tradições do velho líder político dos sertões nordestinos, tais como John Johnson Dantas Gonçalves de Abrantes, advogado, grande orador, que exerceu cargos públicos relevantes e hoje atua como um dos maiores especialistasem Direito Eleitoraldo país, que divide com seu filho Edward Johnson uma das mais prestigiadas bancas advocatícia do Estado da Paraíba; José de Abrantes Gadelha, advogado, escritor, Defensor Público, duas vezes prefeito da cidade do Lastro – PB; Atualmente a bisneta de Manoel Gonçalves de Abrantes, Isabelle Dantas de Abrantes Diniz, filha de Johnson Abrantes, advogada e vice-prefeita do Lastro, abraçou os ideais do seu ilustre antepassado, iniciando uma nova etapa na vida pública do nosso Estado.

Fazenda Concórdia em 1924, lar de Manoel Gonçalves. 
Zona rural do atual município do Lastro, Paraíba. 

Além dos filhos, Manoel Gonçalves de Abrantes lançou na política o seu genro Nozinho Gonçalves, que foi vice-prefeito e prefeito de Sousa, tendo exercido com muita competência e reconhecimento da população sousense, aqueles cargos públicos. Outros membros da família Gonçalves de Abrantes se destacaram e se destacam até hoje no cenário local e nacional, como pessoas íntegras, profissionais de sucesso e liderança em seus setores, sendo reconhecidos como integrantes de uma das famílias mais conceituadas e tradicionais da Paraíba.
Este foi o legado de Manoel Gonçalves de Abrantes. Citando José de Abrantes Gadelha no final do seu livro “Sangue, Terra e Pó”:
“… depois de haver-nos honrado dignamente, e a própria terra ou o sertão vicejante, com sua existência, vez que, o preço do SANGUE derramado, jorrou e floresceu novas vidas ao regar a TERRA, para mais tarde, através da morte, metamorfoseando-a, transformar o PÓ, que serve, talvez, de leito aos ínvios caminhos e estradas, muitas vezes percorridas e esquecidas”.


Um adendo do autor deste Blog – 

Sempre me chamou atenção durante minhas viagens de pesquisa sobre o cangaço pelos sertões do Rio Grande do Norte e da Paraíba, quando estou na área que abrange desde a cidade de Alexandria (RN), até Uiraúna (PB), em meio às inúmeras entrevistas que por lá realizei,  a presença quase constante do nome do fazendeiro Manoel Gonçalves.
Quando em 2010 conclui a minha pesquisa para o SEBRAE-RN, sobre o caminho percorrido por Lampião no Rio Grande do Norte, quando me encontrava nas cercanias da Serra de Martins, muito distante da cidade do Lastro, o nome de Manoel Gonçalves foi repetido. Até mesmo na Fazenda Trigueiro, em Pereiro, no estado do Ceará, soube que Manoel Gonçalves mantinha com a família Diógenes, dona desta antiguíssima gleba, negócios e laços de amizade.
Percebi que Manoel Gonçalves deixou na memória dos sertanejos uma enorme áurea de respeito, de ser um homem justo, decidido e lutador. Mas o interessante é que mesmo sendo ele um membro da poderosa elite agraria sertaneja da região, possuidor de muito poder em terras, armas e homens, essa memória não vem acompanhada de temor, do medo de simplesmente pronunciar o seu nome, de fatos desabonadores na sua história de vida e nem de exemplos de crueldade gratuita. Bem diferente do que ouvi sobre a história de vida de outros homens poderosos deste nosso sertão.  


Agradeço a amiga Maria Nestorina Dantas Gonçalves de Abrantes pela lembrança de enviar a biografia de Manoel Gonçalves e aos seus parentes, Alberto Júnior e Augusto Abrantes, pelo privilégio em compartilhar as memórias do seu antepassado.



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CEMITÉRIO DA QUINTA DOS LÁZAROS - SALVADOR - BAHIA

Na primeira foto repousam os seguintes cangaceiros:

A primeira foto trata-se das quatro gavetas que guardam os restos mortais dos cangaceiros: AZULÃO, MARIA DORA, CANJICA E ZABELÊ, mortos em 1933 no sítio Lagoa do Lino, atual município de Serrolândia - BA. 
Vale lembrar ao leitor, que vem acompanhando o estudo "Cangaço", este Zabelê, não era o  primo do escritor Alcindo Alves da Costa.

