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segunda-feira, 4 de julho de 2011

O cangaço em Flores, PE.

Sobrinha de membro da Volante fala do encontro com Lampião.


Com tantas evidências,
município busca integração na Rota do Cangaço.
         
            Na busca de provar a passagem de Lampião e seu bando no município de Flores, fomos até a casa de Maria Severa da Conceição, conhecida na localidade por Maria Grande. 94 anos. Dona Maria ganhou o apelido ainda jovem, no tempo do cangaço e nos revelou  o porque do apelido , como também do seu encontro com o cangaceiro e como seu tio,  Pedro Ferreira (Paisano), teria matado Livino Ferreira, irmão de Lampião.

Confira o vídeo,
reportagem de Alberto Ribeiro:



Pescado em:  Flores, PE.net

Extraído do blog: "Lampião Aceso",
do amigo Kiko Monteiro

Quem pesquisa, acha!!!

MUSEU DO CANGAÇO/SERRA TALHADA-PE
           
             Nesse Museu, funciona o CEPEC. Guarda o mesmo, vasto material sobre o cangaço (fotos, objetos, livros, armas e utensílios etc..), sendo administrado pela Fundação Cabras de Lampião.
            Veja a ousadia do visitante, ao tirar uma foto, como cangaceiro. Pode!!!

              
            Vista, ao fundo, da "SERRA TALHADA", que deu origem à cidade do mesmo nome, antiga "VILA BELA", localizada no Sertão Pernambucano. Logo abaixo da Serra, vê-se, a magnifica cidade.

O rei Lampião
            
             No Sítio Passagem das Pedras, situado há aproximadamente 45 Km de Serra Talhada ( antiga VILA BELA), nasceu no dia 07 de julho de 1897, VIRGULINO FERREIRA DA SILVA (LAMPIÃO), filho de José Ferreira da Silva e Maria Sulema da Purificação.



09/01/2008 Publicada por Ivanildo

Extraído do blog: "Fotoblog", do próprio autor deste artigo,
Doutor Ivanildo Alves da Silveira

Vida e morte de Lampião

Por: José Mendes Pereira

            Virgulino Ferreira da Silva, vulgarmente chamado   Lampião, ou capitão Lampião. Uma das versões a respeito de sua alcunha "Lampião" é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que sua luz lhe dava a aparência de um lampião.
Vida de Lampião

              Virgulino nasceu no dia  4 de Junho de 1898, na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no Estado de Pernambuco. Dos filho de José Ferreira da Silva e dona Maria Sulena da Purificação, ele era o  terceiro filho.


Retrato da família Ferreira tirado em Juazeiro, em 1926. Lampião está à direita, seu irmão Antonio à esquerda. Em pé, no meio, João, o único irmão Ferreira que não entrou para o cangaço. Ezequiel Ferreira, o irmão mais moço, está à direita de João. João está com a mão no ombro de sua mulher. As outras senhoras são irmãs dos rapazes. Os outros no grupo são primos. Foto liberada por João Ferreira. Propriá.

           Sua família travava uma disputa mortal com um fazendeiro chamado Zé Saturnino, até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1920. Virgulino jurou vingança e, ao fazê-lo, provou ser um homem extremamente violento. Ele se tornou um criminoso e foi incessantemente perseguido pela polícia, a quem ele chamava de macacos.

O fazendeiro Zé Saturnino - inimigo número "1" de Lampião
         
            Durante mais de 20 anos, percorrendo e invadindo vilas, cidades e fazendas,  ele viajou com seu bando de cangaceiros, às vezes a pé, às vezes a cavalo, fortemente armados usando roupas de couro como: chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da caatinga.

Esquadrão de Lampião
             
              Era um bando que cruzava os sertões com armas roubadas da polícia e unidades paramilitares como a espingarda Mauser militar e uma grande variedade de armas pequenas como rifles Winchester, revólveres e pistolas Mauser semi-automáticas.
              Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete Estados, além de mortes e roubos de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques.

Maria Bonita e o cangaceiro Candeeiro

           Lampião foi o grande felizardo, quando Maria Gomes de Oliveira, conhecida no mundo inteiro por  Maria Bonita, juntou-se ao seu respeitado bando de cangaceiros no ano de 1930. Assim como as demais mulheres do grupo, vestiam-se como cangaceiros e participou de muitas das ações do bando.
           Consta à literatura lampiônica que a única sobrevivente de quatro gravidez de Maria Bonita, apenas uma conseguiu vir ao mundo, A Expedita Ferreira Nunes,  tendo  nascida em 13 de Setembro de 1932. Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos:

Expedita Ferreira Nunes

             Dias antes do dia 28 de Julho de 1938, o bando montou o seu coito  na fazenda Angico, situada nas terra de Poço Redondo, no Estado de Sergipe,  lugar onde Lampião se sentia seguro e longe e difícil acesso aos seus perseguidores.  Ao anoitecer uma chuva deu início, e os cangaceiros  dormiam aproveitando aquele frio em suas barracas. 