 A turma que o tenente Zé Rufino deu cabo:

 

Azulão, Maria Dora, Canjica e Zabelê, estão somente as cabeças, que estavam expostas no Estácio de Lima. Os corpos foram enterrados próximo ao local do combate que ainda hoje é identificado com uma cruz.
O cangaceiro Corisco


As duas últimas fotos são do jazigo do mais conhecido daqueles que estão lá: Trata-se do túmulo de CORISCO, Alagoano da gema, Cristino Gomes da Silva Cleto.
Corisco foi morto no dia 25 de maio de 1940, e sepultado no cemitério da atual cidade de Miguel Calmon, sendo exumado 3 dias depois para que lhe cortassem a cabeça, segundo informação que foi para estudo.  
 
Esta  foto do jazigo, onde se lê o nome do cangaceiro "Cristino Gomes da Silva Cleto.  e a data de 1977, quando os restos mortais foram colocados ali, transportados da primeira sepultura, aquela datada de 1969:
Tirando as suas  possíveis dúvidas

Corisco morre em maio de 1940 e seu corpo completo é enterrado em Miguel Calmon, no Estado da Bahia. Após 3 dias é desenterrado e sua cabeça é levado para o Nina Rodrigues e seu corpo sem cabeça continua no Cemitério de Miguel Calmon, até 1969.
Após ações judiciais na década de 60, a cabeça de corisco sai do Nina Rodrigues e vai ser enterrado junto com os restos mortais que estavamem Miguel Calmon, no Cemitério da Quinta dos Lázaros.  
E esta exumação é para troca de cemitério? cabeça e tronco juntos ou separados?
Não!... Foi devido a compra de um jazido perpétuo que todo o conjunto de restos mortais foi transfeirdo para o túmulo onde se encontra hoje. Entendeu ou não entendeu?

José Leite de Santana
O cangaceiro Jararaca

O cangaceiro Jararaca era pernambucano, lá de Buique. Em 1927, no dia 13 de junho, o famosso cangaceiro Lampião Na tentativa de invadir Mossoró, Lampião


Lampião perdeu dois asseclas, sendo eles: Colchete, que ficou morto em frente à igreja de São Vicente, e o cangaceiro Jararaca, este ficou ferido, sendo posteriormente capturado e executado.


O túmulo do cangaceiro Jararaca em Mossoró. Observe que por traz existe um outro túmulo, é do cangaceiro Asa Branca, que faleceu em Mossoró, no ano de 1981, mas morte natural. 


Antonio Luiz Tavares era o verdadeiro nome do ex-cangaceiro "Asa Branca". Filho de Antonio Luiz e de dona Maria da Conceição. Ele natural de Cajazeiras do Rio do Peixe, no Estado da Paraíba.


Este é o túmulo do cangaceiro Asa Branca, e está localizado no Cemitério São Sebastião, aqui em Mossoró - Rio Grande do Norte. À frente dele está a cova do Jararaca.
Os cangaceiros Chumbinho e Durvalina, eram subordinados ao estado maior,  do famoso rei do cangaço,  Lampião. Viveram sob a mira de muitas armas, das diversas volantes dos governos nordestinos.

Chumbinho e  Durvalina (ainda viva, com 92 anos, e residente em Belo Horizonte).
            
Chumbinho foi um dos cangaceiros mais paparicado  pelo rei Lampião, quando em 1926, no dia 06 de Março, em Juazeiro do Norte, falou ao entrevistador,

   
o Dr. Otacílio Macedo, sobre o bom cangaceiro que carregava em seu bando.
Frente do Cemitério do Cangaceiro
           
Cemitério onde estão repousando os restos mortais do  cangaceiro Chumbinho, em Porção, no Estado de Pernambuco.


A ex-cangaceira Durvalina, seus restos mortais estão enterrados no Cemitério  da Saudade, em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerias. 
A cangaceira "DURVINHA" nasceu no dia 08 de Dezembro de 1915, e faleceu no dia 28 de Junho de 2008, em consequência de hipertensão intracraniana e AVC hemorrágico.
O seu túmulo foi  adquirido através do pesquisador e colecionador do cangaço:

Ivanildo Alves da Silveira,  que conseguiu a construção do túmulo com o então prefeito de Belo Horizonte,


o Dr. Márcio Lacerda. Quando Durvalina entrou para o cangaço, era companheira do cangaceiro

Da esquerda para a direita, o segundo

Virgínio Fortunato da Silva, este era chefe de um subgrupo do bando de Lampião. No ano de 1933, ele foi morto em combate, e Durvalina amasiou-se com o cangaceiro Moreno, que era comandado de Virgínio.

O cangaceiro Moreno
           
Após a morte do rei Lampião, os cangaceiros ficaram como formigas sem formigueiro, e o casal não quis se entregar a polícia, continuando nas caatingas do sertão nordestino. Mas dois anos depois da chacina de Angico, no ano de 1940 resolveram abandonar a vida de malfeitores.            
O casal de cangaceiros ficou décadas no anonimato, até que o escritor e pesquisador do cangaço, João de Sousa Lima, nas suas andanças  o encontrou. 

João de Sousa Lima

Durvalina viveu 93 anos de idade, diante de tantos sofrimentos, mas conseguiu um teto para morar e uma família digna. O cangaceiro Moreno, viveu 100 anos, quando veio a falecer no dia 06 de Setembro de 2010.


Fontes:

Mausoléus escondem azulejos do século XVIII na Igreja do Pilar


Gildo Lima / Agência A TARDE
Confirmando a máxima segundo a qual “os mortos comandam os vivos”, os mausoléus dos casais Antônio Teixeira Cesimbra/Joanna Marques Figueredo Cesimbra e Maria Emília Barros Ferreira/Francisco Ambrósio Ferreira, implantados respectivamente em 1876 e 1899 na nave da Igreja de Nossa Senhora do Pilar em Salvador (inaugurada em 1745), não serão transferidos para o cemitério anexo ao templo como planejava  o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.
O Ipac, que finaliza ampla reforma na igreja, queria remover as sepulturas pelo fato de elas estarem cobrindo parte do belo painel de azulejos portugueses do século XVIII, em uma das paredes da igreja,  tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em 2008, o Instituto fez  publicar, em jornais de Salvador, avisos convocando parentes dos falecidos há quase 200 anos para que procurassem o órgão e procedessem a remoção dos restos mortais, caso contrário isso seria feito de qualquer maneira pelo Ipac, que obteve, inclusive, o aval do então cardeal arcebispo de Salvador dom Geraldo Majella Agnelo. Ninguém se apresentou como responsável pelos ossos. Contudo, ao consultar a Procuradoria Geral do Estado, a direção do Ipac recebeu a recomendação de não perturbar o descanso dos mortos, deixando tudo como havia sido acertado entre as famílias dos defuntos e a irmandade da Igreja do Pilar que permitiu a construção dos mausoléus na nave.
Descanso tranquilo - O sepultamento em “solo sagrado” era prática comum na Bahia nos séculos passados. Equivalia para o católico a uma espécie de garantia de que seu corpo descansaria na eternidade sob a proteção da igreja à espera da “ressurreição dos corpos”, como promete o Evangelho de João.
Para sepultamentos na parte interior das igrejas, além do defunto ser católico, deveria deixar em testamento certa quantia em dinheiro ou bens para a irmandade que dirigia o templo. Muitos historiadores funerários como o francês Philippe Ariès qualificam essa prática como verdadeiro “contrato de seguro” feito entre viventes e a igreja.
Por questões sanitárias e de higiene, os sepultamentos deixaram de ser feitos nas igrejas da Bahia, principalmente no século XIX. Nesse aspecto, a Igreja do Pilar inscreveu seu nome na história da arquitetura sacra: foi o primeiro templo católico de Salvador a construir um cemitério anexo, em 1799, justamente para evitar os enterros dentro da igreja.
Isso  torna mais significativo o caso das sepulturas das famílias Cesimbra e Ferreira. Já existia um cemitério anexo ao Pilar e, mesmo assim, ergueram-se os mausoléus relativamente grandes em altura. O da família Cesimbra possui dois metros e meio, o da Ferreira, três metros. Outra raridade é o fato de serem sepulturas verticais, quando o mais comum é a campa horizontal, no piso da igreja.
O painel de azulejos coberto pelos túmulos não tem autoria certa. Sobre eles, o historiador Carlos Ott arrisca-se apenas a dizer que devem ter sido colocados “pouco antes de 1790”. Em estilo rococó, os azulejos parecem ter sido encomendados na famosa oficina portuguesa de Juncal.
 