Volante de João Bezerra

               A volante chegou no maior silêncio  que nem os próprios cães do bando de cangaceiros sentiram a presença de estranhos em volta do coito.  Por volta das 5:15 do dia 28, a maioria dos  cangaceiros já havia se levantado. Lampião deu início ao oficio de Nossa Senhora. Mas quando cuidavam de tomar café, já era tarde demais, as volantes deram início ao mais horroroso tiroteio já visto nas caatingas da Grota de Angico.
               Não se sabe ao certo quem os traiu.  Uns afirmam que foi Pedro de Cândido, um dos mais confiados coiteiros de Lampião. Outros afirmam que o acontecido, havia chegado a hora do rei do cangaço, deixar sua arma para sempre. Nenhum tiro foi disparado pelos cangaceiros, apenas receberam os estilhaços de balas naquele momento. 
              Não há quem se livre de balas vomitadas por metralhadoras. Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa.
              
11 cabeças de cangaceiros abatidos
          
           O ataque aos malfeitores não durou mais do que  vinte minutos, e poucos conseguiram escapar ao cerco e a morte, ficando onze cangaceiros estirados sobre as pedras do acampamento.
           Lampião foi um dos primeiros a perder sua estimava vida. Logo em seguida, Maria Bonita, que já ferida,  foi degolada viva.
           Satisfeitos com a missão cumprida, e se sentindo vitoriosos,  os policiais apreenderam os bens e mutilaram os mortos. Apreenderam todo o dinheiro, o ouro e as jóias.

Força volante alagoana diante dos mortos na grota

            A força volante decepou a cabeça de Lampião. Maria Bonita ainda estava viva, apesar de bastante ferida, quando foi degolada. O mesmo ocorreu com Quinta-Feira, Mergulhão (os dois também tiveram suas cabeças arrancadas em vida), Luís Pedro, Elétrico, Enedina, Moeda, Alecrim, Colchete (2) e Macela. Um dos policiais, demonstrando ódio a Lampião, desfere um golpe de coronha de fuzil na sua cabeça, deformando-a; este detalhe contribuiu para difundir a lenda de que Lampião não havia sido morto, e escapara da emboscada, tal foi a modificação causada na fisionomia do cangaceiro.
           
Volante alagoana posando com 
a cabeça de Lampião ao centro

            Após de todas  as cabeças separadas dos corpos, foram colocadas em latas de querosene, que dentro tinha aguardente e cal.   Os corpos mutilados e ensanguentados foram deixados a céu aberto, atraindo urubus. Para evitar a disseminação de doenças, dias depois foi colocada creolina sobre os corpos. Como alguns urubus morreram intoxicados por creolina, este fato ajudou a difundir a crença de que eles haviam sido envenenados antes do ataque, com alimentos entregues pelo coiteiro traidor.
             O coronel João Bezerra orgulhoso por ter vencido o bando de cangaceiros, fez exibição  das cabeças, e por onde passava, atraiu uma multidão de pessoas. Primeiro, os troféus estiveram em Piranhas, onde foram arrumadas cuidadosamente na escadaria da igreja, junto com armas e apetrechos dos cangaceiros, e fotografadas. Depois foram levadas até a Maceió, como prova de heroismo dos policiais.

Grota de Angico
             
            Finalmente os reis do cangaço "Lampião" e  "Maria Bonita" estavam mortos. Na Grota que muitas vezes lhes deram prazer, divertimentos, confidências, jogos de cartas, bailes, ninguém mais foi testemunha do horroroso ataque aos que ali estavam presentes.
            Os policiais estavam com cede de vingança, ambição pelas riquezas daqueles malfeitores, pelas jóias que reluziam entre as poucas árvores que ali tentavam esconder os famigerados cangaceiros. Árvores que sem dúvidas, sofreram ataques quantos os asseclas. Algumas ficaram pipinadas de malditas balas que saiam daquelas vingativas armas, dominadas pelos pensamentos poluídos dos seres humanos.  Foi um massacre impiedoso e no momento exato.  
            Se os bens dos cangaceiros eram valiosos, muito mais seriam as patentes  dadas aos poderosos sargentos e tenentes. Ouro reluz e patente engrandece o homem.


Fonte de pesquisa:

Wikipedia

Certidão de óbito do cangaceiro Corisco

Por: Ivanildo Alves da Silveira


Xerox da certidão de óbito do cangaceiro Corisco

 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:   
           
           1º. - Certidão de óbito lavrado em: 27 de maio de 1940;     
           2º. - Data e hora da morte: 25 de maio de 1940, às 17:00 hr;
           3º. - Local: Outrora, Cidade de Djalma Dutra. Hoje Miguel Calmon-BA;
           4º. - Profissão:  Bandido (Ora, não existe essa profissão no Ministério do Trabalho...) rsrsrsrs;                  
           5º. - Estado Civil: Solteiro - Errado - Corisco era casado no religioso com Dadá;
                           



              6º. - Que deu como causa da morte: Tiros de metralhadora no abdomem (errado - esse foi o meio - A morte se deu devido a anemia aguda, choque hipovolêmico; lesões de grandes vísceras...etc...           
          7º. - Não teve assistência médica...
          8º. - Enterrado no Cemitério da Consolação da cidade de Miguel Calmon-BA.

 
Um abraço a todos
IVANILDO SILVEIRA
Pesquisador e colecionador do cangaço
Membro da SBEC