FONTES:


História dos Volantes: Mané Véio

[ANTONIO-JACO.jpg]

A história de Antonio Jacó ou Mané Véio é um dos destaques do livro Lampião além da versão, Mentiras e Mistérios de Angico (páginas 361 à 368). Capítulo que dá titulo ao texto abaixo. Do autor Sergipano Alcino Alves Costa.


Prefeito por duas vezes de Poço Redondo. Respeitamos a obra, mas o conterrâneo atribui a este ex soldado qualidades e honrarias injustificáveis para um esquizofrênico.

Um amigo acha que ele também abomina seu histórico, porém agiu pela emoção, as palavras foram selecionadas porque ambos se conheceram anos atrás em Poço Redondo (na residência do ex coiteiro Manoel Felix), daí as menções honrosas certamente foram lidas pelo personagem.

Coiteiro Mané Félix

ue possuiu no currículo não só inúmeros registros de torturas (aquelas entrevistas que aterrorizaram os sertanejos levando estes a afirmar preferir a presença dos cabras de Lampião do que a dos cabras do Governo), assassinou célebres bandoleiros e tirou a vida de suas... leiam e deduzam. O capítulo é repleto de frases repetidas em um mesmo parágrafo e exageros nos adjetivos, cansativo que só, detalhes à parte mantivemos a redação original.

O carrasco de Angico

Todos foram endeusados, ganharam fama, glórias e troféus especialmente o comandante da Força responsável pelo grande feito, o


Tenente João Bezerra e seus imediatos Aniceto Rodrigues e Francisco Ferreira de Melo. No entanto o que não se pode esconder é a bravura de alguns dos participantes daquela memorável batalha, homens como o Cabo Bertoldo, Cabo Juvêncio irmão do afamado rastejador Gervásio da volante de Zé Rufino, Panta de Godoy (possível matador de Maria Bonita), Zé Gomes, Noratinho e Abdom. Homens que faziam parte de um contingente de verdadeiros heróis. Todavia não tem como esquecer a bravura e a coragem daquele que foi sem nenhuma dúvida o grande baluarte, o gigante de Angico, o verdadeiro comandante daquela inigualável batalha o extraordinário Manoel Marques da Silva famosamente conhecido pelas alcunhas de Mané Veio e Antonio Jacó. Mané Veio era baiano de Santa Brígida, ele e o Cabo Juvêncio deixaram as forças de seu estado e foram trabalhar sob as ordens de João Bezerra.Vale a pena enfatizarmos a História desse titã de Santa Brígida. Manoel Marques da Silva é o seu nome de batismo. Era filho de Jacó Marques da Silva e Jovina Maria da Silva, sendo sobrinho de outro valentão, o lendário Elias Marques, morto no fogo da Maranduba e primo do filho deste o não menos famoso Procidônio. Pai e filho formam a dupla infernal que costumava brigar unida em memoráveis batalhas, contra os grupos cangaceiros. Na Maranduba Elias é baleado em um dos braços. A principio o ferimento não parecia grave, no entanto sobreveio uma hemorragia e, se esvaindo em sangue, é amparado pelo sobrinho e pelo filho. Era tarde. Nada se podia fazer. Elias morria nos braços do filho e do sobrinho. Mané foi criado nas modestas ruas de Santa Brígida. Os moradores daquele pequenino arruado eram aparentados e o filho de seu Jacó viveu a sua meninice e infância ao lado de


Zé de Neném, de Maria Bonita e de seus numerosos irmãos.


Como sabe, anos depois, já em 1930, a filha de seu Zé Felipe e Dona Maria Déa, após um casamento mal sucedido com o sapateiro Zé de Neném, bandeia-se para a companhia de Virgulino Ferreira. O baianinho desde criançinha era chamado pelo carinhoso apelido de Mané Veio. Era magricela, esguio, alto, de boa presença e com uma conversa fluente, porém genioso e mal criado ao extremo. Ao completar 17 anos em 1929, uma vez que veio ao mundo em abril de 1912, ingressou nas fileiras da volante de Francisco Moutinho Dourado, o terrível Douradinho, passando depois pela volante do Sargento Adolfo, até ingressar na Força comandada pelo irmão de João Maria de Serra Negra, o Tenente Liberato de Carvalho.
Mané Veio foi um dos participantes do extraordinário combate da Maranduba, ocasião em que atirou tanto que seu mosquetão ficou com o cano em brasa estourando a culatra da arma, deixando-o surdo de um dos ouvidos pelo resto de seus dias. Acontece uma terrível inesperada desgraça na vida do valentão de Santa Brígida. Essa provocação veio da esteira de seu casamento com uma mocinha dali mesmo. Uma bela menina chama Cidália. Os primeiros anos foram de felicidade. Nasceu um filho. Foi batizado com o nome de Abílio. O casal vivia num mar de rosas. Os dois se amavam profundamente. Mas entre eles existia uma quase que intransponível barreira. O gênio fortíssimo de ambos.

Apesar de se amarem, Mané Veio e Cidália possuíam uma incompatibilidade de gênio muito forte. Encruzilhada que fez com que aquele casamento se tornasse uma tragédia sem precedentes na história da povoação do sertão da Bahia. O principal motivo para os dissabores eram os pendores irreversíveis do filho de seu Jacó para as aventuras amorosas. Além de outros romances extraconjugais mantinha forte e ardoroso caso com uma mocinha do lugarejo Curituba, daquele mesmo estado. A cabocla se chama Pureza e é ela a causa maior dos desacertos do casal que se arrasta até chegar na separação definitiva.

Apesar de separado da esposa e do filho o militar não deixa de cumprir com suas ocupações de dono de casa, procurando assim manter as despesas da família. Recomenda ao parente João Silva que não deixe a sua mulher e seu filho passarem fome durante os dias em que estivesse viajando, durante a sua ausência o parente e amigo suprisse as necessidades da casa que quando ele retornasse das viagens quitaria as dividas. Em um desses retornos inicia-se a grande provocação e desventura do moço de Santa Brígida. Depois de mais uma caçada, perseguindo cangaceiro, retorna para o merecido descanso. Mais que depressa procura o parente. Precisa acertar contas. A conversa entre os dois foi a de sempre. Tudo acertado vão tomar banho na fonte das Caraíbas. O rapaz de Santa Brígida conta peripécias de sua viagem pelos cafundós dos sertões à caça de bandidos. O banho é demorado. Lá pelas tantas resolvem sair da fonte e vão vestir as suas roupas. É nesse instante que a desgraça se apresenta na vida do moço da volante. Do bolso da calça do João cai um papel.

Mané Veio vê, imagina que é um bilhete e de sua cabeça brota uma inconcebível injustiça, julga que a letra que está naqueles rabiscos é a de sua esposa. Apesar de violento o caçador de cangaceiro consegue dominar seu doentio ciúme. Nada diz ao amigo. Continua a conversa calmamente. Não demonstra que está enlouquecido pela suspeita de infidelidade de sua esposa. Ao se ver sozinho o militar quer saber onde Cidália está. É informado que ela se encontrava na Fazenda Cajueiro lavando roupas, acompanhadas de amigas e da irmã Zafira. Ensandecido pega o mosquetão e vai procurá-la. A mulher, inocentemente lava suas roupas e a de seu filhinho. Não imagina a tragédia que dela se avizinha. Conversa alegremente com as companheiras. De repente o marido desponta. Apesar de com ele não mais morar, ainda o ama e o respeita por demais, alegra-se com a presença do pai de seu filho. As lavadeiras olham, curiosas, o homem que vem chegando. Nada temem. Não esperam que ele seja capaz de cometer alguma ação criminosa contra a sua esposa. O soldado chega se aproxima de Cidália e manobra sua arma. A infeliz mulher percebe a desgraça que se abate sobre ela e corre, procurando amparo no corpo da irmã. O enlouquecido marido não lhe dá tempo e nem oportunidades de se livrar da morte.

Um certeiro balaço destroça o seu rosto, deixando-a estendida no chão morta. O verdugo ainda dá mais dois tiros na infeliz e deixa o local. Acabava de praticar um monstruoso e hediondo crime. O crime que abalou Santa Brígida e todo o sertão baiano. O povo se revolta. Tudo aquilo era uma descomunal injustiça. Ficou comprovado que Cidália era inocente. Jamais mantivera romance com quem quer que fosse. A atitude extremada do soldado foi abominável. Severas providências teriam que ser tomadas. O assassino não quer pagar pelo bárbaro crime que cometeu. Homizia-se. Embrenha-se na mataria e fica um ano escondido no Serrote do Galeão, enfurnado numa gruta que hoje é conhecida como A Toca de Mané Veio. Protegido pelos militares consegue se transferir para Alagoas, onde fica sob a proteção do Tenente Lucena e sob o comando de João Bezerra da Silva.


Em Alagoas troca de nome. Deixa de ser Mané Veio para se tornar Antonio Jacó e, como não poderia deixar de ser, confirma a fama de valentão. Em pouco tempo é um dos principais homens da volante. Em todos os combates é um dos vanguardeiros. Um feroz guerreiro. O verdadeiro comandante da tropa que atua. Eis que chega o dia de Angico. É nesse épico que sua valentia e desassombro o torna ainda mais grandioso. A sua destacada atuação foi especial, fazendo-o grande timoneiro que dirigiu a lendária batalha desde os momentos iniciais do cerco até o seu retumbante desfecho. Vejamos: Foi Mané Veio, ou Antonio Jacó, se quiserem, quem arrancou as unhas de Pedro de Cândido, fazendo-o revelar onde Lampião estava acoitado. Foi através de suas ameaças que Pedro acabou delatando o seu irmão Durval que ao se ver com um punhal apontado para sua garganta pelo aspirante Francisco Ferreira de Melo, que Bêbado e violento poderia muito bem consumar o seu intento homicida, além de já ter dado alguns safanões no então rapazinho de Dona Guilhermina, o moço se viu obrigado a dizer onde Lampião e seu bando estavam acoitados.


Foi Mané quem repudiou a tentativa covarde de João Bezerra de não atacar Lampião em seu reduto de Angico, com a justificativa de que dispunha de poucos homens para enfrentar tão numeroso grupo de bandidos, comandados pelo Rei cego. Foi Mané Véio o matador do cangaceiro Mergulhão, um daqueles de Poço Redondo, quando este, no meio da fumaceira, tentava salvar-se do inferno de Angico e murmurava: - Sou do Poço, sou do Poço. Foi Mané Véio ainda o matador de uma das maiores estrelas do cangaço, um dos poucos que restavam dos afamados veteranos que com Lampião lutara desde os tempos de Pernambuco, o famoso valentão do retiro, um dos maiorais da história cangaceira,


Luis Pedro.

Conta o bravo homem de Santa Brígida, avalizado pelo respeito de sua própria história, que durante a batalha, já no final do tiroteio, começa a descer o riacho e, de repente, vê um cangaceiro caminhando, em sua direção. O bandido parece dominado pelo cansaço. Caminha lentamente. Sobe com dificuldade a ribanceira do riacho. Aquele dia é um dia de sorte para a força que cercou e atacou Lampião.

Uma grande e providencial pedra protege e ampara o valentão da Bahia que expectante observa o caminhar do cangaceiro e tranquilamente espera-o com o dedo no gatilho de seu mosquetão. Conforme o bandido se aproxima, o soldado vai trazendo-o sob o ponto da mira de sua arma. Está abismado. As vestes daquele cangaceiro são especiais, muito luxo, muita riqueza. Parece mais um tesouro ambulante. O chapéu é coberto de estrelas, os dedos estão repletos de anéis e alianças. Percebe, no entanto, que o bandido não é Lampião. Sabia que o rei era amorenado, cabo verde, e aquele que se aproximava era branco, meio sarará, pensou que era Corisco. O assecla cada vez mais se aproxima. Vem chegando. Vem chegando. Está muito cansado. Sua respiração é ofegante.

A pedra impede que o sequaz veja o soldado apontando-lhe o fuzil. Chegou a hora. O dedo aciona o gatilho. O estampido da arma estronda. A bala atinge o coração do cangaceiro. Algo inesperado está acontecendo. Contra toda expectativa o bandido continua caminhando. Dando a impressão de que não foi atingido e, ainda mais assustador, o facínora faz menção de puxar uma arma do coldre. Neste instante os dois valentões estão frente a frente. Mané Véio é rápido. Dá o segundo tiro. Dessa vez bem em cima do umbigo. O assecla cai de lado. Não faz movimento algum. Parece até que caiu morto. Sem perder tempo o matador corre e inicia o saque. O morto era Luís Pedro, seguramente o principal companheiro de Lampião, talvez o último remanescente das grandes estrelas dos tempos de Pernambuco. Ali está, no meio do famoso riacho, o corpo do célebre caititu, apelido que lhe dera Maria Bonita.

O homem de Santa Brígida está abismado com o luxo e a riqueza do bandido. Além dos anéis e alianças que abarrotam e enfeitam seus dedos, carrega em seu corpo um número vultoso de lenços e jabiracas, tudo da mais refinada qualidade. Apressado e sem querer que os companheiros cheguem, o baiano corta as munhecas do facinoroso, arranca os lenços e as jabiracas, colocando tudo dentro do seu bornal. Revira os bolsos e os bornais do assecla e encontra uma quantidade muito grande de dinheiro e uma lata cheia de ouro. Ao ver tanta fartura, tanto dinheiro, tanto ouro, dá gritos de alegria e felicidade. O cabo Juvêncio e o soldado Zé Gomes chegam. Mané Véio já havia saqueado quase tudo. Conseguira tanta coisa que estimula os companheiros a procurar o que restou dos pertences do afamado bandoleiro. A procura dos militares não foi em vão. Num dos bolsos do sequaz, Juvêncio ainda encontrou a quantia de quatro contos de réis.

Após o saque os três militares descem o riacho. Estão indo para o coito. Não sabiam que o cangaceiro apagara de vez a sua luminosa estrela. De repente um cabra passa em desabalada carreira. Dá para se notar que o cangaceiro carrega em uma das mãos uma lata. O bandido já está apavorado. Quer se salvar daquele inferno. Mané atira e erra. O assecla joga a lata no chão. Foi sua salvação. Soldado não caçava cangaceiro para proteger a sociedade, a caçada tinha um único objetivo: os pertences dos bandoleiros. Foi o que aconteceu. O bandido foi deixado de lado. Foram procurar a lata. Zé Gomes foi o felizardo encontrando-a e dentro dela existia uma quantidade tão grande de dinheiro que chegava a ultrapassar cento e vinte contos de réis. Pensa-se que esta lata pertencia a Lampião ou a Maria Bonita. O nunca esperado havia acontecido. Lampião está morto. As cabeças são decepadas. João Bezerra ordena que os despojos sejam colocados em um monte para que sejam repartidos entre todos os que participaram da extraordinária contenda. Zé Gomes, simplório e ingênuo, bestamente entrega a lata com todo o dinheiro que ela continha.

Mané Véio fica enfurecido com a atitude do companheiro. Sabia que nunca mais nenhum soldado iria ver aquela enorme quantidade de dinheiro. E foi o que aconteceu. Nunca mais ninguém soube o paradeiro daquela fortuna. Aborrecido com a loucura de Zé Gomes, o baiano aguardou sua vez. Espera que seu comandante proceda com ele da mesma forma que procedeu com seu companheiro. É o que acontece. João Bezerra o intima a também entregar os bens arrecadados nos saques. Antonio Jacó já estava prevenido. Respondeu com desassombro que não tinha nada pra dá a ninguém e que tudo que havia conseguido era dele e não adiantava pedido, era dele e de mais ninguém e se alguém não quisesse que fosse assim que o enfrentasse. João Bezerra não era de enfrentar situações perigosas. Conhecia a valentia de seu comandado. Não insistiu no sei intento e o matador de Luís Pedro e Mergulhão ficou com tudo o que achava ter direito. Ainda tinha algo fazer. Em um de seus bornais estavam as munhecas das mãos de Luis Pedro. O que fazer com elas?

Ao chegar em Piranhas, nas Alagoas, encontra solução para seu problema. Enterra as mesmas no oitão da igreja da cidade Ribeirinha. Conhecendo, como conhecia João Bezerra, o baiano sabia que o mesmo não o perdoaria pela desobediência e por não ter lhe entregue os pertences dos cangaceiros. Tudo o que aconteceu é motivo de preocupação. Precavido, esconde num lugar bem seguro, o ouro e o dinheiro. Toma uma decisão. Deixa a policia e foge para as longes terras do Estado de Goiás. Após alguns anos muda-se para São Paulo. O seu meio de vida ainda é a herança da grota de Angico, negocia com ouro, esse precioso metal tem sido a sua única fonte de renda. No entanto a sua vida continuou cheia de enormes provações, com fatos e acontecimentos que lhe trouxeram sérias desventuras e grandes tristezas. Naquelas estranhas terras, mais uma vez, volta a mudar de nome.

Agora se chama Euclides Jacó. Todavia o destino não queria saber dessas mudanças, vivia sempre em seu encalço e, para tal, tinha um poderoso instrumento: as mulheres. Cidália, a esposa de Santa Brígida, foi sua primeira desventura. Uma tragédia sem limites. Nas terras grandes, como diziam os antigos, os fatos se repetiram. Corre solta? A fantástica história de que o matador de Mergulhão e Luis Pedro, em sua nova vida, se casara com uma bela mulher e os dois tiveram uma linda menininha. Tudo era felicidade naquele lar. Até que a desgraça volta a se apresentar na vida do antigo combatente de Lampião. Sua esposa está amando outro homem. É avisado. Sua filha já tem quase quinze anos. Morre de amores por ela. A noticia da infidelidade da mulher destroça sua alma se seu sentimento. Reage. A sua dignidade de homem e de macho não será afrontada.

Ainda é o mesmo homem dos tempos do norte. E a filha? Como reagir para não machuca-la tanto? De imediato passa a viver sozinho. O freio de sua vingança é a filha que tanto ama. Eis que a desgraça se apresenta. Um dia ao passar em um ponto de ônibus, se depara com a esposa e a filha esperando o coletivo. Não se controla. É dominado por uma fúria sem igual e se vê dominado por uma medonha e brutal vontade de assassinar a mãe de sua querida filha. A tragédia foi total. Sua amada filhinha foi também mortalmente ferida. Ali, no meio da rua, mãe e filha foram ceifadas desse mundo pelo desesperado esposo e pai.Mané Véio foi preso. Passou muitos anos na cadeia. Pagou sua irreparável dívida com a costumeira dignidade.

Muito tempo depois um judeu o conheceu e resolveu ajudá-lo. O antigo militar conseguiu angariar a confiança de seu protetor e com ele viajou para muitos países e lugares do mundo. Naqueles mundos distantes o antigo caçador de bandido pôde ver as diferenças absurdas naquelas terras com o sertão do norte, o sertão de sua vida aventureira, os sertões distantes da Bahia. O sertão em que perseguiu Virgulino Ferreira da Silva. Portanto, foi este homem, um dos grandes titãs da guerra cangaceira. O verdadeiro carrasco de Angico. Mané Véio é verdadeiramente uma lenda viva perambulando por este Brasil.

 Agradecimento aos confrades:


Ivanildo Silveira


e Clenaldo Santos pelas páginas transcritas.

Eis a questão: Ainda perambulando? Não se aplica, pois o autor não apresenta nenhum dado sobre sua ainda possível vivência e paradeiro, e insistiu neste sufixo do texto em sua segunda edição em 2002 quando o ex militar estaria com exatos 90 anos de idade. Muitos viveram e estão vivendo até mais, porém pesquisadores acompanham o cotidiano dessas testemunhas.

FILMES DE LAMPIÃO E SEU RESPEITADO BANDO






Assista-os - Vale a pena ver de novo.

REVENDO VÍDEOS - Conheça a história do cangaço e as duas faces de Lampião

Você perdeu a entrevista  de

 


Frederico Pernambucano de Melo, em novembro de 2010? Se perdeu, assista agora. Vídeo com duração de 24:01.



Comandados por Lampião, os cangaceiros armados invadiam cidades, vilas e fazendas. Em contraste ao lado sanguinário, ele tinha habilidades com a máquina de costura.


 


O repórter Francisco José conta a história do cangaço e as duas faces de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião: o homem sanguinário do sertão e ao mesmo tempo o costureiro, que fazia bordados. Conheça o relacionamento do rei do cangaço com os políticos e personalidades da região, a vida das mulheres em meio à caatinga e a cultura própria criada pelos cangaceiros.




G1 GLOBONEWS

Em caso de problemas com o vídeo da Globo assista pelo Youtube. 


Extraído do Blog "Lampião Aceso"
Blog do Mendes & Mendes